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Jovens do rolezinho também são consumidores, defendem entrevistados

Criado em 20/01/14 19h50 e atualizado em 20/01/14 20h40
Por Leyberson Pedrosa Fonte:Portal EBC

Don Juan
Nesta segunda-feira (20) o Portal EBC bateu um papo com Juan Silvestre ou Don Juan e Cláudia Maciel.Para organizar o debate, compilamos os principais temas da conversa sobre o rolezinho. Confira (Divulgação / Facebook)

Nesta segunda-feira (20) o Portal EBC bateu um papo com Juan Silvestre (também conhecido como Don Juan), jovem de São Paulo que organizou em 2013 um encontro de fãs pelas redes sociais em um shopping paulista. A partir da popularização de eventos parecidos como o rolezinho, Juan ganhou mais popularidade nas redes. Ao lado de  Juan, a comunicadora Cláudia Maciel, responsável pela produção do programa de rádio Ação Periferia, analisou que o rolezinho pode ser visto como um jeito da juventude da periferia mostrar seus interesses. O vídeo completo pode ser visto aqui.

Confira os melhores momentos do hangout realizado na tarde desta segunda-feira (20)

Rolezinho x Encontro de fãs - antes dos rolezinhos existirem, encontros de fãs promovidos por jovens com certa fama pelas redes sociais aconteciam em shoppings. Juan, por exemplo, organizou em julho de 2013 um encontro com suas seguidores e conseguiu reunir mais de 50 pessoas em um shopping da zona sul de São Paulo.

Mas, desde dezembro de 2013, a ideia do encontro de fãs foi ampliada e jovens de diferentes lugares passaram a se reunir para conhecer pessoas, se divertir e ouvir funk. "O rolezinho é um encontro de quem é conhecido, de quem não é, e que marca de ir no shopping. Os encontros de fãs foram feitos porque as pessoas pediram para a gente se encontrar”, afirma Don Juan.

Interação nas redes sociais -  A internet é o principal ponto de organização dos jovens. Segundo Juan, um evento criado no Facebook pode reunir quase 20 mil interessados em um encontro presencial. “Se não fossem as redes sociais, acho que o rolezinho seria menor", explica.

Para Cláudia Maciel, a rede social tem ajudado bastante os jovens a se socializarem.  “A facilidade de informação na internet faz com que esta geração seja muito mais avançada”, aponta.

Consumo nos shoppings - Uma indagação foi levantada pelos internautas que acompanhavam o bate-papo: o jovem é ou não consumidor dos shoppings? Na opinião de Juan e Cláudia, não há dúvidas. “A publicidade busca muito os jovens para que a gente tenha e compre os produtos. O jovem trabalha, vai até o shopping e compra o óculos de marca para poder mostrar”, diz Maciel.

É o caso de Juan que, como muitos jovens e outras pessoas que, ao dar um rolezinho, afirma que costuma sair  com “uma sacolinha [de compras] de lá”.

Cláudia Maciel
Cláudia Maciel (Divulgação / Facebook)

Ocupação dos espaços - A principal motivação dos jovens em participar do rolezinho é o da simples diversão. Mas Cláudia Maciel enxerga uma nova forma de manifestação cultural nesse movimento.  “O jovem quer ocupar um espaço privado, onde ele encontra segurança. Por que ele não este direito?", contesta. Para a comunicadora, o cantar e dançar no shopping também deve ser entendido como uma causa coletiva. Se fossem os jovens ricos que estivessem nos shoppings, eles não seriam expulsos de lá”, aponta. 

Funk - o gênero funk não é obrigatório em um rolezinho. Contudo, é o preferido dos jovens que participam do rolezinho. Juan, que fez sucesso ao dançar músicas de funk na web, agora pretende cantar em seu grupo de Funk Os Tentação, ao lado de dois amigos. Sobre suas preferências, Juan revela interesse em aproveitar a popularidade do estilo. “Nosso grupo vai cantar funk ostentação por estar na moda”, conta.

Para Maciel, esse é o ritmo que movimenta os jovens. “No rolezinho, os MCs se manifestam, apresentam sua música, seu estilo”.

Tumulto e violência -  Em alguns shoppings de São Paulo, houve correria e repressão de seguranças e policiais ao integrantes do rolezinho. Os lojistas reclamam de possíveis furtos e depredações. Mas Maciel não acredita que essa seja a intenção dos jovens. “'Os jovens que estão no rolezinho não estão a fim de se machucar. Se eu estou no shopping com meu filho e acontece um rolezinho, eu vou querer participar com ele”.

Mesmo não tendo participado dos últimos rolezinhos, Juan concorda. Para ele, “em todos os lugares tem gente que vai bem intencionado e tem gente que não tem boa intenção".

Futuro do rolezinho - Devido à polêmica, o futuro dos rolezinhos ainda é incerto. Mas Juan não acredita mais que eles devem acontecer em shopping. “As decisões judiciais vão fazer com que os jovens organizem os rolês em outros lugares", comenta. Na visão de Maciel, é preciso que a sociedade encontre logo um acordo com os jovens para que os rolezinhos continuem de forma pacífica.

Essa é a expectativa de Juan, que busca ser reconhecido através disso, ganhar alguma coisa e melhorar na vida.

Leia outras matérias no canal de Cidadania

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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