one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Empresas têm dois meses para apresentar proposta de reequilíbrio financeiro e readequação técnica

Imagem:

Compartilhar:

MPT entra com ação pedindo que a Philips indenize trabalhadores contaminados por mercúrio

Criado em 18/12/12 19h53 e atualizado em 18/12/12 20h49
Por Elaine Patricia Cruz Edição:Aécio Amado Fonte:Agência Brasil

lâmpada de neon em espiral
Produção de lâmpadas pode ter causado doenças em funcionários da Phillips (Lucas Lucas/ Creative Commons)

São Paulo – O Ministério Público do Trabalho (MPT), em São Bernardo do Campo (SP), entrou com uma ação civil pública para pedir indenização de R$ 50 mil para cada um dos pelo menos 200 trabalhadores da Philips do Brasil que foram contaminados por mercúrio, que era usado na produção de lâmpadas.

Segundo o MPT, a empresa não tomou as medidas necessárias para impedir a contaminação dos funcionários da unidade industrial de Capuava, em Mauá (SP). Além da indenização individual, o MPT também pede R$ 56 milhões por danos morais coletivos, valor que será revertido ao Hospital das Clínicas de São Paulo para o tratamento de pessoas contaminadas por mercúrio.

Os procuradores também pedem que a Justiça condene a Philips a contratar plano de saúde vitalício para todos os trabalhadores da unidade de Capuava que apresentaram diagnóstico de mercurialismo.

Em 1992, de acordo com o órgão, a empresa reconheceu a contaminação de alguns trabalhadores e, em um acordo estabelecido com o Ministério do Trabalho e Emprego e sindicatos da região, se prontificou a dar assistência médica e remédios e a afastar os empregados contaminados, que continuariam a ser remunerados. Mas o acordo não foi cumprido, segundo o MPT.

Além disso, de acordo com o órgão, as medidas adotadas pela empresa foram “insuficientes” para evitar os riscos de mais trabalhadores serem contaminados. “Apesar de a empresa negar o não cumprimento do acordo coletivo e afirmar que desde meados dos anos 1990 os riscos de contaminação foram eliminados, outros trabalhadores foram contaminados após esse período”, diz a nota do Ministério Público do Trabalho.

Procurada pela Agência Brasil, a Philips do Brasil informou que “adota todas as medidas de segurança vigentes e legais no país para garantir a saúde e o bem-estar de seus colaboradores”. Segundo a empresa, a unidade de Capuava foi desativada em 2010 e em seu encerramento a “Philips realizou e vem realizando todas as ações necessárias para restringir ao mínimo os efeitos de suas atividades sobre o meio ambiente”.

Por meio de nota, a empresa negou que não esteja cumprindo o acordo que foi estabelecido com os sindicatos e MPT. “A Philips cumpre rigorosamente com o acordo firmado há mais de dez anos”, diz. Ela informou também que apresentou uma proposta de acordo sobre a questão, que não foi aceita pelo MPT. “A empresa exercerá os meios de defesa que lhe são cabíveis”.

 

Edição: Aécio Amado

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário