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Única brasileira em Tóquio-64, Aída dos Santos fez história com quarto lugar no salto em altura

Criado em 08/12/15 19h28 e atualizado em 08/12/15 19h56
Por Nathália Mendes Fonte:Portal EBC

Por 32 anos, até que Jacqueline e Sandra levassem a medalha de ouro no vôlei de praia, em 1996, o melhor resultado de uma brasileira em Jogos Olímpicos foi o da saltadora Aída dos Santos. Primeira atleta do país a chegar em uma final olímpica, Aída entrou para a história com o quarto lugar do salto em altura em Tóquio, na edição de 1964.

O feito de Aída torna-se ainda mais impressionante à luz de seu vanguardismo e diante de sua precária realidade: depois de atingir índice olímpico, saltando 1m65 no Troféu Brasil, a atleta ainda precisou passar por mais cinco classificatórias para ratificar a marca que carimbou seu passaporte para os primeiros Jogos realizados no Oriente. Foi a única mulher da delegação brasileira naquela edição (leia mais abaixo), sendo também a única brasileira a competir no atletismo.

Aída dos Santos
Aída dos Santos vestia a camisa do Botafogo quando competiu pelo Troféu Brasil, competição onde alcançou índice para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 1964

Foto: TV Brasil / Divulgação

Aída não tinha técnico, material esportivo, uniforme, tênis, apoio dos dirigentes brasileiros, domínio da técnica mais moderna de salto, estrutura de treino e nem dedicação exclusiva ao esporte. Contrariando todo o cenário desfavorável, a saltadora alcançou seu melhor índice pessoal ao bater 1m70 nas eliminatórias da prova olímpica. A brasileira só foi superada pela romena Iolanda Balas, que saltou 1m90 e ficou com o ouro, a australiana Michele Brown, medalhista de prata com 1m80 e a russa Taisiya Chenchik, bronze com 1m78.

Em “Aída dos Santos: uma mulher de garra”, a trajetória da finalista olímpica é esmiuçada: desde que saltou pela primeira vez e, sem técnica nenhuma, quase quebrou o recorde estadual, até sua volta ao Estádio Nacional de Tóquio, quase cinco décadas depois. A TV Brasil está exibindo a série de documentários Memória do Esporte Olímpico Brasileiro, que constitui um acervo digital inédito e promove o resgate da história dos grandes atletas que representaram o Brasil nos Jogos.

Assista ao documentário na íntegra:

 

Documentário: “Aida dos Santos, uma história de garra”
Produtora: Digimídia Recursos Digitais Ltda.
Diretor: André Pupo e Ricardo Quintella
Ano: 2012
Duração: 26 minutos
Gênero: documentário
Categoria: Esportivo
Formato: média-metragem

Pioneiras e solitárias

Maria Lenk, Mary Dalva Proença, Wanda dos Santos e Aída dos Santos são nomes marcantes na história das mulheres brasileiras em Olimpíadas. As quatro foram as únicas representantes femininas nas edições em que participaram, em meio a delegações quase que exclusivamente masculinas. A nadadora Maria Lenk inaugurou a ida das mulheres – brasileiras e também sul-americanas – aos Jogos, ainda em 1932.

Mary Dalva Proença competiu nos saltos ornamentais em Melbourne, em 1956, terminando em 17º lugar. Quatro anos depois, em 1960, Wanda dos Santos garantiu vaga nos 80 metros com barreiras, mas parou ainda nas eliminatórias. A última vez em que o país mandou apenas uma mulher para os Jogos foi em 1964, com Aída dos Santos. Em 2012, em Londres, foram 123 mulheres competindo.

Os Jogos com maior presença feminina são os de 2008, em Pequim, com 133 atletas. Atenas, em 2004, registrou a menor diferença no número de homens e mulheres, com apenas três atletas homens a mais – foram 125 contra 122.

 

Participação das brasileiras em Jogos Olímpicos
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