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Três exposições marcam aniversário de 11 anos do Museu Afro Brasil

Criado em 25/10/15 13h48 e atualizado em 07/07/16 14h25
Por Camila Maciel Edição:Denise Griesinger Fonte:Agência Brasil

Três exposições homenageiam os 11 anos do Museu Afro Brasil na capital paulista. Fotografias, cultura popular e artes plásticas fazem parte das exposições que, embora tenham entrado em cartaz no mesmo dia, na sexta-feira (23), são independentes e discutem diferentes temas. Cartas ao Mar, com fotografias de Eustáquio Neves; Raízes e Fragmentos – uma viagem ao território mental, de Duda Penteado; e A nossa invenção da arte, com itens da coleção do engenheiro Ladi Biezus, formam o trio de projetos que ficará à mostra para paulistanos e turistas até o dia 3 de janeiro.

O diretor do museu e responsável pela curadoria das exposições, Emanoel Araújo, destaca a contribuição da instituição para a valorização do universo cultural brasileiro do museu em mais de uma década de existência.

“O museu é uma referência nacional e internacional. Ele tem uma missão que é a de defender a história, a arte e a memória do nosso país e, com isso, afrodescententes, portugueses e o povo brasileiro em geral. Por isso que ele se chama Afro Brasil”, explicou. O museu funciona Parque Ibirapuera, de terça a domingo, das 10h às 18h, e é gratuito aos sábados.

A exposição Cartas ao Mar é resultado de uma pesquisa do artista mineiro Eustáquio Neves, na qual ele apresenta 12 fotos em grandes dimensões a partir da experimentação de procedimentos fotográficos. Ele buscou documentos, arquivos e depoimentos de moradores e comerciantes da área portuária conhecida como Valongo, no Rio de Janeiro. Esse local foi utilizado entre os séculos 17 e 19 como porto de entrada de negros vindos da África para o trabalho escravo. “Essas grandes fotos trazem memórias de antigos escravos, de gente que foi jogada ao mar”, destacou Araújo.

Em Raízes e Fragmentos – uma viagem ao território mental, Duda Penteado, um artista plástico multimídia que vive nos Estados Unidos, desenvolve temas relacionados a fenômenos geopolíticos e sociais deste século, como paz, globalização, diáspora, dupla nacionalidade, entre outros. De acordo com a apresentação da exposição, o artista trabalha na recomposição da sua identidade, primeiramente como cidadão brasileiro e depois, como cidadão global.

A força da arte tradicional popular é o mote da exposição A nossa invenção da arte, a partir da coleção de Ladi Biezus. “Uma coleção de arte feita sem intencionalidade, ao longo de 45 anos”, destaca o museu. O curador Emanoel Araújo explica o nome dado à mostra. “Invenção no sentido da invenção mesmo, popular, que não está vinculada a nenhuma academia e que é uma manifestação cultural do povo brasileiro. Nós somos um dos poucos países que tem essa arte voltada para essas condições de invenção”, disse Araújo.

Entre os artistas populares, o curador cita Antonio Botero, Agnaldo Manoel dos Santos e Chico da Silva. Também estarão expostas peças de José Antonio da Silva, Isabel de Jesus, Mirian Inês da Silva, Emygdio de Souza, Valdomiro de Deus Souza, Mestre Guarany, Mestre Dezinho, Mestre Vitalino, Mestre Nosa, Raimundo de Oliveira, Elza O S, Conceição dos Bugres, Véio (Cicero Alves dos Santos), Ivonaldo Veloso de Mello e Maria Auxiliadora.

Creative Commons - CC BY 3.0

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