one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Eleição para presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados

Imagem:

Compartilhar:

Reunião para eleger presidente da Comissão de Direitos Humanos será a portas fechadas

Criado em 06/03/13 20h23 e atualizado em 07/03/13 11h04
Por Leandro Melito - Portal EBC

Após os protestos de defensores dos direitos dos homossexuais e dos negros contra a possível eleição do deputado Marco Feliciano (PSC- SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados,  o presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) remarcou a reunião que será realizada às 09h30 desta quinta-feira (07). A reunião será a portas fechadas, só com parlamentares e assessores, não sendo permitida a presença de representantes da sociedade civil.

O presidente da Câmara disseque a escolha dos deputados para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias deve ser respeitada,  que não cabe discussão sobre a indicação do PSC para ocupar o cargo, e defendeu a garantia do direito dos deputados de elegerem o presidente da comissão.

A reunião fechada  gerou protestos do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). “Eduardo Alves e todos aqui estão acostumados a voto de cabresto ou cajado e não gostaram da presença dos movimentos sociais na sessão”, postou o deputado em seu perfil na rede social Facebook. “Espero que os movimentos sociais não se cansem de contestar essa manobra e essa indicação absurda; não se intimidem com sessões fechadas”.

Confira as imagens dos protestos contra a eleição de Marco Feliciano

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) afirma que houve durante a reunião  desta quarta uma série de questionamentos que precisam ser resolvidos e considera que a decisão de remarcar a reunião a portas fechadas não solucionará a crise. “A decisão de afastar a sociedade civil, de excluí-la do processo sem tempo hábil para se discutir uma solução não contribui para resolver a crise”, afirmou em entrevista por telefone.

Erika considera que as manifestações que aconteceram na Câmara são uma reação a ameaça de desmoralização que sofre a Câmara. “A ameaça de desmoralização não é apenas da Comissão, mas também do Congresso Nacional e do Brasil devido às relação com organismos internacionais de direitos humanos que tem a comissão”, enfatizou.

A assessoria de imprensa do PSC afirmou que apesar das mobilizações da sociedade civil durante a sessão desta quarta-feira (6), a votação poderia ter sido realizada e confirmou que o Pastor Marcos Felciano será indicado para o cargo de presidente da CDH.

Feliciano foi indicado pelo PSC para presidir a comissão, conforme acordo das lideranças partidárias, mas é rejeitado por movimentos de defesa dos direitos humanos, que o acusam de ter dado declarações racistas e homofóbicas. Uma petição pública contra a eleição de Feliciano para a CDH já conta com mais de 65 mil assinaturas.

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário