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As professoras criaram os personagens Racumim e Racutia

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Roedores que não destroem livros, mas formam leitores

Criado em 02/04/13 08h46 e atualizado em 07/07/16 14h35
Por Ana Lúcia Caldas Edição:Tereza Barbosa Fonte: Repórter do Radiojornalismo

Racumim e Racutia são os ratos que não comem livros
As professoras criaram os personagens Racumim e Racutia (Amanda Dominici / Portal MEC / portal.mec.gov.br)

Brasília - A expressão “ratos de biblioteca” se aplica bem a duas iniciativas existentes no Distrito Federal. A primeira é a da dupla de professoras Raquel Gonçalves e Maria Célia Madureira, que criaram os personagens Racumim e Racutia, ratos que tornaram defensores dos livros. Eles fazem parte do Projeto Reinventando a Biblioteca. As duas professoras foram responsáveis por uma revolução quando transformaram um banheiro de servidores e um corredor, da Escola Classe 18 de Taguatinga, em uma biblioteca e levaram para o espaço os dois ratinhos. O “puxadinho” é um sucesso entre os alunos de 6 a 10 anos da instituição.

Segundo Raquel, responsável pela personagem Racutia, os dois ratos surgiram em 1999 da necessidade pedagógica de ter um espaço lúdico na biblioteca. “A intenção era formar leitores e retirar aquele ar sério, característico da biblioteca.” As crianças levam o livro que quiser para casa e só precisam devolvê-lo depois de terminar a leitura. A ideia é evitar que o hábito se torne algo obrigatório.

Raquel Gonçalves ressalta que “a função do adulto é incentivar a leitura o que Racutia e Racumim fazem de várias maneiras.” A dupla chama a atenção para o livro, que por si só consideram um instrumento fascinante. A concorrência com a tecnologia é grande, mas o esforço compensa. “Os livros que as crianças mais levam para casa são aqueles dos quais contamos as histórias”, explica.

Para ela, quanto mais cedo se despertar o interesse pela leitura, mais garantia de se formar um leitor. Maria Célia Madureira faz coro com Raquel. Ela incorpora o personagem Racumim, um ratinho filho de Racutia, que tinha como missão roer livros de bibliotecas, mas acabou descobrindo a leitura e ensinou a mãe também a gostar de ler.

Segundo Célia, “o fazer pedagógico fica a cargo do professor, mas brincar com o imaginário da criança, isso é com os livros na biblioteca.” Ela defende um investimento maior em bibliotecas na escola. “ Um espaço de formação do leitor por alegria e não por obrigação, como era antigamente”, diz. As duas já lançaram três livros: Deu Rato na Biblioteca (2005); O Rato Adormecido (2007) e Os Amores de Racutia (2009).

Outra iniciativa é a Roedores de Livros, de Tino Freitas, Ana Paula Bernardes, Célio Calisto e Edna Freitas. O projeto foi criado em 2006, em uma biblioteca da Asa Norte, em Brasília e desde 2007 está na Ceilândia, região administrativa da capital. O objetivo é promover nas crianças o gosto pela leitura por meio de mediação de leitura, oficinas de artes e apresentações de música.

Segundo Ana Paula Bernardes, que coordena o projeto, as atividades ocorrem todos os sábados em um shopping popular da Ceilândia. No local existe uma pequena biblioteca de literatura infantojuvenil, onde as crianças da redondeza são recebidas para mediação de leitura. “Tem dado certo. Até crianças que não leem conseguem fazer uma leitura de imagem fantástica e conversar muito sobre os livros.” Os roedores têm atraído um grupo de até 30 crianças entre 5 e 10 anos.

O Projeto Roedores de Livros foi escolhido em 2011 como o melhor programa de incentivo à leitura de crianças e jovens do Brasil pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.

Edição: Tereza Barbosa

 

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