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Ex-jogadora Juliana Cabral analisa as semifinais da Copa do Mundo Feminina

Criado em 30/06/15 18h34 e atualizado em 30/06/15 19h13
Por Bate-Bola Nacional Edição:Patrícia Serrão Fonte:Rádio Nacional do Rio de Janeiro

Alemanha e Estados Unidos jogam, nesta terça-feira (30), pelas semifinais da Copa do Mundo Feminina do Canadá. A partida é decisiva e reúne duas bicampeãs mundiais no Estádio Olímpico de Montreal. Os Estados Unidos venceram em 1991 e 1999. Já as alemãs levantaram a taça em 2003 e 2007. Quem levar a melhor no duelo, transmitido a partir das 19h45 pela TV Brasil, terá a chance de buscar o tri contra o Japão ou Inglaterra e sagrar-se como a seleção mais vencedora da competição. Para entender os times que estão nas semifinais e a atual estrutura do futebol feminino, o Bate Bola Nacional entrevistou a ex-jogadora da Seleção Brasileira de Futebol Feminino, Juliana Cabral.

 
Clique no player abaixo e ouça a entrevista completa:

 

O que a ex-jogadora espera das semifinais da Copa do Mundo feminina, entre Alemanha x EUA e Japão x Inglaterra?

"Grandes jogos, principalmente Alemanha e Estados Unidos. É o melhor que o futebol feminino pode oferecer. Duas seleções de muita qualidade. Duas seleções que fisicamente são muito bem preparadas, taticamente também. É impressionante como o futebol feminino evoluiu. Como este Mundial Feminino no Canadá vem mostrar ainda mais a evolução do futebol feminino. Então são duas bicampeãs mundiais que vão disputar quem vai ser três vezes campeã mundial, são as duas seleções que mais venceram. E no outro jogo é claro que o Japão é muito favorito. Contra uma seleção que pra mim é uma grata surpresa estando entre as quatro, fez umas Olimpíadas de 2012 ruim, uma equipe que era pouco competitiva e a gente já nota a evolução. Com uma liga forte dentro da Inglaterra, com o Chelsea e o Manchester United enfim apoiando o futebol feminino e a gente já consegue perceber uma grande evolução no futebol da Inglaterra."


 
Juliana faz uma análise do que esperar no jogo desta terça-feira:

"Eu não aponto nenhum favorito. É claro que a seleção da Alemanha é um pouco mais jovem. Em 2011, acho que acabou até se complicando jogando em casa porque era esta seleção que estava fazendo esta troca de geração, uma seleção jovem, que agora já tem um pouco mais de experiência. Uma seleção de muita qualidade, com algumas jogadoras pontuais. Talvez a jogadora mais experiente, com mais jogos pela seleção seja a goleira, a Nadine Angerer, que já foi eleita a melhor do mundo. Tem uma liga muito forte em seu país, a maioria dos grandes clubes da Alemanha também participando e desenvolvendo o futebol feminino. E tem os Estados Unidos, que vem de uma geração que está terminando, uma geração mais experiente, mas as americanas sempre apoiaram o futebol feminino. O futebol feminino nos Estados Unidos é muito forte, porque vem dentro dos colégios, das universidades, das ligas profissionais que são montadas com as principais jogados. Desde 2013 todo mundo sabia que a Copa seria no Canadá, as confederações se uniram e a maioria das jogadoras do Canadá, dos Estados Unidos e do México participam da liga americana, todas elas ranqueadas, divididas pelos nove clubes que disputam já o terceiro ano da liga. Quer dizer é uma liga muito forte, competitiva, com um treinamento e competência profissional que tornam os Estados Unidos a potência que é".

 

A situação do futebol feminino no Brasil

Sobre o futebol feminino no Brasil, a ex-jogadora defende que é necessário mais investimentos e pensar em uma forma de incentivar as meninas a praticarem o esporte. Para Juliana, só criar novas competições não resolve o problema. "A gente precisa trabalhar a base. A gente precisa fomentar o futebol feminino. E não só o futebol feminino, mas vários outros esportes que a gente precisa fomentar. Tenho escutado muito que tem que fazer esta fomentação dentro das escolas. Mas a nossa escola tem estrutura? Quanto de dinheiro é desviado da educação? Nos Estados Unidos dá muito certo e eles são a potência que são. A gente precisa saber qual é a nossa realidade. A criança na escola pública ou estadual não tem uma quadra para fazer a educação física. Então a gente precisa buscar outra forma. No colégio também? Claro que sim, mas precisamos  ver qual é a nossa estrutura. Em outros locais temos muitos parques, muitos locais públicos, que este incentivo pode acontecer e fazer com que a menina pratique. E aí você precisa melhorar os seus campeonatos", explica.

Creative Commons - CC BY 3.0

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