one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo

Imagem:

Compartilhar:

Exposição no MAM de São Paulo debate "caráter provisório" da sede

Criado em 20/10/13 17h02 e atualizado em 07/07/16 14h35
Por Elaine Patricia Cruz Edição:Davi Oliveira Fonte:Agência Brasil

São Paulo – A 33ª edição do Panorama da Arte Brasileira, em exibição no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo até o dia 15 de dezembro, propõe este ano um processo de reflexão sobre o próprio museu. O foco de discussão é a sede do museu, instalada desde 1969 no Parque Ibirapuera, na capital paulista.

A sede do MAM não foi construída com a finalidade de abrigar um museu. Ela foi instalada sob a marquise do Ibirapuera, construída pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em caráter precário e provisório, mas acabou permanecendo no local até hoje, embora seja pequena para abrigar todas as atividades a que se propõe o museu, tais como o acervo, a área educativa e o setor de pesquisas.

Sete escritórios e grupos de arquitetos foram convidados para desenvolver ideias para uma nova sede da instituição. Não que o MAM esteja procurando uma nova sede ou cogitando reformá-la. O objetivo da curadora Lisette Lagnado e da adjunta Ana Maria Maia é lançar um olhar para o próprio museu, sua missão e sua história.

“Grande parte das ideias apresentadas poderiam sim, ser postas em prática se houvesse orçamento e vontade política. No entanto, vale lembrar que essa chamada por projetos de arquitetura é uma espécie de ficção plantada pelo P33. O MAM não quer sair da sede em que está hoje. E essa sede, ao contrário do que muitos esperam, não pode ser demolida, já que foi tombada em 1992, junto com outros edifícios do Parque Ibirapuera”, explicou a curadora adjunta.

Batizada de P33: Formas Únicas da Continuidade no Espaço, em referência à escultura futurista de Umberto Boccioni, essa é a primeira vez em que arquitetos participam de uma edição do Panorama da Arte Brasileira. Para a exposição, 32 artistas e arquitetos foram convidados para apresentar suas obras, novas ou antigas, sempre correlacionadas ao tema proposto.

“Os projetos para a sede do MAM são representados por maquetes, desenhos, projeções 3D, vídeos e memoriais. São suportes comuns no universo das exposições de arquitetura, mas, como o Panorama não é uma exposição apenas para especialistas no assunto, foram pensados de modo a permitir a compreensão da ideia por um público mais amplo. Além dos projetos, existem obras de artistas nos mais variados suportes: fotografias, esculturas e pinturas”, disse Ana Maria.

O Panorama é feito no MAM desde 1969. No início, ocorria anualmente, mas hoje é feito a cada dois anos, intercalado com a Bienal de Arte de São Paulo. "A mostra foi criada quando o museu estava sem acervo, que tinha sido doado para a USP [Universidade de São Paulo]. Por meio do Panorama, o MAM recomeçou um acervo e conquistou um DNA contemporâneo, visto que passou a lidar com a produção corrente e não mais com exemplares das vanguardas modernas, apenas”, explicou Ana Maria.

Para abrigar essas obras, todas as divisórias do local foram removidas, criando um espaço amplo, seguindo o projeto de Lina Bo Bardi para o local. A porta de entrada do museu também foi alterada durante o Panorama, com acesso feito pela frente do pavilhão da Bienal, seguindo modelo que também foi implantado por Lina. No lugar das divisórias foram instaladas cortinas de correntes coloridas, feitas em alumínio e com passagens recortadas, do artista Daniel Steegmann Mangrané.

Leia outras notícias em Cultura

Entre os projetos de nova concepção para o museu está um em que o prédio do MAM deixa a marquise do Parque Ibirapuera e é transportado para um corredor suspenso sobre o parque. Há também um que propõe a volta da sede para o centro da cidade, seu endereço entre os anos 1949 e 1958.

“As perguntas que lançávamos aos artistas e arquitetos que visitávamos em nosso período de pesquisa eram: O que falta ao MAM? Onde e como deveria ser seu edifício? A escuta estava aberta e, por meio dela, chegamos à lista de participantes da mostra. Queríamos de fato deflagrar um processo coletivo de investigação e proposição a partir do estudo de caso do museu”, disse Ana Maria.

A exposição começou no dia 5 de outubro, no MAM. Mas, desde ontem (19), foi ampliada para outros pontos do centro da cidade, tais como o Edifício Esther, na Praça da República; a Galeria Nova Barão, na Rua 7 de Abril; e a Livraria Calil, na Rua Barão de Itapetininga.

Já nos dias 26 e 30 de outubro e 13 de novembro, no auditório do MAM, haverá encontros gratuitos e abertos ao público. No dia 26 de outubro, a partir das 11h, o tema do debate será Formas Utópicas para o MAM. No dia 30 de outubro, às 19h, o tema é Estudo de Caso: Inhotim e Serpentine. Já no dia 13 de novembro, às 19h, o assunto do debate é Arquitetura Meteorológica. A exposição também é gratuita. Mais informações podem ser obtidas por meio do site www.mam.org.br.

Edição: Davi Oliveira

 

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário