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Imagem: Ministério do Esporte

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JMPI: estrangeiros dominam corrida de fundo, com percurso de 8,4 quilômetros

Criado em 01/11/15 01h16 e atualizado em 01/11/15 16h43
Por Nathália Mendes - Enviada Especial do Portal EBC Fonte:Portal EBC

Os estrangeiros levaram a melhor na corrida de maior distância dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI). Homens e mulheres percorreram os 8,4km do percurso, saindo e chegando no pórtico principal do complexo da Vila, em um trajeto que passou pelas ruas da Palmas no início da manhã de sábado (31), último dia de provas. Os atletas masculinos largaram primeiro, para, em seguida, serem acompanhados pelas competidoras femininas.

Percurso da corrida de fundo dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas
Percurso da corrida de fundo dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Foto: Fundesportes Palmas / Reprodução

Pelo regulamento, cada etnia poderia indicar até dez participantes para a corrida de fundo. De acordo com os organizadores, o número de atletas inscritos aproximou-se de 500. O primeiro a cruzar a linha de chegada foi o canadense Rilee Emmitt, de 20 anos, que completou a corrida em cerca de 29 minutos. Os mexicanos Mateo Gonzalez e Silvino Cubesare vieram logo atrás, em segundo e terceiro lugar, respectivamente.

 

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Pertencente à nação siksika, o grande vencedor explicou que o primeiro lugar começou a se desenhar ao seguir os oponentes de perto e dosar o ritmo: “No começo da corrida, eles saíram mais rápido na frente e eu sabia que teria vantagem se focasse na minha estratégia mental”, conta ele, que dedicou a vitória à família e ao seu povo. “É uma oportunidade única poder correr com indígenas do mundo todo. Uma experiência para a vida inteira. É incrível que eu tenha me tornado o primeiro campeão mundial, algo que eu não consigo descrever”.

Vencedores da Corrida de Fundo
Copyright - Vencedores da Corrida de Fundo

Ministério do Esporte / Flickr

Apesar da manhã nublada e de pouco sol, o mormaço incomodou o canadense, habituado a temperaturas negativas nesta época do ano. “Não estou acostumado com este calor, mas em corridas mais longas como esta, é 40% da cabeça e 60% do seu físico”. E ele já projeta o próximo desafio: “Meu objetivo agora são as seletivas canadenses para os Jogos Olímpicos que começam no ano que vem”.

 

A peruana Pilar Villogas Chamorro foi a primeira mulher a aparecer na reta dos últimos metros. Exausta, ela precisou de amparo e um incentivo final para dar conta de passar pelo local de chegada. “Estou muito feliz e emocionada. Meu resultado vai para toda a equipe peruana. Agradeço a eles pelo apoio, ânimo e torcida”, contou a campeã, que revelou não ter se preparado para a competição por conta de seus estudos. “Me cansei um pouco na subida e tive que diminuir o ritmo. Agradeço a mim mesma por ter me superado”.

 

Brasileira melhor colocada, Rayani Dxebuare Karajá foi a terceira colocada da prova – e correndo descalça. “Sempre corro os 22km da maratona que acontece na aldeia Praquebejê, em Marabá, sem tênis. E todas as vezes, até agora, eu ganhei”. A medalha na corrida de fundo inaugura uma nova página na vida da atleta: “Não me preparei muito porque perdi um bebê e estou me recuperando aos poucos. Voltei a praticar esporte só no mês passado. Queria ser a primeira, mas não deu. Mas o que importa é marcar presença”, disse Rayani.

Creative Commons - CC BY 3.0

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