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Paulo Abrão se diz otimista nas buscas dos desaparecidos políticos

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Paulo Abrão se diz otimista nas buscas dos desaparecidos políticos

Criado em 15/08/12 09h17 e atualizado em 15/08/12 14h48
Por Vladimir Platonow Fonte:Repórter da Agência Brasil

Paulo Abraão se diz otimista nas buscas dos desaparecidos políticos
Para Paulo Abrão, Secretário Nacional de Justiça, instrumentos como a Comissão Nacional da Verdade, o Grupo de Trabalho do Araguaia e até a participação de ex-colaboradores do regime estão produzindo dados importantes para viabilizar as buscas (Marcello Casal/ABr)

Rio de Janeiro – O maior volume de informações gerado a partir de esforços de governo e da sociedade civil poderá levar à localização dos desaparecidos políticos durante a ditadura militar. Instrumentos como a Comissão Nacional da Verdade, o Grupo de Trabalho do Araguaia e até a participação de ex-colaboradores do regime estão produzindo dados importantes para viabilizar as buscas.

A avaliação é do secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, que participou hoje (14) da abertura da Conferência Internacional Memória: América Latina em Perspectiva Internacional e Comparada, que prossegue até sexta-feira (17) na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). “Eu estou muito otimista [sobre a localização dos desaparecidos]. Acho que nunca vivemos um momento como este no Brasil. Nós estamos caminhando para isso. Temos o Grupo de Trabalho do Araguaia, a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos e agora a Comissão da Verdade”, disse.

Presidente da Comissão de Anistia, Abrão também considerou receber novas e qualificadas informações de ex-integrantes do regime militar na busca pelos militantes que desapareceram durante a luta política. Recentemente, o ex-delegado do extinto Departamento de Ordem Política e Social (Dops) Cláudio Guerra escreveu um livro contando detalhes de como eram torturados os opositores da ditadura e onde poderiam estar seus restos mortais. “Eu espero que os gestos destes primeiros possam contaminar os demais para o bem do país”, ressaltou.

O secretário nacional de Justiça também considerou que é importante ensinar nas escolas o que ocorreu durante os 21 anos da ditadura, como forma de resgatar e manter a memória da sociedade sobre o período. "Hoje as escolas ainda não trabalham bem a história do período de exceção. Isso faz parte [do processo de construção da memória] e ainda representa uma falha da nossa democracia, que não pode ser construída sobre as bases do esquecimento."

O programa completo da conferência internacional pode ser acessado no endereço www.puc-rio.br. Entre os participantes, estão especialistas, historiadores e cientistas políticos de vários países latino-americanos. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deverá participar amanhã (15) à tarde. No último dia do evento, ocorrerá a 61ª Caravana da Anistia, quando serão apreciados pedidos de anistia política de vítimas da ditadura militar.

Creative Commons - CC BY 3.0

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