one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Criméia Schmidt presta depoimento à CNV. Ela esteve na Guerrilha do Araguaia entre 1969 e 1972.

Imagem:

Compartilhar:

Comissão Nacional da Verdade considera insuficiente posição das Forças Armadas

Criado em 22/09/14 19h29 e atualizado em 23/09/14 12h46
Por Akemi Nitahara Fonte:Agência Brasil

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) considerou hoje (22) “positiva” a posição das Forças Armadas, que relatou não dispor de elementos para contestar os atos investigados pela CNV. Porém, para a comissão, o posicionamento é insuficiente diante da evolução dos fatos já revelados.

A nota veio depois da resposta apresentada pelas Forças Armadas para o ofício enviado no dia 13 de agosto, em que a comissão pedia esclarecimentos sobre as sindicâncias internas que concluíram que não houve desvio de finalidade no uso de instalações militares e omitem a ocorrência de tortura nas dependências.

Em ofício enviado à CNV na sexta-feira (19), o ministro da Defesa, Celso Amorim, esclarece que o ordenamento jurídico já reconhece a responsabilidade do Estado brasileiro nas graves violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar, mas as respostas enviadas pelo Exército, pela Marinha e pela Aeronáutica não admitem a ocorrência de desvio de finalidade e nem de tortura nas dependências militares.

O coordenador da CNV, Pedro Dallari, considera “imprescindível” que o ministro da Defesa e os comandantes militares “evoluam na não negação da ocorrência de graves violações de direitos humanos em instalações militares” para que ocorra o reconhecimento do envolvimento das Forças Armadas nessas condutas.

O membro da comissão Paulo Sérgio Pinheiro ressalta que o Congresso Nacional reconhece desde 1995 que os crimes da ditadura são de responsabilidade do Estado brasileiro e, desde então, foram produzidos muitos documentos sobre o período militar.

“Parece um anacronismo que, a essa altura do campeonato, as Forças Armadas chegaram só a uma posição de não negação. Claro, eles não vão negar, porque o Estado brasileiro reconheceu que esses crimes foram cometidos, houve reparação a familiares desses mortos e desaparecidos. Então o que a Comissão da Verdade espera é que haja uma evolução compatível com toda essa verdade que já está levantada e comprovada e que é absolutamente incontestável”, disse Pinheiro.

Dallari lembra que, apesar da dificuldade em conseguir colaboração, o relatório final da comissão, que deve ser apresentado no dia 16 de dezembro, será muito importante para toda a sociedade.

“Houve dificuldade, mas eu reconheço que houve evolução nesse processo e eu interpreto essa resposta agora dos comandos militares e do ministro da Defesa como uma evolução importante, por isso eu não desvalorizo a perspectiva de que nós ainda consigamos avançar mais sobre o período da comissão. Se nós tivéssemos mais informações, mais documentos, se as folhas de alteração tivessem sido recebidas antes, nós teríamos melhores condições de concluir o relatório. De qualquer modo, nós conseguiremos produzir um relatório importante para ajudar no esclarecimento dos fatos”.

A CNV vai pedir uma reunião com o ministro e os comandantes militares para abrir um diálogo sobre a questão. Já houve reunião dessa natureza, que resultou na entrega das folhas de alterações de 114 militares à comissão. A folha de alteração é um documento que registra detalhadamente toda a trajetória funcional do militar.

A Comissão também ouviu depoimento sobre o caso Raul Amaro. Confira a reportagem:

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário