Análise de ossadas da vala clandestina de Perus será retomada este mês
Criado em 04/09/14 19h57
e atualizado em 05/09/14 11h22
Por Elaine Patricia Cruz
Edição:Nádia Franco
Fonte:Agência Brasil
A retomada dos trabalhos de análise das 1.049 ossadas encontradas em uma vala clandestina do Cemitério Dom Bosco, em Perus, na capital paulista, foi anunciada nesta quinta-feira (4), dia em que se completam 24 anos da abertura da vala. Segundo o presidente da Comissão Estadual da Verdade de São Paulo, deputado estadual Adriano Diogo (PT), os trabalhos devem começar dentro de duas semanas.
A informação foi divulgada em cerimônia realizada na tarde de hoje na Assembleia Legislativa de São Paulo, na presença das ministras Ideli Salvatti, de Direitos Humanos, e Eleonora Menicucci, de Políticas para as Mulheres, do coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Pedro Dallari, e do secretário nacional de Justiça, Paulo Abrão, entre outras autoridades e parentes de mortos e desaparecidos.
A vala clandestina de Perus foi aberta em setembro de 1990, na gestão da prefeita Luiza Erundina. Antonio Pires Eustáquio, que foi administrador do Cemitério de Perus entre os anos de 1976 e 1992, foi um dos descobridores da vala clandestina. “Comecei a ler os registros e livros de óbito, dos quais tinham de constar os restos mortais lá sepultados. E, no livro dessas pessoas, não constava o registro dos ossos”, lembrou Eustáquio. “Mas consegui, por intermédio de funcionários, descobrir que [no cemitério de Perus] havia terroristas que a polícia matava e trazia para cá.”
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