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Especialistas preveem maior participação do Congresso na discussão do Orçamento

Criado em 31/08/15 22h47 e atualizado em 31/08/15 23h10
Por Vladimir Platonow Edição:Armando Cardoso Fonte:Agência Brasil

A proposta orçamentária apresentada hoje (31) pelo governo, com previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões, agradou especialistas, principalmente pela transparência da medida. Segundo eles, pela primeira vez o Congresso deverá discutir a fundo o Orçamento nacional, ajudando o Executivo a definir os pontos que devem ser redimensionados.

O economista Fernando Antônio Rezende, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), disse que é positiva a forma como o Orçamento foi apresentado pelos ministros Joaquim Levy, da Fazenda, e Nelson Barbosa, do Planejamento.

“Devemos ver isso como uma mudança positiva, uma forma de provocar o debate. Há muito tempo não ouvíamos discussões sérias sobre Orçamento. Era aprovado e depois víamos como executar. Se há um consenso na sociedade brasileira, de que não tem mais espaço para resolver esse problema pelo aumento do tamanho do Estado, a solução é rever as escolhas que engessam o Orçamento. Isso é um ebate político, não é uma questão meramente técnica. O Orçamento é uma peça política, que tem de ser discutida no Congresso”, afirmou Rezende.

De acordo com o professor de Economia e Finanças da Faculdade Ibmec, Ruy Quintans, apesar de o governo ter indicado diversos cortes que precisarão ser feitos, provavalmente serár necessário algum tipo de aumento na carga tributária para equilibrar as contas.

“Acho que é uma cartada política no sentido de sensibilizar o Congresso em relação às dificuldades que estamos enfrentando. O Congresso terá de ir à fundo nessa matéria. É a forma que o Executivo encontrou de dividir com o Congresso a responsabilidade sobre a condução da proposta", afirmou Quintans.

Segundo ele, do ponto de vista prático não há muito o que se fazer sobre o aumento da carga tributária. "Abre espaço para discutir isso [aumento de carga tributária]. Basta as pessoas pensarem que ficaria pior com ela, mas muito pior sem ela”, concluiu. 


 

 

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