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Jogador Tinga sofreu racismo por parte da torcida do Real Garcilaso, na cidade de Huancayo, no Peru, em jogo válido pela Copa Libertadores

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Conmebol repudia manifestações racistas contra jogador do Cruzeiro

Criado em 13/02/14 11h03 e atualizado em 13/02/14 12h15
Por Nathália Mendes Fonte:Portal EBC

A Conmebol, entidade máxima do futebol sul-americano e responsável por organizar a Libertadores, usou sua conta oficial em uma rede social para se pronunciar sobre as manifestações racistas que o meia Tinga, do Cruzeiro, foi vítima na noite de ontem. Logo após o encerramento da partida, a instituição condenou a postura racista de torcedores do Real Garcilaso, classificando a atitude como “repudiante”.

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A entidade prometeu que vai analisar possíveis sanções ao Real Garcilaso e seus torcedores e pediu tranquilidade à torcida do Cruzeiro. Até às 11h da quinta-feira (13), nenhum comunicado oficial foi publicado no site oficial da Conmebol, que sequer menciona o ocorrido na matéria que traz informações sobre o resultado da partida.

O Regulamento Disciplinar da Conmebol prevê uma série de punições para clubes e torcidas que tenham atitudes racistas. O artigo 12 do texto diz que agremiações ou clubes cujos torcedores tenham comportamentos discriminatórios – seja por motivos de cor da pele, raça, etnia, idioma, credo ou origem – podem ser multados em no mínimo US$ 3 mil.

O mesmo artigo do documento diz que o clube poderá ser julgado pelo órgão disciplinar da entidade, que tem competência para impor sanções adicionais. Entre as medidas estão jogos com portões fechados, perda de mando de campo, concessão da vitória ao time cujo jogador foi vítima do ato, perda de pontos e até a eliminação da competição.

 

 

Tinga entrou no jogo apenas no segundo tempo. Imediatamente o jogador passou a ser hostilizado pela torcida peruana, que imitava gestos e sons de macacos toda vez que o atleta pegava na bola. Em entrevista ao site oficial do Cruzeiro, Tinga revela que, nas oito vezes que jogou a competição, jamais tinha sido alvo de ofensas racistas: “Joguei alguns anos na Europa onde se fala muito de racismo e nunca aconteceu isso comigo. De repente, em um país tão próximo, tão parecido com a gente pela mistura, acontece uma coisa dessa”.

O Cruzeiro entrará com uma representação junto a Conmebol para relatar problemas que o time enfrentou no Peru – entre eles as ofensas racistas: “o que fizeram com o Tinga foi uma palhaçada, uma sacanagem. O que sentimos aqui é um retrocesso da humanidade. É pensar pequeno, em um lugar pequeno, que não devia nem existir futebol”, afirmou o diretor de futebol do clube, Alexandre Mattos ao site oficial do clube.

 
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