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Exposição retrata resistência à ditadura militar
Criado em 02/08/13 18h07
e atualizado em 05/08/13 22h36
Por Leandro Melito - Portal EBC
Brasília - Nesta segunda-feira (05), Brasília recebe a abertura da exposição "Resistir é Preciso", no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). Organizada pelo Instituto Vladimir Herzog, a mostra apresenta uma linha do tempo sobre o período de 1960 a 1985 com foco em iniciativas de resistência ao regime militar instaurado no país em 1964.
A exposição fica em Brasília até 22 de outubro e depois segue para outras três capitais: Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte. O historiador José Luis Del Roio, um dos curadores da exposição, explica que o foco da exposição é o papel da imprensa de resistência e a memória do jornalista Vladimir Herzog, assassinado sob tortura no DOI-Codi (Departamento de Operações Internas – Destacamento de Operação de Informações – Centro de Operações de Defesa Interma), em 25 de outubro de 1975, ano em que dirigiu o departamento de jornalismo da TV Cultura, emissora pública do Estado de São Paulo.
Conheça a trajetória do jornalista Vladimir Herzog
A exposição apresenta a atuação durante a Ditadura Militar de três tipos de imprensa, segundo a classificação de Del Roio:
Imprensa vendida em bancas: conhecida como “imprensa nanica” devido ao tamanho menor dos jornais e a circulação geralmente semanal.“Esses jornais de banca tinham uma vida muito difícil, com censores dentro das suas redações, antes de fechar e imprimir o jornal tinham que mandar para Brasília e frequentemente quando não de agrado, algum redator era preso. Então é uma censura muito pesada, que torna praticamente inviável a existência econômica desses jornais e que põe em risco a integridade dos que trabalham nesses veículos”.
Imprensa clandestina: “Feita nos subterrâneos, com pouquíssimo material tecnológico, quem fazia os jornais arriscavam a vida. Muitos morreram pra fazer os jornais e também para distribuí-los”.
Imprensa no Exílio: “É a imprensa menos conhecida do grande público, até dos estudiosos. O exílio brasileiro publicou muito, dezenas de títulos de jornais no exterior em diversas línguas”.
Em Brasília, a exposição estará aberta aos visitantes de 05 de agosto a 22 de setembro. Em São Paulo, a mostra ficará em cartaz de 12 de outubro a 06 de janeiro de 2014. No Rio de Janeiro, o público poderá visitar a exposição de 12 de fevereiro a 07 de abril de 2014. Em Belo Horizonte poderá ser vista de 04 de agosto a 05 de outubro de 2014.
Confira algumas imagens da exposição
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