Dilma terá reuniões com presidentes africanos durante a Rio+20

Rio de Janeiro

por Renata Giraldi e Carolina Gonçalves

Antônio Cruz/ABrNos raros intervalos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, a presidenta Dilma Rousseff atenderá a apenas sete pedidos dos 57 que recebeu para encontros bilaterais. Dilma dará atenção especial aos africanos durante o jantar amanhã (21). Hoje (20), ela almoçou com o presidente da França, François Hollande, e recebe também nesta quarta-feira os presidentes do Senegal, Macky Sall, e da Nigéria, Goodluck Jonathan.

O café da manhã de amanhã da presidenta será com o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. Depois, ela tem reuniões, em horários alternados, com o presidente de El Salvador, Mauricio Funes, que é casado com a brasileira Vanda Pignato, ligada ao Partido dos Trabalhadores. À noite, Dilma janta com cerca de 50 representantes da União Africana.

A presidenta não irá receber o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que também solicitou audiência privada. O eventual mal-estar causado pela recusa é explicado pela ausência de tempo na agenda de Dilma, que chegou hoje por volta das 5h do México e logo iniciou os trabalhos da Rio+20.

Amanhã, para o jantar com os africanos, também é esperada a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Após um ano e meio no governo, Dilma esteve apenas em dois países africanos – Moçambique e Angola –, mas quer explicar que a África está entre as prioridades da política externa brasileira.

De acordo com negociadores brasileiros, os africanos querem ampliar as relações com o Brasil e a América Latina, pois acreditam que os continentes têm semelhanças. Para os africanos, a globalização aproxima os países de tal maneira que há uma tendência à ampliação da classe média na África, como ocorre no Brasil.

Uma das preocupações dos africanos é com o crescimento populacional, pois a estimativa é que em breve a África tenha 2 bilhões de habitantes. Eles querem desenvolver parcerias para implementar a agricultura tropical, aproveitando a geologia da região que é semelhante à do Brasil, e trocar experiências para transferência de tecnologias.

 

Edição: Lílian Beraldo

Fonte: Agência Brasil

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