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Mosteiro de São Bento

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Cetem dá embasamento científico a restauro de monumentos tombados

Criado em 13/01/15 18h01 e atualizado em 07/07/16 16h46
Por Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil Edição:Stênio Ribeiro Fonte:Agência Brasil

O Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) - do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação - vai dar embasamento, por meio do Laboratório de Alterabilidade de Rochas Ornamentais, a restauros de prédios históricos e monumentos tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Para isso, foi assinado termo de cooperação entre o Cetem e a superintendência do Iphan no Rio de Janeiro.

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O vice-coordenador de Apoio Tecnológico a Micro e Pequenas Empresas (Cate) do Cetem, Roberto Carlos da Conceição Ribeiro, informou hoje (13) à Agência Brasil que o objetivo da cooperação é que “não haja intervenções equivocadas nos monumentos de rochas,  como já ocorreu no passado. Então, o Iphan busca amparo no Cetem para ensaios laboratoriais, antes que os restauradores executem suas atividades”.

A ação dos pesquisadores visa a que um monumento como o Cristo Redentor, por exemplo, não seja descaracterizado durante uma operação de restauração. O Cetem fez um trabalho semelhante no próprio monumento do Corcovado, em 2010. “Antes que os restauradores começassem a usar materiais no Cristo, nós entramos em ação, verificamos o tipo de rocha, coloração, como iria reagir aos produtos que iam passar, quais os tipos de degradação que estava ocorrendo”. A ideia é canalizar o serviço dos restauradores para um foco correto, acrescentou.

Com isso, o Cetem fornece a base concreta para que o trabalho não saia de forma equivocada. “Antigamente, se pensava que a rocha era uma coisa e, às vezes, era outra. Muitas vezes, se pensava que era mármore, e era granito, e você utilizava produtos errados, podendo causar dano irreparável aos monumentos”, revelou.

Trabalhos de pesquisa semelhantes foram efetuados pelo Cetem no Theatro Municipal, em banheiras históricas na Floresta da Tijuca, entre outros monumentos. Já em parceria com o Iphan, seguiram-se estudos relativos ao Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, ao Paço Imperial, ao Cristo Redentor, cujo restauro ocorre de dez em dez anos. A  intensificação dos trabalhos culminou no acordo fechado agora com o Iphan.

Como fruto da parceria, Ribeiro disse que já estão em andamento ensaios do Cetem referentes ao Mosteiro de São Bento e ao Hospital São Francisco de Assis. Está na fila, “na iminência de acontecer”, segundo ele, estudo para diagnóstico do estado de conservação de materiais construtivos da Igreja da Candelária e do prédio da Superintendência do Iphan. “A gente dá o embasamento científico e tecnológico dos problemas, como se fosse um laudo médico do que ocorre naquela patologia”, receitou.

De acordo com informação da assessoria de imprensa do Cetem, o órgão analisa que tipos de pedras foram utilizados na estrutura ou no revestimento dos bens tombados, “faz a sua  caracterização física e química, avalia o grau de porosidade, massa específica e absorção de água, entre outros parâmetros”. São verificados também os tipos de degradações sofridas pelas pedras, as causas do problema, bem como os  métodos técnicos para a proteção e preservação do monumento.

O Laboratório de Alterabilidade de Rochas Ornamentais funciona há seis anos, e Ribeiro acredita que ele pode vir a se consolidar como referência na América Latina para a conservação de pedras em bens tombados, “devido à grande quantidade de serviços que a gente está realizando no Brasil”. O Cetem fez também estudos sobre a caracterização e alterabilidade das pedras portuguesas usadas no calçamento do Rio de Janeiro, com destaque para as ondas da calçada da Praia de Copacabana e as notas musicais no Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel.

Editor: Stênio Ribeiro

Creative Commons - CC BY 3.0

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