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Número de mulheres assassinadas no Rio cresce 18% em 2014

Criado em 30/04/15 14h16
Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil Edição:Denise Griesinger Fonte:Agência Brasil

O número de mulheres assassinadas no Rio de Janeiro cresceu 18% em 2014, na comparação com o ano anterior. Ao longo de todo o ano passado, foram registrados 420 homicídios cujas vítimas eram do sexo feminino. Em 2013, foram 356 casos. Os dados são do Dossiê Mulher 2015, divulgado hoje (30) pelo Instituto de Segurança Pública (ISP).

De acordo com os cálculos, as mulheres representaram 8,5% das vítimas de homicídios no estado em 2014 e 7,5% em 2013. Entre as áreas do estado, a maior ocorrência deste tipo de crime foi em Mesquita, na Baixada Fluminense: 45 casos. Em seguida, aparece Duque de Caxias, com 36 casos. Nessas duas áreas somadas, o aumento foi 65%.

“Os homicídios cresceram mais fortemente entre as mulheres. Considerando-se a população geral, o crescimento foi cerca de 4%. Entre as mulheres, esse aumento foi 18%”, disse a coordenadora do estudo, Andréia Soares Pinto.

Os casos de estupro, apesar de terem caído 3%, ainda ficaram em um patamar alto, com 5.676 registros em 2014. Andréia também chama atenção para o fato de a maioria das vítimas, entre as mulheres, serem crianças ou adolescentes: cerca de 65%. As vítimas com até 13 anos são 45,5% do total.

A subsecretária estadual de Políticas para as Mulheres, Marisa Chaves, lembra que as mulheres costumam ser vítimas de pessoas conhecidas. “O curioso é que o autor dessa violência é sempre alguém com que ela conviveu, conheceu ou que ela teve uma relação de afeto, bem próximo”, disse.

O Dossiê Mulher, que está em sua décima edição, também mostra que as mulheres são a maioria das vítimas em crimes como agressão (em que elas são 64% das vítimas), ameaça (65,5%) e injúria, calúnia ou difamação (73,6%).

“A gente vive numa sociedade patriarcal, machista, onde as mulheres, por tradição, são subjugadas. Apesar de toda a luta do movimento de mulheres no sentido de reverter isso, esse traço cultural ainda é predominante, porque não existe uma política sustentável ao longo de décadas. As escolas, por exemplo, ensinam a violência e perpetuam esse traço cultural machista que submete as mulheres”, disse Ângela Freitas, integrante da Articulação de Mulheres do Brasil.

Segundo a subsecretária Marisa Chaves, o Dossiê pode ajudar o estado a planejar ações e atividades que possam modificar o quadro de uma “cultural patriarcal”.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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