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Dados do Censo 2010 mostram que 70% dos casamentos no país ocorrem entre pessoas de mesma cor e que as mulheres pretas (7% da população) são as que menos se casam

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Brasil passou mais de um século sem políticas públicas para o negro, diz professor

Criado em 19/11/12 19h33 e atualizado em 20/11/12 10h27
Por Agência Brasil Edição:Tereza Barbosa Fonte:

Casal negros
Professor critica falta de políticas públicas para negros (Melissa Toledo/Creative Commons)

Brasília – Em palestra realizada hoje (19) na Advocacia-Geral da União (AGU) o professor e pesquisador Edson Lopes Cardoso destacou a importância de ações que valorizem a inserção de raça e de gênero na sociedade brasileira. A palestra fez parte das comemoração do Dia da Consciência Negra, 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares.

Segundo o professor, que também é assessor especial da Secretaria de Promoção de Políticas de Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir-PR), entre a Lei Áurea, sancionada em 1888, a Lei 3.708, de 2001, que instituiu o primeiro sistema de cotas nas universidades para estudantes afrodescendentes, não houve nenhuma iniciativa que beneficiasse o negro. “Apagamos a escravidão da história” disse.

Ele defendeu ainda a Lei das Cotas, sancionada em agosto, e alertou que é preciso mobilizar governo e sociedade para que, ao final de dez anos, quando a lei precisará ser revista, os resultados possam ter contribuído para melhorar o modelo de sociedade no Brasil. “As pessoas vão se surpreender daqui a alguns anos quando forem atendidas por um médico índio, um engenheiro negro. E isso vai acontecer. A sociedade e o governo têm que garantir que esse seja o caminho”.

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Cardoso lembrou que, apesar de termos no país uma rica diversidade racial é preciso saber lidar com essa variedade, que resultou de um processo histórico e que só traz vantagens para o Brasil. “O que fazemos com essa vantagem? Uma sociedade diversificada tem um desafio, que é assegurar o pluralismo. É compromisso da democracia, combater o racismo e o sexismo”, disse.

Como parte das comemorações do 20 de novembro, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Distrito Federal (Sepir-DF) junto com a Fundação Cultural Palmares promovem durante a semana, uma série de atividades concentradas na Praça do Museu da República.

Estão programadas palestras e seminários sobre a inserção do negro na sociedade, além de desfiles e exposições sobre a cultura negra. Para as noites estão programados shows das cantoras Vanessa da Mata, Dhi Ribeiro, Sandra de Sá e da banda Cidade Negra. A programação completa está no site da Fundação Palmares. [http://www.palmares.gov.br/]

Edição: Tereza Barbosa

Creative Commons - CC BY 3.0

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