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São João de Caruaru: confira os destaques da festa
Criado em 24/06/13 20h31
e atualizado em 25/06/13 19h41
Por Allan Walbert
Edição:Amanda Cieglinski
Fonte:Portal EBC
A cidade de Caruaru, conhecida como “princesinha do agreste”, é um dos símbolos do Nordeste. Em junho ela ganha ainda mais destaque ao sediar o maior São João do mundo, título que disputa com Campina Grande (PB). Neste ano o Portal EBC esteve na cidade para acompanhar os festejos em homenagem a Santo Antônio, São Pedro e São João.
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Foram 30 dias de forró ininterruptos, mais de 200 shows, 38 eventos culturais e cinco pólos de animação. Só de movimentação financeira, a festa deve gerar em torno de R$ 200 milhões para a cidade. Mas além do entretenimento, a festa têm uma conexão forte com a tradição nordestina. O Dia de São João é comemorado desde a véspera de sua data, 24 de junho.
No domingo, as famílias saíram às ruas para comprar madeira para a fogueira e milho para a noite junina. Assim como o Natal, o São João é celebrado na véspera. E para que nenhum detalhe fique faltando nesta importante data, acorda-se cedo e para antecipar a preparação dos quitutes e da decoração. De boa ou má qualidade, grande ou pequena, a fogueira não pode deixar de estar presente na porta das casas de quem brinca São João.
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Atrações
Nos cinco pólos de animações, shows de artistas locais e nacionais animaram o público. Na noite de sábado (23), o destaque foi a cantora Elba Ramalho que atraiu 100 mil pessoas para o Pátio do Forró. O Forró do Candeeiro atraiu forrozeiros que não trocam o arrasta-pé com trio pé-de-serra por bandas do forró eletrônico.
Outro destaque foi a apresentação de Liv Moraes, cantora e filha do sanfoneiro Domnguinhos, o grande homenageado do São João de Caruaru 2013. Ele está internado desde 17 de dezembro de 2012 com um quadro de pneumonia. Liv falou sobre o estado de saúde de Dominguinhos.
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Para fechar a festa, nesta segunda-feira, dia de São João, trios elétricos arrastaram uma multidão na principal avenida da cidade. No lugar do axé, forró. Esse foi o clima que levou o público a curtir a drilha caruarense. Drilhas são tradicionais blocos juninos que acontecem na cidade todo ano e desfilam pelas ruas.
Cultura popular
Além de grandes estrelas da música, também houve espaço para a cultura popular na festa. O 18º Festival de Quadrilhas Estilizadas misturou tradição e modernidade no festejo junino. O evento mostrou para o público a popular dança junina com passos mais coreografados, roupas com bastante brilho e até mesmo cenários.
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A Casa dos Mamulengos apresentou para o público os bonecos que, desde o período colonial, são utilizados em peças teatrais. E no Dia de São João comemora-se também se comemora o Dia do Bacamarteiro. A fim de celebrar a data, mais de 40 batalhões reuniram-se no Estádio Lacerdão para uma apresentação dessa manifestação popular nordestina. O bacamarteiro é um atirador que usa uma arma conhecida como bacamarte para efetuar disparos de pólvora seca. Como não são utilizadas balas, a brincadeira é considerada segura e cria um espetáculo com muito barulho e fumaça.
Protestos
Mas nem só de festa vivem os moradores do município pernambucano de Caruaru. Em meio aos grandes festejos, uma multidão ocupou no sábado (22) as ruas da cidade em apoio às manifestações que têm ocorrido em todo o país. O protesto reuniu cerca de cinco mil pessoas, segundo a Polícia Militar, e ocorreu de forma pacífica.
Edição: Amanda Cieglinski
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