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Cerca de três meses após o início do movimento de greve, a Universidade de Brasília decide retomar as atividades. Na foto, corredores da UnB no primeiro semestre de 2012

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Reitor da UFF diz que Lei de Cotas é retrocesso

Criado em 19/10/12 17h21 e atualizado em 19/10/12 17h52
Por Isabela Vieira Edição:Fábio Massalli Fonte:Agência Brasil

Imagem - Professores de universidades federais decidem hoje se vão manter greve
Universidades terão quatro anos para implantar novas regras (Wilson Dias/ABr)

Rio de Janeiro- O reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Roberto Salles, disse hoje (19)  que a Lei de Cotas é um retrocesso por beneficiar alunos de escolas públicas em condições de competir com estudantes de colégios privados. Em entrevista à imprensa, ele divulgou nota criticando a complexidade da seleção imposta pela  nova lei e anunciando ações afirmativas paralelas.

Além de destinar 12,5% das 9,6 mil vagas anuais à estudantes que cursaram ensino médio em qualquer escola pública conforme consta na lei, a UFF separará 10% de vagas para alunos de colégios municipais e estaduais. Desde 2007, a universidade tem cotas para estes alunos por considerá-los menos favorecidos. Em 2013, as vagas chegariam a 25%.

UFF destinará 10% das vagas para alunos de colégios públicos municipais e estaduais

“Todo mundo sabe que colégio federais como o Pedro 2ª, militares, escolas técnicas e colégios de aplicação  preparam tão bem quanto as escolas privadas. Que chance vão ter de entrar na universidade os alunos formados pelos estados e municípios com esse ensino básico que temos?”, questionou Salles. “Essa lei provoca uma dificuldade para esses alunos”.

O reitor Roberto Salles também criticou a complexidade da Lei de Cotas, que exigirá um cruzamento de dados para selecionar alunos com base na renda e na raça (pretos, pardos e indígenas).  A meta é chegar a  50% de vagas para cotistas até agosto de 2016. “É uma coisa sofisticada. Até eu, lendo a lei, tenho dúvidas. Estamos preocupados”, disse o reitor.

Entenda a Lei de Cotas

Para oferecer programas assistenciais que estimulem a permanência do aluno cotista na universidade, como bolsa de estudo, alimentação, transporte e aulas de reforço, Salles quer que seja triplicado o orçamento do  Programa Nacional de Assistência Estudantil. Para 2013, ele pede mais R$10 milhões, que se somarão ao orçamento de R$ 25 milhões da instituição.

Para os próximos anos, a UFF antecipou que criará uma segunda fase do vestibular. Hoje a seleção é feita pelo Sistema Único de Seleção (Sisu), com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio. “Pensamos em uma prova dissertativa específica para cada área, até para ver o nivelamento dos estudante na nossa concepção. Mais para frente vamos detalhar”, explicou Salles.

Procurado, o Ministério da Educação não respondeu à Agência Brasil.

Edição: Fábio Massalli

Creative Commons - CC BY 3.0

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