one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Compartilhar:

Caminhada em Copacabana marca Dia Nacional da Adoção

Criado em 24/05/15 17h17 e atualizado em 24/05/15 17h15
Por Vladimir Platonow* Edição:Kleber Sampaio Fonte:Agência Brasil

O Dia Nacional da Adoção de Crianças, comemorado amanhã (25), foi lembrado neste domingo (24), durante uma caminhada pela orla de Copacabana, no Rio de Janeiro. O ato foi promovido pela Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção, pelo Tribunal de Justiça do Rio e pela Assembleia Legislativa.

Uma das organizadoras, Barbara Toledo já adotou duas crianças e disse que crescer em uma família é um direito de todos. “Adoção é uma forma legítima de se tornar família e tem de ser protegida pela legislação e pelo Estado. Temos que despertar para o abandono das crianças nas instituições, que estão passando vários aniversários sem família”, disse Barbara.

Mas a adoção não é uma tarefa simples, como mostram as estatísticas. Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) indicam que, atualmente, o cadastro tem 33,5 mil pretendentes e cerca de 5,7 mil crianças aguardando serem adotadas, o que dá praticamente seis pretendentes para cada criança.
Um desses casos é o da trabalhadora doméstica Claudete Dias, que está esperando há 8 meses por um filho. Ela está na fila por uma criança parda com menos de 3 anos de idade. “É uma burocracia muito grande. Eu e meu marido passamos um pouco de vergonha porque o médico psiquiatra achou que nós não éramos capazes, porque eu estava com 49 anos de idade”, relatou Claudete.

Os grupos de apoio à adoção tentam estimular casais a adotarem crianças mais velhas. A advogada Dália Taiguara, de 44 anos, diz que não demorou na fila. Dália é casada com outra mulher e diz que o fato das meninas terem duas mães não é o principal problema.

“Eu não demorei muito por causa do perfil [pretendido]. Em 2009 eu queria uma criança até 5 anos e fiquei um mês na fila. Já com a outra, nem na fila eu fiquei, por causa da idade e da cor. Negra e 12 anos”, contou Dália.

O empresário Nagib Pachá Junior, de 62 anos, diz que no início ficou reticente com o processo de adoção, mas que, no final, se mostrou feliz pela insistência da esposa: “Eu estou aprendendo junto com ele. Vale a pena. Bom para ele, muito melhor para nós”.

Neste mês, o CNJ lançou uma nova versão do Cadastro Nacional de Adoção (CNA). A expectativa é que, com o cruzamento de dados entre os pretendentes e as crianças de todo o Brasil, o processo seja mais rápido.

* Colaborou Nanna Pôssa, repórter das Rádios EBC

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário