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Cartaz do filme Metropolis de Fritz Lang

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Cineasta da condição humana e da modernidade, Fritz Lang ganha mostra

Criado em 12/07/14 15h59 e atualizado em 18/07/14 11h53
Por Elaine Patrícia Cruz Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

Cartaz do filme Metropolis de Fritz Lang
Cartaz do filme Metropolis de Fritz Lang (gego2605 / Creative Commons)

A partir deste final de semana, as diversas faces da obra do cineasta austríaco Fritz Lang (1890-1976) ganham retrospectiva completa, em película, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de São Paulo. A mostra apresenta 41 filmes do cineasta entre 1919 e 1960. Fritz Lang nasceu em Viena,  mas que começou a fazer cinema na Alemanha, passando depois pelos Estados Unidos. Na mostra serão apresentados 41 dos 43 filmes que ele fez, porque os dois primeiros se perderam, disse Calac Nogueira, um dos curadores da mostra, em entrevista à Agência Brasil. A mostra também apresentará o filme O Desprezo, de Jean-Luc Godard, em que Fritz Lang aparece como ator, interpretando a si mesmo. Haverá debates sobre os filmes ao longo do evento.

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Conhecido por ser um dos criadores do expressionismo alemão - caracterizado pelas maquiagem carregada, a representação exagerada dos atores e o contraste entre luz e sombra - e por ter discutido a condição humana em seus filmes, além da modernidade, Lang variou do cinema silencioso alemão - com filmes consagrados como Metrópolis (1927), o filme mais caro da época, e A Morte Cansada (1921) - ao advento do cinema sonoro, ampliando o conceito de realismo com outro de seus filmes bastante conhecido, M – O Vampiro de Düsseldorf (1931). “Ele atravessou vários momentos do século XX. Lutou na Primeira Guerra Mundial e só começou a fazer cinema depois disso. Passou pelo expressionismo alemão e, depois, com a ascensão do nazismo, acabou se isolando e foi para a França, em seguida para Hollywood, nos Estados Unidos, onde começou a fazer os filmes de gênero”, explicou o curador.

Dessa fase em Hollywood, quando começou a fazer filmes mais clássicos e de gênero, estão seus filmes noir (associado principalmente a filmes policiais que retratam o submundo e a degradação humana) tais como Um Retrato de Mulher (1944) e A Gârdenia Azul (1953). Há também filmes de faroeste como O Diabo Feito Mulher (1952).

O cinema de Lang variou do drama à aventura, do faroeste à ficção e ainda dos filmes de guerra ao gênero policial; e abordou temas muito atuais como o linchamento público, abordado em Fúria (1936), e a pena de morte, em filmes como Vive-se Uma Só Vez (1937) e Suplício de uma Alma (1956). "De certa forma, a carreira de Lang testemunha as diversas fases e eventos da primeira metade do século XX, que abrangem as duas grandes guerras, o expressionismo alemão e o cinema de gênero em Hollywood", falou o curador. “São filmes sobre o conflito entre o indivíduo e a coletividade”, acrescentou.

A mostra também traz Os Mil Olhos do Dr. Mabuse (1960), seu último filme, e O Testamento do Dr. Mabuse (1933), obra que foi banida e censurada pelo nazismo.

A mostra recebeu o nome de Fritz Lang – O horror Está no Horizonte, frase retirada de um texto escrito pelo crítico Inácio Araújo, no qual ele comparava episódio ocorrido no Rio de Janeiro - em que um rapaz foi acorrentado nu a um poste e espancado por várias pessoas - aos filmes de Lang que abordam a questão da violência e do linchamento.

O evento fica em cartaz até o dia 24 de agosto. O preço do ingresso é R$ 4. A programação pode ser acessada por meio do site http://culturabancodobrasil.com.br/portal/fritz-lang-o-horror-esta-horiz...

A mostra também será exibida em Brasília a partir do dia 24 de julho. Na abertura, marcada para as 20h no Cine Brasília, será exibido o filme Metrópolis, com trilha sonora executada ao vivo pela banda brasiliense de rock instrumental Passo Largo.

Editor: Stênio Ribeiro

Creative Commons - CC BY 3.0

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