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Professores decidem no Rio se retomam greve, após cancelamento de reunião
Criado em 07/07/14 13h40
e atualizado em 07/07/14 13h51
Por Isabela Vieira
Edição:Davi Oliveira
Fonte:Agência Brasil
Profissionais das redes municipal e estadual de educação no Rio de Janeiro, que encerarram uma greve em 27 de junho, podem retomar a paralisação. Hoje (7), depois de a prefeitura ter cancelado a audiência de conciliação com a categoria no Tribunal de Justiça, os profissionais fazem nova assembleia, no centro. A Secretaria Municipal de Educação disse que suspendeu o encontro porque a categoria anunciou paralisação de 24h para esta segunda-feira.
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A negociação está travada apenas no âmbito municipal, porque os deputados estaduais aprovaram reajuste de 9% para os professores e determinaram o fim dos inquéritos administrativos contra os profissionais estaduais que faltaram ao trabalho para aderir à greve. Na semana passada, a prefeitura concedeu o reajuste referente à inflação acumulada de 6,34% para todos os servidores, incluindo os profissionais da educação
Segundo explicação dos professores municipais, a paralisação de hoje foi decidida para que pudessem acompanhar a audiência. O objetivo era cobrar o cancelamento do corte de ponto de quem aderiu à greve em 12 de maio, denunciar a abertura de inquéritos administrativos para investigar grevistas e pedir a readmissão daqueles em estágio probatório, dispensados pelo elevado número de faltas, em consequência da paralisação, segundo o Sindicato Estadual dos Professores da Educação (Sepe).
“Não vamos admitir nenhuma perseguição política, porque cortar salário e abrir inquérito contra profissionais que fizeram greve para lutar pela melhoria da escola pública é perseguição política”, afirmou a diretora do sindicato, Suzana Gutierrez. Ela estima que cerca de mil profissionais ficaram sem salário por causa do corte de ponto. Até o horário da assembleia, às 15h, os professores devem permanecer em frente à sede da prefeitura, na Cidade Nova, no centro.
Mesmo sem ter as reivindicações atendidas, os profissionais das redes municipal e estadual suspenderam a greve no último dia 27. A categoria pede, além de reajuste salarial, plano de carreira unificado, reajuste linear de 20%, redução da carga horária dos profissionais administrativos para 30 horas e eleição direta para diretores, entre outros itens da pauta. Hoje, em vigília pela abertura das negociações, os professores vendem biscoito de polvilho em frente à prefeitura.
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Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME), que saiu do recesso no dia 30, diz ter cortado o ponto dos profissionais em greve depois que o Supremo Tribunal Federal declarou a greve ilegal, no dia 13 de maio. “A SME esclarece que não existe previsão para alterações [na decisão de cortar o ponto], já que a medida é um procedimento legal em razão das faltas dos próprios profissionais”.
Segundo a secretaria, um encontro com a categoria “só será agendado quando o sindicato encerrar, em definitivo, toda e qualquer ação que represente paralisação no funcionamento das unidades escolares da rede”. A SME não comentou sobre a abertura de inquéritos que vão investigar a atuação de professores na greve e que podem gerar demissões.
Editor: Davi Oliveira
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