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Estudantes querem reavaliação do governo nos repasses ao setor
Criado em 02/02/15 15h23
e atualizado em 02/02/15 15h33
Por Da Agência Brasil*
Edição:Marcos Chagas
Fonte:Agência Brasil
A Assembléia Nacional e Estudantes - Livre (Anel), que ocupa o espaço em frente ao Ministério da Educação (MEC) desde esse domingo (1º), ao mesmo tempo que criticou hoje (2) a política pública de destinação dos recursos para a educação considera possível contornar os problemas relacionados aos repasses às universidades públicas. Para Janaína Oliveira, integrante da executiva nacional da Anel, o governo federal precisa reavaliar a aplicação dos recursos previstos no Orçamento Geral da União.
"O que se constata é que é necessária uma escolha política para a questão da educação. Mais da metade do orçamento vai para o pagamento de dívidas. É preciso comprometer menos dessa verba com esses pagamentos e começar a investir mais em educação", disse a estudante.
O ato é uma convocação para o 3° Congresso Nacional dos Estudantes, que acontecerá entre os dias 4 e 7 de junho, em São Paulo.
Hoje (02), pela manhã, a presidenta do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior, Marinalva Oliveira, e a coordenadora nacional da organização não governamental Auditoria Cidadão da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, estiveram com os estudantes para reforçar a reivindicação.
Maria Lucia destacou que qualquer debate sobre a educação pública obrigatoriamente terá que passar pela questão financeira. “A educação está decadente por que faltam recursos e, sendo a sétima economia do mundo, como pode faltar recursos? Então nós vivemos contradições inaceitáveis".
Apesar de o novo lema do governo colocar a educação no centro da gestão, “Brasil, Pátria Educadora”, o setor sofreu o maior corte orçamentário – R$ 7 bilhões – para 2015. O MEC tem o maior orçamento da Esplanada dos Ministérios. O ministro Cid Gomes, disse que o corte não afetará os programas da pasta.
A maior destinação de recursos para a educação foi um dos principais temas discutidos no Congresso Nacional durante a tramitação do Plano Nacional de Educação (PNE). A redação final, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff destina, em dez anos, o mínimo de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) – soma de todas as riquezas produzidas pelo país –, por ano, para o setor. Atualmente, a porcentagem é de pouco mais de 6%.
* Colaborou a repórter Mariana Tokarnia.
Editor Marcos Chagas
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