one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Pesquisa da ONG Repórter Brasil mostra falta de contextualização sobre o tema tráfico de pessoas

Imagem:

Compartilhar:

Pesquisa mostra falhas da imprensa na cobertura do tráfico de pessoas

Criado em 12/04/14 11h03 e atualizado em 12/04/14 11h32
Por Juliana Cézar Nunes - Repórter da Radioagência Nacional Edição:Graça Adjuto Fonte:Agência Brasil

Tráfico de pessoas na imprensa brasileira
Pesquisa da ONG Repórter Brasil mostra falta de contextualização sobre o tema tráfico de pessoas (Divulgação - ONG Repórter Brasil)

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima em 2 milhões o número de vítimas de tráfico de pessoas no mundo. No Brasil, entre 2005 e 2011, 475 pessoas foram vítimas de tráfico nas áreas de fronteira. Estudos indicam que esse número pode ser ainda maior, principalmente se levado em conta o número de pessoas traficadas pelas redes interestaduais.

Leia mais notícias no Portal EBC

Papa Francisco diz que tráfico humano é crime contra a humanidade

Apesar da gravidade do problema, uma pesquisa divulgada nesta semana revela que a imprensa brasileira ainda dá pouco destaque à temática. O levantamento foi feito pela organização não governamental (ONG) Repórter Brasil, com o apoio do Ministério da Justiça e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC).

O coordenador da ONG Repórter Brasil, Leonardo Sakamoto, explica que foram pesquisados cinco veículos de mídia impressa entre janeiro de 2006 e julho de 2013. Mais da metade das reportagens pecaram por falta de contextualização, análise crítica das políticas públicas e formas de prevenção.

“A abordagem fica muito no âmbito criminal, mas pouco se fala das causas do tráfico de pessoas”, destaca Sakamoto. “Quem lê os jornais brasileiros acha que o tráfico de pessoas é feito por gente má, que não envolve redes, empresas, Poder Público, é uma coisa quase que pontual.”

Além da pesquisa sobre a cobertura da imprensa, a organização não governamental Repórter Brasil elaborou um guia com dicas para jornalistas. A ideia é motivar matérias investigativas sobre o tráfico de pessoas, que possam ouvir vítimas, familiares e redes de proteção.

A diretora do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação da Secretaria Nacional de Justiça, Fernanda dos Anjos, diz que a sensibilização dos jornalistas faz parte das ações do Segundo Plano Nacional de Combate ao Tráfico de Pessoas, que pretende aumentar a visibilidade para o tema sob a ótica dos direitos humanos.

“Esse é um processo de pesquisa, de produção de políticas, de produção de guia de referência, que está alinhado a outras políticas como a Campanha do Coração Azul e com a nossa rede de referência que produz o enfrentamento do tráfico de pessoas, faz os atendimentos nos estados e as ações de prevenção nas distintas partes do país.”

O tráfico de pessoas é caracterizado pelo recrutamento, transporte e alojamento permanente para fins de exploração sexual, trabalhos forçados, adoção ilegal e extração de órgãos ou tecidos. Denúncias podem ser feitas pelo Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos, ou pelo Ligue 180, da Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Editora Graça Adjuto

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário