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Silhuetas de corpos desenhadas no Largo da Carioca alertam para assassinatos no Rio

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Anistia Internacional lança campanha contra homicídios de jovens negros no país

Criado em 09/11/14 19h34
Por Paulo Virgílio Edição:Davi Oliveira Fonte:Agência Brasil

A Anistia Internacional Brasil promoveu hoje (9), em evento gratuito no Parque do Flamengo, na zona sul do Rio, o lançamento nacional da campanha Jovem Negro Vivo, que chama a atenção para o alto índice de homicídios contra jovens, especialmente os negros, no Brasil. Durante toda a manhã e parte da tarde, ativistas voluntários da organização não governamental (ONG) arrecadaram assinaturas em apoio ao manifesto lançado pela organização, pedindo às autoridades que sejam tomadas providências para mudar essa realidade.

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"O Brasil é o país onde mais se mata no mundo, superando muitos países em situação de guerra. Em 2012, foram 56 mil jovens entre 15 e 29 anos e, desse total, 77% são negros. A maioria dos homicídios é praticada por armas de fogo e, menos de 8% dos casos, chegam a ser julgados", diz o manifesto, que será entregue a autoridades públicas do governo federal e de governos estaduais. 

De acordo o diretor executivo da Anistia Internacional Brasil, Átila Roque, “pior do que esta realidade, só a indiferença da sociedade brasileira". Segundo ele, "precisamos urgentemente de ações governamentais que revertam este quadro, à semelhança do que foi feito com a fome no Brasil, na década de 90”,  alertou.   "Hoje o país está fora do mapa da fome mundial. Temos que fazer o mesmo com o índice alarmante de homicídios que temos hoje - ficar fora desse mapa também".

Voluntária na coleta de assinaturas, Maria de Fátima dos Santos Silva, de 55 anos, teve o filho Hugo Leonardo dos Santos, de 33, morto em abril de 2012 em uma ação policial na Rocinha. “Eles tiram a vida dele assim do nada. Meu filho era perseguido demais e eu não entendo o porquê. Eles disseram que foi troca de tiros, mas era tudo mentira. Mataram ele só porque era pobre, negro, desempregado e morador da favela. Isso tem que acabar”, desabafou.

A campanha, que vai até junho de 2015, tem como mote a invisibilidade desses jovens, representados por esculturas que retratam diferentes situações do cotidiano, interrompidas pela violência. O ato de lançamento também foi marcado por apresentações culturais, entre elas a Batalha pela Vida, com dançarinos do passinho, disputa de barbeiros e som a cargo de DJs .

Editor: Davi Oliveira

Creative Commons - CC BY 3.0

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