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escola livro didático

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Estudantes de escolas paulistas estão sem livro didático

Criado em 15/05/13 20h27 e atualizado em 15/05/13 20h53
Por Mariana Tokarnia* Edição:Fábio Massalli Fonte:Enviada Especial da Agência Brasil

escola livro didático
O número de livros que será distribuído no ano é calculado com base no número de estudantes no Censo Escolar do ano anterior. Para cobrir as matrículas excedentes, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) remete recursos para que sejam comprados 3% a mais de livros para cada estado (Marcello Casal Jr/ Agência Brasil )

Costa do Sauípe (BA) – As aulas começaram há mais de dois meses e estudantes de redes municipais de ensino no estado de São Paulo ainda estão sem os livros didáticos. Em Embu das Artes (SP) são mais de 600 estudantes sem livros de português. Em São Bernardo, 10 mil alunos estão esperando livros de diversas disciplinas. Os números foram informados pelas secretárias de Educação dos municípios, Lucia Couto e Cleuza Repulho, que também é presidenta da União Nacional dos Dirigente Municipais de Educação (Undime).

Segundo Cleuza, a Undime está fazendo um levantamento nacional, mas a situação está mais crítica em São Paulo. “Este ano a gente está com uma dificuldade muito maior”, diz.

Os livros fazem parte do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). O número de livros que será distribuído no ano é calculado com base no número de estudantes no Censo Escolar do ano anterior. Para cobrir as matrículas excedentes, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) remete recursos para que sejam comprados 3% a mais de livros para cada estado para compor uma reserva técnica.

Esses livros são distribuídos para os governos estaduais, responsáveis pelo repasse às redes de ensino municipais que necessitem de obras extras. No entanto, segundo as secretárias, a reserva de São Paulo não chegou aos municípios e o governo do estado não informa onde estão os livros.  “Solicitamos a reserva técnica, mas o estado não sabe informar sobre os livros. Este ano, foram distribuídos os livros consumíveis, o livro que a criança escreve e não precisa devolver. Tem que ser um livro por criança”, diz Lucia. Em São Bernardo, diz Cleuza, os professores tiveram que buscar uma solução paliativa. “Quando tem questão de preenchimento as crianças fazem em conjunto”.

Por meio de nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informa que “os cerca de 800 mil livros didáticos de reserva técnica que recebeu neste ano do Ministério da Educação, por meio do Programa Nacional do Livro Didático, foram devidamente armazenados nas 91 diretorias regionais de ensino e também em um depósito da administração na Grande São Paulo”

O número é diferente do divulgado pelo FNDE. Segundo a autarquia foram entregues ao governo do estado de São Paulo 562.912 livros como reserva técnica respeitando o prazo limite para a entrega até o final de janeiro. Segundo a assessoria de imprensa da autarquia, os municípios tiveram até o dia 31 de março para informar os livros que faltam em cada rede. O FNDE está ciente dos casos e informou que vai resolvê-los.

A Secretaria de São Paulo acrescenta na mesma nota que “parte das prefeituras [entre elas Embu das Artes e São Bernardo] perdeu o prazo para requerer o material, encerrado pelo MEC em 31 de março, a pasta está utilizando a reserva técnica para auxiliar essas cidades. Neste momento, a Secretaria da Educação do Estado faz um levantamento para verificar quantos e quais municípios ainda necessitam de livros para atendê-los, por ordem de pedido, conforme a disponibilidade no estoque”.

No 14º Fórum Nacional de Dirigentes Municipais da Undime, o presidente do FNDE, José Carlos de Freitas disse que está sendo estudada uma forma de resolver o problema por meio de apoio da empresa de Correios. Além disso, um grupo técnico trabalha para encontrar uma solução que, segundo ele, pode ser enviar a reserva técnica diretamente para os municípios. “O programa do livro didático é um programa consolidado como um programa de sucesso. São 160 milhões de livros distribuídos em um pais continental como o Brasil. Evidentemente tem problemas pontuais, que representam 2% da quantidade de livros distribuídos”.

*A repórter viajou a convite da Undime

Edição: Fábio Massalli

Creative Commons - CC BY 3.0

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