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Conheça as instalações dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas

Criado em 21/10/15 13h34 e atualizado em 21/10/15 17h05
Por Nathália Mendes, de Palmas (TO) Fonte:Portal EBC

A Vila dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas só será oficialmente aberta ao público nesta sexta-feira (23), com a abertura oficial do evento, marcada para começar às 17h30. O local, que reúne a Arena Verde (principal local de provas e apresentações), a Oca da Sabedoria (arena de debates), a Oca Digital (área que disponibilizará estações de computadores com acesso livre à internet) e as feiras de Agricultura Familiar Indígena e de Artesanato, está na fase de ajustes finais para receber os nove dias de programação.

A área total da Vila dos Jogos é de 250 mil metros quadrados, comportando cerca de cinco mil espectadores nas arquibancadas da Arena Verde.

A convite da organização, a reportagem do Portal EBC conheceu as instalações que estão sendo preparadas para os Jogos. Na tarde de ontem (21), operários trabalhavam na tribuna da Arena Verde, único setor cuja instalação de cadeiras ainda não havia sido concluída. A expectativa da presença da presidenta Dilma Rousseff na abertura oficial requereu adaptações no espaço reservado às autoridades.

A grande arena é coberta por areia fina, seguindo os moldes dos equipamentos esportivos adotados pelos povos tradicionais. A cenografia do palco principal já foi concluída, incluindo uma pira branca que vai receber o fogo sagrado. As arquibancadas são móveis, com assentos de plástico. Fora da Arena Verde, equipes trabalhavam na parte de paisagismo, limpeza e manutenção. A instalação de parte do gramado externo começou a ser feita somente ontem – de acordo com o cronograma previsto, de acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura de Palmas, que explicou que o clima quente da cidade poderia afetar a cobertura verde.

 

Arena Verde
Arena Verde vai receber a cerimônia de abertura e de encerramento, além das competições e demonstrações esportivas tradicionais. Foto: Roberto Castro/ME

 

O trajeto entre uma instalação e outra conta com grandes espaços vazios e ausência de vegetação. “A construção da Vila é um padrão não-indígena. A gente quer fugir desse formato de 'rodeio', de campeonato de índios. Como são os primeiros jogos mundiais, todos esses ingredientes que a gente não conhecia fugiram do nosso controle. A ideia inicial era fazer uma coisa mais aberta, mas tem a questão de segurança, bombeiros. Todas essas situações fizeram com que houvesse um desenho essencialmente urbano”, reconheceu Marcos Terena, articulador dos Jogos Mundiais ligado ao Comitê Intertribal (ITC).

Seguindo o padrão de estruturas pré-moldadas – adotado, segundo a prefeitura, por conta do corte de gastos –, a Oca da Sabedoria é coberta por uma espécie de lona por fora, e palha por cima. A decoração é rústica, utilizando madeira e material reciclado, com pufes feitos de juta, toras de árvores e pallets. O espaço é limitado e deve comportar aproximadamente 500 pessoas, em 706,5 metros quadrados de área construída.

 

Oca da Sabedoria
Parte externa da Oca da Sabedoria. Foto: Tiago Zenero/PNUD Brasil

 

A Oca Digital é o único local climatizado pelo qual a reportagem passou. Os computadores já estão instalados e só poderão ser utilizados pelos indígenas. O estádio Nilton Santos, entregue oficialmente pelo governo de Tocantins ontem, integra a Vila: um de seus acessos é dentro da zona dos Jogos Mundiais. O local das provas de futebol passou por reforma para readequação e revitalização de suas estruturas.

 

Oca Digital
Oca Digital prevê realização de minicursos, workshops e conversas sobre as áreas de tecnologia, inovação e criatividade, com foco na inclusão digital. Foto: Tiago Zenero/PNUD Brasil

 

Nenhuma das instalações dos Jogos Mundiais é fixa: todas serão removidas após os Jogos, contrariando o projeto inicial de candidatura da cidade. O Portal EBC também visitou a margem do ribeirão Taquaraçu-Grande, que vai receber as provas aquáticas. Uma arquibancada também foi instalada por ali, e uma cobertura de apoio para as provas ainda estava sendo erguida. De acordo com trabalhadores ouvidos pela reportagem, as obras por ali haviam começado na semana passada.

Arquibancada à margem do ribeirão Taquaraçu-Grande
Creative Commons - CC BY 3.0 - Arquibancada à margem do ribeirão Taquaraçu-Grande

Nathália Mendes / Portal EBC

Quando se candidatou e venceu as cidades de Belém e Marabá, Palmas planejou construir obras permanentes, como o Museu Indígena, um campo de beisebol para as delegações estrangeiras, raia olímpica e a grande aldeia global, onde as delegações nacionais e internacionais ficariam hospedadas. A Okara recebe apenas os povos brasileiros, e os participantes de fora do país estão alojados em escolas municipais, que dispõem de sala com ar-condicionado e piscina para uso dos atletas.

Okara
Projeto original previa uma raia olímpica no ribeirão Taquaruçu-Grande, e a construção de arquibancadas bem mais confortáveis do que as que acabaram sendo instaladas

Divulgação / Prefeitura de Palmas

 

Creative Commons - CC BY 3.0

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