one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Projeto da Apae forma servidores para que identifiquem portadores de deficiência

Criado em 26/03/15 16h23 e atualizado em 26/03/15 16h57
Por Flávia Albuquerque - Repórter da Agência Brasil Edição:Marcos Chagas Fonte:Agência Brasil

Representantes de 37 cidades de São Paulo que participam do projeto Todos pelos Direitos: Deficiência Intelectual, Cidadania e Combate à Violência, da  Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), participaram hoje (26) de um encontro na capital paulista para articular, fortalecer e sensibilizar pessoas que atuam nas áreas da de assistência social, educação, saúde e justiça e segurança pública para os temas da deficiência, violência e da violação de direitos de crianças e adolescentes.

Segundo o psicólogo Marco Aurélio Teixeira de Queiroz, um dos coordenadores do projeto, o programa começou em 2011 e pretende unir os serviços para garantir os direitos das crianças e dos adolescentes com deficiência intelectual. “Queremos que esses atores [da sociedade] tenham uma formação e possam reconhecer os tipos de deficiência e como encaminhar os casos nos quais identificam algum tipo de violação de direitos”.

De acordo com dados do Disque 100, de fevereiro de 2011 a junho de 2013, foram registradas 1.209 denúncias, entre elas, 702 no estado de São Paulo. Esse número refere-se apenas a adultos, já que denúncias envolvendo crianças e adolescentes são encaminhadas ao Conselho Tutelar, como prevê o Estatuto das Crianças e Adolescentes (ECA), de 1990. O tipo mais frequente de violência foi a negligência (32%), seguido pela violência psicológica (29%), a violência física (20%) e a financeira (12%).

Em 72% dos casos, o agressor pertence à família da vítima. Os dados mostram que 14% das denúncias de violência aconteceram em atendimento público, empresas e entidades privadas. Apenas 11% das agressões são praticadas por desconhecidos, incluindo casos de bullying. Já 3% dos casos têm vizinhos como agressor.

Ele explicou que a Apae levanta as principais necessidades dos municípios interessados e organiza encontros com os setores envolvidos para avaliar as demandas. “O critério de escolha é populacional avaliando o coeficiente de crianças e adolescentes com deficiência e deficiência intelectual no município. Selecionamos as cidades que contemplavam faixa territorial maior em São Paulo”.

A proposta é de que cada cidade conheça profundamente o fluxo de denúncias e queixas de violência e violação dos direitos contra a pessoa com deficiência. “Propomos que a rede se articule para que o atendimento seja mais rápido e funcional. Com isso se economiza dinheiro público e evita-se o sofrimento da vítima”. Para Queiroz, o resultado mais importante do projeto é a retirada da invisibilidade dessa situação para a sociedade.

Segundo a psicóloga do Centro Integrado de Educação e Reabilitação (Cier), da Secretaria de Educação de Hortolândia, Cristina Maria Jundurian Fernandes, o projeto é importante porque apesar de ter um serviço implantado faltava a articulação de outros setores em rede. “O projeto veio a calhar porque estamos unindo todos os serviços e trabalhando integralmente. Já tínhamos um núcleo que trabalhava com violência, mas não estava incluída a violência contra a pessoa com deficiência. Isso foi importante porque tínhamos queixas de violação do direito, o que foi o mais importante para qualificar nossos serviços”.

O presidente do Conselho Municipal de Direitos da Criança e Adolescente, Dirceu Brás Pano, de Américo Brasiliense, contou que no município os funcionários dos serviços públicos não sabiam como identificar os portadores de deficiência intelectual. Acrescentou que o projeto sensibilizou os servidores para que pudessem aprender como identificá-los. “E o trabalho em rede colocado no projeto é espetacular porque identifica e encaminha a criança ou o adolescente para a área certa. Facilita muito e ajudou a expandirmos o projeto para crianças e adolescentes carentes e com problemas com drogas e álcool”, explicou.

Editor Marcos Chagas

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário