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Estudantes da UnB criam tumblr para combater o preconceito racial

Criado em 02/04/15 16h00 e atualizado em 02/04/15 16h18
Por Ana Elisa Santana Fonte:Portal EBC

O preconceito racial e a vivência dos estudantes negros dentro da universidade inspiraram a criação do projeto "Ah Branco, dá um tempo!" na Universidade de Brasília. A iniciativa reúne fotos de alunos negros que seguram placas com frases racistas que eles já ouviram em diferentes situações.

Ah Branco, dá um tempo - projeto contra racismo na UnB
Ah Branco, dá um tempo - projeto contra racismo na UnB. Foto: Reprodução/Tumblr

Idealizado pela aluna de ciências sociais Lorena Monique, 21 anos, a ideia surgiu a partir de um trabalho de antropologia visual, quando ela descobriu a existência do projeto "I, Too, Am Harvard" ("Eu também sou Harvard"), desenvolvido por alunos neros da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. "Achei que era uma experiência simples, genial e empoderadora. Pensei que pudesse reproduzir isso aqui no campus da universidade", conta Lorena, que escolheu o tumblr como forma de divulgação por acreditar no grande alcance que a plataforma web pode ter. "É um veículo comum, e a maioria das pessoas consegue acessar", diz. 

O principal objetivo do projeto, além de trazer para debate o preconceito racial, é falar sobre a importância da Lei de Cotas na unviersidade.

"Hoje eu vejo uma universidade mais colorida, mais democrática. Pessoas mais antigas contam que eram as únicas negras dentro do curso delas, e hoje isso mudou. A gente pode falar que foi uma política imprescindível na universidade", celebra Lorena.

Para ela, ainda há muito racismo dentro do campus. "Acredito que há um preconceito velado; as pessoas na universidade não te julgam abertamente, como nos EUA. Acontece de forma mais disfarçada, as pessoas guardam para elas ou reproduzem de forma que elas não percebem", relata. 

Nesta quarta-feira (01/04), um site publicou imagens do projeto alterando as frases para conteúdo de cunho racista. Os autores das montagens ainda não foram identificados, mas Lorena Monique afirma que já foram tomadas as providências legais sobre as montagens: "esse site é incitação ao ódio e eu já estou tomando medidas necessárias. Muitas pessoas se odereceram para ajudar, também. Esse racista que fez as montagens não está impune. Ele não é obrigado a aceitar, mas deve no mínimo ter respeito à causa", diz. 

A ação, no entanto, não intimidou os realizadores do projeto, que estão produzindo um mini-documentário para tratar do tema. "As pessoas não estudam, não procuram entender a vivência do negro, como foi implementada a lei de cotas, a história por trás", afirma Lorena, que acredita poder atingir as pessoas de forma mais efetiva com projeto em forma de vídeo.

Confira mais imagens do projeto: 


 

Creative Commons - CC BY 3.0

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