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Acompanhe ao vivo o Desfile das Campeãs de São Paulo nesta sexta-feira
Criado em 11/02/16 12h12
e atualizado em 12/02/16 17h45
Por Céumar Turano
Edição:Ana Elisa Santana
Após três noites de desfiles, São Paulo ja conhece as suas escolas vencedoras do carnaval de 2016, e a TV Brasil transmite, nesta sexta-feira (12), às 22h, o Desfile das Campeãs (Clique aqui para saber como sintonizar). A transmissão será feita direto do Sambódromo do Anhembi para todo o estado de São Paulo.
A Mancha Verde foi a escola campeã do Grupo de Acesso do carnaval de São Paulo, e a Tom Maior ficou em segundo lugar. Ambas abrem os desfiles desta sexta e sobem para o Grupo Especial em 2017.
Pelo Grupo Especial, a escola de samba Império de Casa Verde se sagrou campeã do carnaval 2016 com 269,4 pontos. Em segundo lugar, ficou a Acadêmicos do Tatuapé, com 269,1 pontos. A Mocidade Alegre obteve a mesma pontuação, mas ficou em desvantagem com os critérios de desempate. Logo em seguida estão as agremiações da Mocidade Alegre, Vai-Vai e Unidos da Vila Maria, que conquistaram o terceiro, quarto e quinto lugar, respectivamente.
Relembre os enredos das escolas. Elas se apresentam no Desfile das Campeãs na seguinte ordem:
Tom Maior
A Tom Maior mostrou no Sambódromo o enredo "Travessias de Milton Nascimento, todo artista tem de ir aonde o povo está". A escola homenageou o cantor e compositor da MPB, com a presença dele próprio no último carro. Milton acenou para a plateia e foi muito aplaudido. O abre-alas da Tom Maior desfilou cheio de crianças que representam santos nos arautos. O segundo carro da escola falou dos bares onde Milton Nascimento e outros compositores se reuniam. A trajetória musical do cantor e compositor foi contada no terceiro carro; e uma das alegorias trouxe imagem do capacete do ex-piloto Ayrton Senna, que teve a música Canção da América cantada após sua morte.
Mancha Verde
A escola de samba Mancha Verde foi a sexta a desfilar no Grupo de Acesso com o enredo "Mato Grosso, uma Mancha Verde no coração do Brasil”. A atriz Viviane Araújo veio à frente dos ritmistas em seu oitavo ano como rainha de bateria da escola. O desfile correu sem problemas e agitou o público, que balançava bandeirinhas de integrantes da agremiação. O carro abre-alas da Mancha retratou o Pantanal, com animais como bois, jacarés e uma onça que abria a boca e mostrava os dentes. Outro carro de destaque tinha projeções de um aquário.
Unidos da Vila Maria
A Unidos de Vila Maria, escola da Zona Norte de São Paulo, surpreendeu no Sambódromo pela qualidade das alegorias e pela força da bateria. O enredo “A vila famosa é mais bela, Ilhabela das maravilhas” homenageou Ilhabela. A agremiação levou 27 alas, com um total de 3,5 mil componentes, para mostrar lendas de feiticeiras e piratas e as atrações turísticas da cidade-arquipélago no litoral paulista.
A comissão de frente fez coreografias com barris gigantes, de onde saíam integrantes que, vestidos de piratas, jogavam moedas de chocolate para o público. O abre-alas, batizado de Mayembipe, o primeiro nome de Ilhabela, tinha uma sereia gigante com água saindo das mãos. No quarto carro, uma imensa bruxa soltava fumaça e piratas pendurados no mastro de uma caravela "voavam" em direção ao público.
Vai-Vai
A tradicional escola do Bixiga cantou um samba-enredo com sotaque francês, trazendo para a avenida pontos turísticos de Paris e a cultura da França. A escola fez um desfile com alegorias modernas e fantasias leves e elegantes. O público reagiu ao samba da agremiação, com o refrão Je suis Vai-Vai (eu sou Vai-Vai), agitando bandeirinhas da França nas arquibancadas. Personagens e personalidades da França, como Amelie Poulain, Brigitte Bardot e Asterix e Obelix abriram o desfile na comissão de frente.
A bateria do mestre Tadeu, há mais de 40 anos na Vai-Vai, ousou nas paradinhas e desfilou com os ritmistas fantasiados de Napolões azuis, brancos e vermelhos – as cores da bandeira da França. A apresentadora Ana Hickmann veio à frente do abre-alas, que tinha esculturas dos principais monumentos de Paris: a Torre Eiffel, a catedral de Notre-Dame e o Museu do Louvre. Símbolo da noite parisiense, o carro alegórico do cabaré Moulin Rouge também entrou grandioso no sambódromo.
Mocidade Alegre
Vice-campeã do carnaval 2015, a escola do bairro do Limão fez neste ano uma exaltação ao samba e à cultura afro-brasileira. Para falar do centenário do ritmo, a escola da Zona Norte recorreu aos orixás e às raízes africanas. Os versos "Ôôôô... é a força de Ayo" e "Kaô, Kaô meu pai Xangô" levantaram o público das arquibancadas, que cantou junto com os puxadores. E a bateria do Mestre Sombra deu show ao promover paradinhas e sete paradões de até mais de 30 segundos. O belo acabamento das fantasias e alegorias e o capricho das maquiagens também foram um dos pontos alto do desfile da escola.
Acadêmicos de Tatuapé
Com o enredo “É ela, a Deusa da Passarela – Olha a Beija-flor aí gente!”, a escola da Zona Leste de São Paulo relembrou desfiles históricos da escola carioca que já foi 13 vezes campeã. O desfile contou com a participação de figuras icônicas da Beija-Flor, como a passista Pinah Ayoub, que ficou conhecida por ter dançado com o Príncipe Charles. A comissão de frente trouxe uma réplica da Praça da Apoteose do sambódromo carioca, com o casal de mestre-sala e porta-bandeira Selminha Sorriso e Claudinho desfilando no topo como destaques.
Outro personagem marcante da história da escola de Nilópolis, o carnavalesco Joãosinho Trinta foi lembrado em escultura e com um sósia. O abre-alas trouxe no topo um São Jorge, santo padroeiro das escolas do Tatuapé e de Nilópolis. A Tatuapé contou com a resistência e garra dos 3.200 componentes para evoluir com empolgação na avenida, sem contratempos.
Império de Casa Verde
A grande vencedora do carnaval 201 de São Paulo coquistou seu terceiro título do Grupo Especial com o enredo "Império dos Mistérios", que abordou questões da fé, origem das civilizações e mistérios da humanidade ao longo dos séculos. A escola levou carros alegóricos de grandes dimensões e forte impacto para a avenida. Um deles trouxe dragões e um grande Netuno para falar da lenda da cidade perdida de Atlântida, além de soltar bolhinhas de sabão na avenida.
Para buscar o seu terceiro título no carnaval 10 anos após a última vitória, a Casa Verde apostou no luxo, sem economia no uso de plumas e penas. O belo acabamento das fantasias e alas coreografadas também foi o ponto alto do desfile assinado pelo carnavalesco Jorge Freitas.
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