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Dino 7 Cordas ao violão

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Dino 7 Cordas: músicos reverenciam o mestre do violão

Criado em 20/05/15 14h25 e atualizado em 20/05/15 16h36
Por Marilia Arrigoni Fonte:Portal EBC

Considerado um dos maiores violonistas brasileiros de todos os tempos, o violonista Dino 7 Cordas é referência entre músicos, violonistas e pesquisadores. Integrante da primeira formação do tradicional conjunto Época de Ouro, Horondino José da Silva marcou a história da música brasileira por diferentes feitos; pela forma de tocar, acompanhar ou criar com o violão. 

Nascido em 5 de maio de 1918 e falecido em 2006, no dia 28 do mesmo mês, Dino veio de uma família de músicos carioca. Junto ao irmão Jorginho do Pandeiro, ele tocou no Época de Ouro, fundado por Jacob do Bandolim há 50 anos.

Horondino José da Silva, o Dino 7 Cordas
Creative Commons - CC BY 3.0 - Horondino José da Silva, o Dino 7 Cordas. Imagem cedida pelo conjunto Época de Ouro

"Depois que o Dino colocou o sete de cordas no regional, não se vê mais um conjunto regional que não tenha sete cordas. Antigamente, eram dois violões de seis cordas, cavaquinho, pandeiro e flauta. Hoje, se não tiver sete cordas, o conjunto não está completo", conta Jorginho, à frente do grupo atualmente. 

Assista à entrevista com Jorginho do Pandeiro: 

Creative Commons - CC BY 3.0 - Jorginho do Pandeiro: "depois do Dino, um conjunto regional só é completo com o violão 7 cordas"

Com programa semanal na Nacional do Rio de Janeiro, o Época de Ouro fez uma homenagem ao célebre violonista, que teve a participação de dois virtuoses das cordas, Yamandu Costa e Rogério Caetano, um discípulo declarado de Dino 7 Cordas: "Todo violonista de sete cordas foi influenciado por ele. Ele foi a referência máxima e até hoje é. O Dino foi quem cristalizou de uma forma muito brilhante e definitiva a forma do violão brasileiro de sete cordas", classifica Caetano, que ao lado de Yamandu lançou um álbum dedicado ao Dino, Raphael Rabello, Hélio Delmiro e Marco Pereira - outros mestres do instrumento.

Assista ao depoimento de Rogério Caetano:

Creative Commons - CC BY 3.0 - "Dino 7 Cordas é a referência máxima", diz Rogério Caetano

Yamandu Costa ressalta que o maestro Dino criou uma escola brasileira de violão. "Poucos músicos do século dele conseguiram fazer uma coisa que se peretue através do tempo e que só cresce. Ele ajudou, de certa maneira, a dignificar um certo tipo de músico que está dentro de uma cultura popular (...). Figuras como Dino, Jacob e Jorginho conseguiram colocar isso num patamar devido, de respeito, de profundidade, de compromissos com uma escola que se criou através dele, se ganhou espaço, e a cara do nosso país". 

Assista ao que disse Yamandu Costa:

Creative Commons - CC BY 3.0 - Yamandu Costa: Dino 7 Cordas conseguiu dignificar o músico da cultura popular

Das rodas de choro para a pesquisa 

"Melhor do que eu dar minha definição sobre o Dino, várias dissertações e teses de mestrados tratam dele e da importância do músico para o violão. O desenvolvimento do violão brasileiro, a condução harmônica que ele emprega nessas músicas que são populares e clássicas, a maneira que ele passou a utilizar violão 7 cordas nesses acompanhamentos e como ele atuava muito com choro, ele virou uma referência. Isso é a maior prova da importância dele", ressalta o violonista clássico, Luís Carlos Barbieri, apresentador do programa Violões em Foco, na MEC FM Rio

É o que mostra a dissertação de mestrado da violonista e pesquisadora Marcia Taborda, publicada em 1995 pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Taborda ressalta Dino com um dos maiores violonistas brasileiros de todos os tempos, tendo entrado definitivamente para a história da música popular por seu trabalho de acompanhador. Apoiado na tradição violonística de Tute (Arthur de Souza Nascimento, 1886-1951), introdutor do violão de 7 cordas nos conjuntos de choro, Dino alcançou posição de relevo e prestígio musical, pela sua capacidade de inovar, criar, surpreender sempre com extrema musicalidade e bom gosto*.

*Com informações do Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.

Creative Commons - CC BY 3.0

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