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Imagem: LEANDRO MARTINS / ALLSPORTS

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Com mulher no comando, São José quer parar de “bater na trave” no Brasileirão

Criado em 04/05/16 11h47 e atualizado em 04/05/16 13h18
Por Edgard Matsuki Edição:Ana Elisa Santana - Portal EBC

Entre os quatro semifinalistas do Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino, a equipe do São José é a única que conta com uma mulher como técnica do time. No comando do São José desde 2015, Emily Lima tem a missão de levar o time a uma conquista inédita. Depois de bater na trave e chegar ao vice-campeonato em 2013 e 2015, o São José (que já foi até campeão mundial) quer o inédito título brasileiro.

Emily sabe que o caminho não será fácil. Depois de uma segunda fase disputadíssima, em que conseguiu eliminar o Corinthians/Osasco Audax, o time terá pela frente o Rio Preto (adversário da final do ano passado). Dentro de campo, o time tem o grupo forte, uma defesa segura e o fator casa.

“Resumo o nosso segredo em uma palavra: grupo. Desde quando eu cheguei aqui ano passado, o grupo sempre foi um ponto muito forte da equipe. Podemos trocar algumas jogadoras e o time não cai tanto”, aponta a técnica.

Taticamente, ela aponta que precisou olhar mais para a defesa depois de tomar sete gols nos quatro jogos da primeira fase da competição. “Eu vejo uma equipe muito bem organizada defensivamente. A gente se preocupa em defender antes de fazer gols. Muitas vezes queríamos fazer antes de nos defender, e isso me preocupou no começo”, diz. A mudança de postura fez o time tomar apenas quatro gols em seis jogos nasegunda fase.

O time espera fazer o resultado em casa para garantir tranquilidade no jogo de volta. “Já conhecemos mais ou menos o trabalho da equipe do Rio Preto, e vamos tentar fazer o resultado em casa. Jogar em casa é sempre um ponto positivo. Precisamo contar com o Martins Pereira [estádio do time], já que a dimensão do campo e a qualidade do gramado facilita a nossa equipe”, diz. No ano passado, o São José perdeu o título por não conseguir aproveitar o mando de campo. Perdeu por 2 a 1 fora de casa e só empatou por 1 a 1 em seus domínios.

Atacante velocista é destaque do time

Crédito: Allsports Agency

Enquanto a defesa está fechada, o São José busca marcar os seus gols contando com a velocidade. Na frente, o destaque do time é Ludmila (conhecida como Pepê). Ex-corredora no atletismo, ela já marcou seis gols no campeonato deste ano. “Temos volantes e meias de muita qualidade para conseguir fazer um ataque rápido e com perfeição”, diz Emily.

Doroteia Inojo, que trabalhou com Ludmila no Rio Preto (clube em que ela jogou antes de ir para o São Paulo), a aponta como um dos destaques do time: “A Pepê, que jogou com a gente, é muito veloz. Se deixar ela botar na frente, não pega mesmo”. A prova da velocidade de Ludmila pode ser vista em dois lances. Na vitória contra o Corinthians por 2 a 0, ela mostrou muita velocidade no segundo gol. No outro jogo contra o Timão, ela só foi parada com um pênalti.

Dentro da competição, a técnica Emily destaca a segunda fase do campeonato. Principalmente os dois primeiros jogos. “Eu acho que essa campanha foi até um pouco pior que a do ano passado, mas a gente conseguiu se recuperar na segunda fase, que em si foi muito forte, começando pelo primeiro jogo [empate com o Flamengo]. No segundo jogo, fora de casa contra o Corinthians, acabamos vencendo e este é o ponto principal da nossa campanha. Jogamos fora de casa, marcamos os três pontos e com um placar de 2 a 0. Começamos a não levar mais gols. Levamos um ou outro, mas não igual ao que tinha acontecido na primeira fase”.

Raio-X da campanha

5 Vitórias – 3 Empates – 2 derrotas – 25 gols pró – 11 gols contra

Artilheira: Ludmila (Pepê), com seis gols

Como a equipe se vê:

Equipe com uma defesa forte. Tomou muitos gols no início do campeonato (três na estreia, sete na primeira fase) e começou a se fechar. No ataque, tenta contar com a força do meio campo e velocidade de Ludmila. Conta com o estádio Martins Pereira como trunfo.

O que os adversários pensam:

“O São José é um time muito forte. Tem umas jogadoras muito técnicas, com velocidade grande. Assim como a gente, o time mescla jogadoras experientes e novas”, Ricardo Abrantes, Flamengo.

“O São José nós conhecemos bem. Perderam algumas meninas neste campeonato, mas é muito bem organizado, principalmente defensivamente. Elas jogam compactadamente e sempre estão “chegando”. Se não está na final de um campeonato, está sempre chegando para disputar títulos”, Leonardo Mendes, Ferroviária.

“A Pepê, Ludmila, é muito veloz. Se deixar ela botar na frente, não pega mesmo. O time também tem uma zaga forte”, Doroteia Inojo, Rio Preto. 

Creative Commons - CC BY 3.0

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