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"Se pagaram, Rússia e Catar podem perder Mundiais", diz investigador da Fifa

Criado em 08/06/15 10h30 e atualizado em 08/06/15 10h37
Por RFI

Mesmo não sendo alvo de denúncias oficiais, os dois países estão na mira dos investigadores americanos. Já o ex-vice-presidente da Fifa, Jack Warner, foi acusado neste domingo (7) pelo Egito de ter oferecido votos em troca de dinheiro para o país sediar o Mundial de 2010, atribuído à África do Sul.

No mesmo dia, o presidente independente do Comitê de Auditoria e Conformidade da Fifa, Domenico Scala, declarou ao jornal suíço SonntagsZeitung que a Rússia e o Catar podem perder a organização das Copas do Mundo de 2018 e 2022, se ficar provado que os dois países pagaram para sediar o campeonato. O chefe da auditoria admitiu que, até agora, nenhum indício comprometedor surgiu, mas não descartou a "pena máxima"  se isso vier a acontecer.

Rússia e Catar desmentem ter pago para organizar os Mundiais de 2018 e 2022, mas continuam na mira da justiça norte-americana. 

Relembrando os fatos, a vitória dos dois países para sediar as Copas, em 2011, foi bastante contestada e provocou muita polêmica e revolta no Reino Unido e Estados Unidos, que questionaram se havia circulado propina nas escolhas da Fifa. Houve uma investigação do Comitê de Ética da federação, que concluiu que não havia detectado nenhuma violação de regras.

Lista de denúncias contra Warner engrossa

Pouco depois da final da Liga dos Campeões, que marcou a vitória do Barcelona sobre a Juventus por 3 a 1, novas acusações vem à tona, visando o ex-vice-presidente da Fifa, Jack Warner.

A primeira denúncia veio neste domingo,do Cairo, por parte do ex-ministro dos Esportes egípcio, Aley Eddine Helal. Ele insistiu que Warner fez chantagem na votação para a atribuição da Copa do Mundo de 2010." Ele [Warner] nos disse que podia garantir sete votos e pediu US$1 milhão por cada voto", disse Helal. Na época, Jack Warner dirigia a Concacaf - Confederação da América do Norte, Central e Caribe. Argumentando que decidiu não entrar no jogo, o egípcio conta que seu país não teve nenhum voto e o Mundial foi atribuído à África do Sul.

Em 2008, US$ 10 milhões, administrados por Warner, entraram na conta bancária da Concacaf. O dinheiro foi transferido pela Fifa, a partir de fundos destinados à África do Sul para o seu Mundial e desviados para um programa de ajuda. No entanto, denúncias apontam que uma grande parte desses fundos foram gastos em despesas pessoais de Warner, como pagamentos com cartões de crédito e empréstimos pessoais.

A Federação sul-africana de futebol se defende e nega que o dinheiro tenha sido uma compra de votos. Em seu site, a Federação declara que "houve um trabalho silencioso de Nelson Mandela, do bispo Desmond Tutu, do governo e de outras pessoas que sacrificaram seu tempo, dinheiro e vida de família para que os sul-africanos se orgulhem de seu país. isso afeta a imagem de todos eles, e sem nenhum escrúpulo", diz o comunicado.

Libertado sob caução em Porto de Espanha, capital de Trinidad e Tobago, depois de 24 horas de detenção para interrogatório, Jack Warner é visado por um pedido de extradição da justiça americana que, em 27 de maio passado, prendeu 14 pessoas pelo mundo e sete dirigentes da Fifa, entre eles, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, detido atualmente em Zurique. Faltavam três dias para Sepp Blatter ser reeleito presidente da Fifa.

Creative Commons - CC BY 3.0

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