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O presidente de Gana, John Dramani Mahama

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Presidente de Gana encontra Dilma e vai nesta quarta-feira à Bienal do Livro

Criado em 15/04/14 17h06 e atualizado em 18/03/16 15h15
Por Danilo Macedo Edição:Nádia Franco Fonte:Agência Brasil

Presidente de Gana, John Dramani Mahama
O presidente de Gana, John Dramani Mahama (Foto: Chatham House/Creative Commons)

Autor do livro Meu Primeiro Golpe de Estado, o presidente de Gana, John Dramani Mahama, está no Brasil para participar da 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura de Brasília. Antes de discursar e participar de um debate literário no evento, ele se encontrará a presidenta Dilma Roussef na manhã desta quarta-feira (16).

“Vim especialmente para a Bienal, mas acabei de saber que terei um encontro com Dilma. Então, claro, vamos discutir assuntos bilaterais entre os dois países”, disse Mahama. Entre 2003 e 2012, as trocas comerciais entre Brasil e Gana praticamente quadruplicaram, passando de US$ 84 milhões para US$ 357 milhões, mas ainda são pouco representativas em relação as de outros parceiros comerciais. O presidente ganense disse que espera o crescimento dessas relações.

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Segundo Mahama, um dos caminhos para o incremento das trocas comerciais é a maior conexão entre suas populações. Ele disse que, atualmente, um dos problemas é que, para virem ao Brasil, os ganeses enfrentam mais de seis horas de voo para a Europa e mais nove horas de lá para o Brasil. Em seu avião, vindo diretamente da capital, Acra, para Recife, o tempo de viagem é de cinco horas e 15 minutos. “A distância é próxima, a relação entre as pessoas deve ser próxima”, observou. “Para nós, o Atlântico não deve ser a barreira entre os dois continentes, mas se tornar uma ponte entre eles.”

Em seu livro, lançado em 2012 e traduzido no ano passado para o português, o presidente, filho de um ex-ministro que foi perseguido e preso no governo militar de Gana, relata o período histórico que viveu desde sua infância em Acra, quando as ex-colônias conquistam sua independência e entraram em “décadas perdidas”, entre os anos 1960 e 1990, de guerras civis violentas, crises econômicas e uma diáspora de intelectuais, que fugiram do continente, até seu despertar para a filosofia política, que o levou a se tornar presidente do país.

Essa diáspora, segundo Mahama, criou lacunas nas histórias contadas sobre a África, geralmente negativas, porque os africanos que detinham o conhecimento e dados sobre o continente tiveram de deixá-lo. O presidente disse que seu livro tem o objetivo de ajudar a preencher algumas dessas lacunas. “No passado várias histórias sobre a áfrica não foram contadas por africanos, mas por outras pessoas, interpretando o que a África é. Acredito que devemos ver a África pelos olhos das pessoas que vivem nela e é por isso que a literatura africana é importante, porque é feita por pessoas que contam sua própria história.”

Superadas as décadas perdidas, Mahama acredita que a África apresenta democracias mais fortes e vibrantes. “A África progrediu muito desde aquela época. Eu acredito que todos os países tiveram um processo de interiorização. Há menos conflitos hoje. Países africanos estão progredindo economicamente: das dez economias que mais crescem no mundo, seis estão na África. Acho que isso está acontecendo por causa da experiência que acumulamos da independência até hoje”.

Editor: Nádia Franco

Creative Commons - CC BY 3.0

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