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Há 10 anos morria o poeta Waly Salomão
Criado em 05/05/13 14h38
e atualizado em 05/05/13 14h38
Por Portal EBC
Há exatos 10 anos, um câncer no intestino levou o poeta baiano Waly Salomão. No dia 5 de maio de 2003, aos 59 anos, o artista morreu após passar alguns dias internado no Rio de Janeiro. Filho de uma baiana com um sírio, Waly teve forte ligação com o Tropicalismo, na década de 60, e era um dos grandes nomes da contracultura no Brasil. Em 1967 formou-se em direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mas nunca exerceu a profissão. Cursou a Escola de Teatro da mesma instituição e estudou inglês na Universidade de Columbia, em Nova York, no início da década de 70.
Waly escreveu nove livros de prosa e poesia e era colaborador de vários jornais e revistas. Mais do que escritor, o artista foi um importante produtor cultural: produziu shows, organizou publicações e coletâneas. Foi letrista parceiro de cantores como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Itamar Assunção, Adriana Calcanhoto e Cássia Eller. Era um dos padrinhos do projeto social Afrorregae, que promove ações culturais em comunidades cariocas.
Por suas obras, recebeu diversos prêmios literários, entre eles o Jabuti e o Alphonsus Guimarães com o livro Algravias, lançado em 1996. Em 2003, foi secretário do Livro e da Leitura no Ministério da Cultura na gestão Gilberto Gil. Mas o maior reconhecimento vinha do próprio meio artístico - todos os pareceiros de trabalho de Waly o definem ainda hoje como um grande gênio da poesia. Em 2008, o documentário Pan-Cinema Permanente, do diretor Carlos Nader, sobre a vida e obra de Waly, venceu o Festival É Tudo Verdade. Assista ao trailler do filme e saiba mais sobre quem foi o poeta.
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