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Denúncia de contrato para utilização de atletas em amistosos do Brasil é tema do No Mundo da Bola

Criado em 20/05/15 12h09 e atualizado em 20/05/15 15h29
Por No Mundo da Bola

A denúncia de um contrato secreto entre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com uma empresa de fachada para utilização de jogadores da Seleção Brasileira em amistosos internacionais, revelado pelo jornal O Estado de São Paulo, foi o tema central desta edição do programa No Mundo da Bola. Carlos Borges, Alberto Léo, Márcio Guedes (comentaristas da TV Brasil) e Pedro Pontes analisaram o assunto.

Ouça o comentário na íntegra:

 

Os documentos revelados mostram um acordo firmado entre a CBF e a Internacional Sports Events (ISL), empresa com sede nas Ilhas Cayman e responsável por gerir os amistosos internacionais da Seleção Brasileira. As cláusulas estipulam regras de convocação, obrigando a Seleção a jogar sempre com seus principais jogadores - o chamado "Time A" e vedando a possibilidade de testar promessas ou preparar o time olímpico.

Neste esquema, até a necessidade de desconvocar passou a ser justificada junto aos patrocinadores: o contrato exigia que a CBF apresentasse aos empresários da ISE laudos que comprovasse a impossibilidade de estar em campo em caso de corte de jogadores. E que, havendo tempo hábil e intenção de chamar um substituto, "qualquer alteração à lista será comunicada por escrito à ISE e confirmada pror mútuo acordo. Nesse caso, a CBF fará o possível para substituir com novos jogadores de nível similar, com relação a valor de marketing, habilidades técnicas, reputação", cita a matéria do jornalista Jamil Chade.

Márcio Guedes não vê problemas na exigência do contratante em querer o melhor do futebol brasileiro, desde que esta demanda limite-se a amistosos: "Se você tem o produto e alguém está pagando por ele, é um direito que se tem exigir os artistas que vão fazer parte da trupe. Então, se eu estou pagando pela seleção A do Brasil, não posso ter uma seleção desfalcada, mista. Agora, se a coisa atinge e há interferência nas decisões dos técnicos, é grave. Porque se tem interferência nas decisões dos técnicos, e mesmo em amistosos, é antiético e inaceitável mexer em um ponto sagrado, que é a independência para convocar os melhores".

Alberto Léo questiona: "Você contrata a Seleção Brasileira e exige a presença de grandes jogadores. Mas, se você tirar o Neymar, qual é o grande jogador que vai levar uma multidão ao estádio para ver a Seleção Brasileira jogar?". E acrescenta: "Teve uma época que a Seleção só atuava na Europa, o que fez com que a Seleção se afastasse do torcedor. Depois, umas convocações estranhas. Agora, estas denúncias. O torcedor vê com descrédito".

Pedro Pontes ressaltou que as exigências contratuais que vieram à tona podem ter alguma influência nos critérios de convocação, e cobrou investigação: "Nós temos, por exemplo, uma dupla de zagueiros que vem falhando constantemente e eles são convocados sem qualquer questionamento. O tempo todo surgem novos valores ou jogadores que se destacam e não são convocados e a gente não entende o porquê".

Os ouvintes também participaram do programa, respondendo pelas redes sociais e via whatsapp, como ficava a credibilidade do time nacional após as denúncias. O No Mundo da Bola é transmitido pelas rádios Nacional do Rio de Janeiro e Nacional de Brasília de segunda a sexta-feira, a partir das 20 horas, em rede para todo o Brasil.

Creative Commons - CC BY 3.0

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