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Mãe com criança desnutrida e desidratada é atendida no Hospital Benadir. O país sofre as consequências do conflito armado combinada com longos períodos de seca e fome

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Unicef declara que ano foi de "horror" para crianças

Criado em 11/12/14 13h57 e atualizado em 11/12/14 14h58
Por Laura Gelbert Fonte:Rádio ONU

O ano de 2014 foi de horror, medo e desespero para milhões de crianças à medida que o agravamento dos confrontos em todo o mundo as deixou expostas à violência e suas consequências, recrutadas à força ou sendo alvo deliberado de grupos em conflito. A afirmação foi feita pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). No entanto, a agência declarou ainda que muitas crises não têm mais a atenção do mundo.

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Creative Commons - CC BY 3.0 -


Brutalidade
Segundo o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake, este foi um ano "arrasador" para milhões de crianças. Ele mencionou, entre outras coisas, mortes, sequestros, tortura, estupro e trabalho forçado. Lake afirmou ainda que "nunca na história recente tantas crianças foram submetidas a tamanha brutalidade indescritível". Cerca de 15 milhões de crianças foram expostas expostas a conflitos violentos na República Centro-Africana, Iraque, Sudão do Sul, Palestina, Síria e Ucrânia, incluindo aquelas deslocadas internamente ou vivendo como refugiadas. Em todo o mundo, a agência estima que 230 milhões de crianças vivam atualmente em países ou áreas afetados por conflitos armados.

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Escolas
De acordo com o Unicef, em 2014, centenas de crianças foram sequestradas de suas escolas ou a caminho delas. Milhares foram recrutadas ou usadas por grupos e forças armadas. Segundo a ONU, na Síria, nos primeiros nove meses do ano houve pelo menos 35 ataques a escolas que mataram 105 crianças. Na República Centro-Africana, 2,3 milhões crianças são afetadas pelo conflito e 2,7 milhões no Iraque. Na Síria são mais de 7,3 milhões, incluindo 1,7 milhão de menores refugiados. Em Gaza, 54 mil crianças ficaram desabrigadas como resultado do conflito em julho e agosto, que matou 538. Segundo a agência, calcula-se que no Sudão do Sul, 235 mil crianças com menos de cinco anos estão sofrendo de desnutrição aguda e quase 750 mil foram deslocadas. Mais de 320 mil estão vivendo como refugiadas. De acordo com o Unicef, o grande número de crises em 2014 significou que muitas receberam pouca atenção ou foram esquecidas rapidamente. A agência afirmou que crises prolongadas em países como Afeganistão, República Democrática do Congo, Nigéria, Paquistão, Somália, Sudão e Iêmen continuaram afetando crianças.

Ebola
Como ameaça à saúde e bem-estar de crianças, o Fundo mencionou o surto de ebola na Guiné, Libéria e Serra Leoa, que deixou milhares de crianças órfãs e 5 milhões fora da escola. Apesar dos "grandes desafios" enfrentados pelas crianças em 2014, o Unicef afirma que houve esperança para milhões delas afetadas por conflitos e crises. A agência menciona a assistência fornecida por organizações humanitárias, incluindo o próprio Unicef. Entre elas, o Fundo destacou que quase 68 milhões de doses da vacina contra pólio foram fornecidas a países de Oriente Médio para conter surto da doença no Iraque e na Síria, e que mais de 70 mil crianças receberam tratamento contra desnutrição grave no Sudão do Sul.

Creative Commons - CC BY 3.0

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