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Urologistas discutem no Rio políticas públicas para combate a doenças masculinas

Criado em 15/11/12 15h46 e atualizado em 15/11/12 16h33
Por Flávia Villela Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil

mão de médico com jaleco branco segura estétoscópio
Urologistas defendem que os hospitais públicos sejam equipados com novas tecnologias. (Creative Commons)

Rio de Janeiro – Urologistas das Américas do Sul e Central preparam hoje (15), durante o 1º Fórum Sul-Americano de Saúde do Homem, um documento com sugestões de políticas públicas para o combate a doenças masculinas, que será entregue à Organização das Nações Unidas (ONU) e aos órgãos de saúde da região.

O evento, promovido pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), ocorre na semana em que se lembra o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, segunda causa mais comum de morte por câncer entre os homens brasileiros. De acordo com  Instituto Nacional do Câncer (Inca), a doença deve atingir, somente neste ano, cerca de 60 mil homens.  

O desconhecimento e o preconceito são o maior obstáculo no tratamento de doenças masculinas nas Américas do Sul e Central, diz o presidente da SBU, Aguinaldo Nardi, que defende campanhas frequentes para estimular o homem a fazer checkups com frequência.

“O homem latino, de maneira geral, acha que é herói, que nada vai acontecer com ele, e tem um preconceito brutal com o exame de próstata, que é feito por meio do toque retal, O exame dura menos de dez segundos e não fere a masculinidade de ninguém”, explica Nardi. Por isso, a mortalidade entre os homens da região por esse tipo de câncer é muito maior do que na Europa e nos Estados Unidos, acrescenta o médico. Segundo ele, no evento de hoje, juntos, os países podem discutir meios de conscientizar os homens da importância da prevenção.

De acordo com Nardi, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado proporcionam a cura em 90% dos casos de câncer de próstata. Segundo ele, é recomendável fazer o exame de toque retal a partir dos 45 anos. Quando há casos na família, os exames devem ser feitos antes, aos 40 anos. A recomendação do Ministério da Saúde é fazer o exame na faixa de 50 a 75 anos, devido ao fato de ser baixo o índice da doença entre homens com menos de 50 anos.

Os urologistas que participam do fórum defendem que os hospitais públicos de seus países sejam equipados com as novas tecnologias disponíveis no mercado, como a robótica, e que os sistemas de saúde pública aumentem a oferta de remédios específicos para doenças relacionadas ao sexo masculino.

Também são comuns entre os homens a hiperplasia da próstata, a disfunção erétil, a deficiência androgênica do envelhecimento masculino (redução gradual da testosterona no sangue), a varicocele (varizes nas veias da região do escroto), a fimose (impossibilidade de retrair a pele do pênis para expor a glande), o câncer de pele e o de pênis. “No caso do câncer de pênis, cerca de mil homens têm o pênis amputado no país, por ano, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste. O Paraguai, o Uruguai e o Peru também têm alto nível de incidência desse tipo de câncer.”

Edição: Nádia Franco

Creative Commons - CC BY 3.0

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