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Musical revive no teatro a história de Paulo da Portela no samba do Rio

Criado em 14/03/15 12h27 e atualizado em 07/07/16 14h25
Por Paulo Virgílio Edição:Jorge Wamburg Fonte:Agência Brasil


Reverenciado por sucessivas gerações do samba, Paulo Benjamim de Oliveira, o Paulo da Portela, teve uma trajetória pessoal que se confunde com a própria história desse gênero musical na cidade do Rio de Janeiro. Nascido em 1901, aos 20 anos ele já estava envolvido com os blocos carnavalescos do bairro de Oswaldo Cruz, na zona norte carioca, e batalhava pelo reconhecimento profissional dos sambistas, na época ainda tratados como marginais pela polícia.


Um desses blocos de que Paulo participava, o Vai como Pode, deu origem, em 1935, ao Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, a hoje tradicional azul e branco de Madureira. Compositor, com vários sambas gravados, Paulo da Portela desentendeu-se com sua escola em 1941, em pleno desfile de carnaval. Oito anos depois, falecia, vítima de um ataque cardíaco, e os bairros de Madureira e Oswaldo Cruz choraram a perda do sambista.

Pioneiro da interação entre o universo do samba e os intelectuais e os políticos, Paulo da Portela tem sua vida narrada em um espetáculo musical em cartaz na Sala Municipal Baden Powell, em Copacabana, zona sul do Rio. Com texto de Wilson Machado e direção de Aduni Benton, A História de Paulo Benjamim de Oliveira, o Paulo da Portela, tem à frente de um grande elenco os atores Wilson Rabelo e Zezé Motta.

Rabelo interpreta o Paulo narrador de sua própria história, enquanto dois outros atores, Leonardo Castro e Thiago Justino, encarnam, respectivamente, o personagem quando jovem e já no fim da vida. No espetáculo, Paulo da Portela percorre as várias fases de sua vida, remexendo o baú de sua memória. Amigos e companheiros do mundo do samba, como Cartola, Heitor dos Prazeres, Antônio Rufino e Antônio Caetano também são personagens do musical.

De acordo com o diretor Aduni Beton, a peça “mostra a essência desse extraordinário homem, sensível, mas combativo defensor do povo negro, que estava à frente de sua época e brigava pela dignidade e respeito ao sambista”. Beton também dirige a Cia É tudo Cena!, grupo teatral voltado para a pesquisa, valorização e promoção da cultura negra e afrodescendente brasileira e responsável pela montagem.

A História de Paulo Benjamin de Oliveira, o Paulo da Portela fica em cartaz até 29 de março, com apresentações de quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Os ingressos custam R$ 50, a inteira, e R$ 25, a meia-entrada. A Sala Municipal Baden Powell fica na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, 360, em Copacabana, zona sul do Rio.

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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