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Ceramista nipo-brasileira ganha retrospectiva no Centro Cultural Correios
Criado em 14/12/14 17h41
e atualizado em 07/07/16 14h25
Por Paulo Virgílio - Repórter da Agência Brasil
Edição:Marcos Chagas
Fonte:Agência Brasil
Referência internacional na escultura em cerâmica, a artista e designer nipo-brasileira Kimi Nii ganha uma exposição retrospectiva de sua obra a partir da próxima semana, no Centro Cultural Correios do Rio de Janeiro. Mais de 100 obras, entre novos trabalhos e destaques da produção da artista desde a década de 80, integram a mostra Kimi Nii – nas Nuvens, que será inaugurada para convidados na quarta-feira (17), às 19h, ocupando todo um andar do espaço cultural.
Nascida em 1947, em Hiroshima, a cidade devastada dois anos antes por uma bomba atômica, Kimi Nii é filha de pai japonês e mãe brasileira de descendência nipônica. Veio para o Brasil com nove anos de idade onde fêz sua formação artística e iniciou-se na cerâmica, em 1978. O domínio das técnicas da cerâmica e a simplicidade nas formas são as marcas das peças criadas pela artista, radicada em São Paulo.
“No começo de minha incursão pela cerâmica projetei e executei artesanalmente conceitos que tinha aprendido na escola, como desenho limpo e forma pura”, conta Kimi Nii. O resultado eram esculturas de formas geométricas e racionais. “Aos poucos, fui aprendendo uma lição de humildade: aliar a minha vontade às propriedades do fogo, água, terra, ar e tirar proveito disso”, explica, ao falar sobre a evolução do seu trabalho.
Entre os novos trabalhos apresentados na exposição, que tem curadoria de Pieter Tjabbes, estão duas instalações, uma vertical, batizada de nas nuvens e composta de conjuntos de tufos com formas arredondadas dispostos em uma parede. A outra, horizontal, retoma uma temática presente em outras obras de Kimi Nii: formas inspiradas em montanhas e vulcões.
A exposição abre para o público na quinta-feira (18). Ela ficará em cartaz até 22 de fevereiro de 2015, podendo ser visitada de terça-feira a domingo, das 12h às 19h. A entrada é grátis e o Centro Cultural Correios, no centro do Rio.
Editor Marcos Chagas
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