one pixel track analytics scorecard

Digite sua busca e aperte enter


Imagem: Caleb Roenigk/Creative Commons

Compartilhar:

Plataforma corrige redação usando regras do Enem

Criado em 12/06/15 12h16 e atualizado em 12/06/15 15h58
Por Porvir

A cada nova edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os resultados da prova de redação decepcionam. Na última edição, 8,5% dos 6,2 milhões de alunos zeraram na parte subjetiva da prova. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira Inep), isso aconteceu porque os alunos deixaram de atender ou infringiram os critérios de correção, problemas que seriam facilmente resolvidos com maior prática e correção que ajude no desenvolvimento do aluno. É isso que a plataforma Imaginie busca resolver.

Por meio de um aplicativo instalado no smartphone, o aluno bate uma foto de seu texto e consegue enviá-la para correção, mediante o uso de créditos adquiridos pela escola. Do outro lado, dois corretores leem o texto (um terceiro entra em ação em caso de notas muito distintas), fazem anotações e enviam devolutiva em até três dias. Além disso, são disponibilizados relatórios de desempenho e ranking que compara o resultado individual com relação a outros alunos da cidade, do estado, ou do país todo.

Questões Enem: estude para a prova com aplicativo gratuito

Menos trabalho para a escola

“A redação causa muita dor para as escolas por causa do trabalho de correção, que exige corretor individual. Isso é caro, exige treino e monitoramento”, diz Daniel Machado, CEO da Imaginie, que atuou como gestor escolar durante 10 anos antes de criar o aplicativo.

Segundo ele, diferentemente da parte objetiva, que já conta com aplicativos baseados em algoritmos, a prova discursiva depende da infraestrutura e da carga de trabalho do professor, que nem sempre consegue dar uma resposta significativa para o aluno diante da avalanche de textos. Ao estabelecer um relacionamento mais próximo entre o corretor e o estudante, a Imaginie tenta fechar essa lacuna e estimular o aluno a escrever cada vez mais.

Com experiência de quem esteve à frente de uma rede de escolas de Belo Horizonte que obteve o primeiro e quinto melhores desempenhos na redação do Enem em 2014, Machado diz que a receita é fazer com que os estudantes pratiquem. “Em média, o aluno tem melhorado 220 pontos após 10 redações e quanto maior é a frequência, melhor é o resultado”, diz.

Trabalho do corretor

A Imaginie tem cerca de 1.500 corretores cadastrados, sendo que 180 deles participam da análise de textos entre duas e três vezes por semana e 50 têm uma assiduidade diária. “Os professores passam por um treinamento, recebem certificação e a gente continua monitorando, porque preciso saber o motivo da discrepância de notas caso precisar acionar para um terceiro corretor”, diz Machado. Atualmente, esse terceiro profissional entra em cena em 20% dos casos.

Os corretores são remunerados com parte dos créditos pagos por estudantes individuais ou por escolas. Um crédito custa R$ 9,90 e um pacote de 10 sai por R$ 69,90, mas redes de escolas compram milhares para usar ao longo do ano.

Ao intermediar o contato de uma rede cada vez maior de estudantes por meio do conceito conhecido como crowdsourcing, a Imaginie tem criado novas oportunidades para profissionais aposentados ou recém-formados, que constituem a maior fatia dos cadastrados.

“Tenho caso de professor que está deixando a rede estadual para ficar em casa cuidando dos filhos e corrigindo redações no horário e na frequência que quiser”, conta o CEO da Imaginie.

Creative Commons - CC BY 3.0

Dê sua opinião sobre a qualidade do conteúdo que você acessou.

Para registrar sua opinião, copie o link ou o título do conteúdo e clique na barra de manifestação.

Você será direcionado para o "Fale com a Ouvidoria" da EBC e poderá nos ajudar a melhorar nossos serviços, sugerindo, denunciando, reclamando, solicitando e, também, elogiando.

Fazer uma Denúncia Fazer uma Reclamação Fazer uma Elogio Fazer uma Sugestão Fazer uma Solicitação Fazer uma Simplifique

Deixe seu comentário