Compartilhar:
Com presença maciça de público, tocha olímpica para as ruas de Taguatinga
Criado em 03/05/16 18h45
e atualizado em 15/07/16 18h56
Por Nathália Mendes
Edição:Gesio Passos
Fonte:Portal EBC
O centro de Taguatinga, região do Distrito Federal localizada a cerca de 19 quilômetros de Brasília, parou para assistir a passagem da tocha olímpica. E quem fez as honras da casa foi um campeão olímpico nascido na cidade: o ex-atleta Joaquim Cruz, ouro nos 800 metros nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 1984, e prata na Olimpíada de Seul, em 1988.
Cruz recebeu a tocha no início da Avenida Central, em frente ao edifício Taguatinga Trade Center. Antes mesmo de receber o fogo olímpico, o campeão olímpíco já não conseguia conter a emoção e chegou a chorar. “É um grande momento para o esporte, um momento do povo brasileiro. A chama está acesa”, disse ele, um dos condutores mais ovacionados pelo público neste dia.
A população compareceu em peso para ver o símbolo dos Jogos passando pelas principais ruas de Taguatinga. O cordão de isolamento feito para deixar o caminho dos condutores livre não durou nem por 200 metros do percurso: os espectadores tomaram a rua para acompanhar mais de perto, deixando a passagem tumultuada e comprometendo até o ritmo da corrida dos portadores da tocha.
Nem o atraso de quase duas horas – a chegada estava prevista inicialmente para 14h16, mas o revezamento só começou de fato às 15h54 – desanimou o público presente, que fez muita festa para recepcionar a chama olímpica: “Estou acompanhando desde manhã cedo e vim porque sei que é um momento emocionante e único. Não podemos misturar isso com a política. É hora de prestigiar nossos atletas e ver de perto um símbolo que tem tanta história”, afirmou a estudante Leilane Dias de Oliveira, que mora na Ceilândia.
O aposentado Boanerges Vasconcelos chegou com mais de uma hora de antecedência garantir um bom lugar. “Eu moro perto daqui e quis participar deste momento que vem desde a Grécia Antiga. É importante para a gente fortalecer o nosso civismo”, opina. A gerente de empresas Maria Quitéria Liberal fez questão de correr junto com a tocha, levando as duas filhas pequenas ao lado. “Acompanhei até onde a gente pode, porque isto é algo histórico para o Brasil e eu quis que elas participassem de alguma forma. Ver a tocha de perto é inexplicável. É uma emoção muito grande. Foi um dia que vai ficar marcado para a gente”, destacou Maria Quitéria.
A passagem da tocha mudou a rotina da movimentada Avenida Comercial Sul, que parou nos dois sentidos graças à presença do público. O técnico de logística Alessandro Rodrigues, que trabalha em uma farmácia na região, até que tentou se posicionar para ver a tocha mais de perto, mas desistiu: “A confusão estava muito grande”. A estudante de farmácia Kédma Viviane Rodrigues ficou sabendo que a tocha passaria em frente ao seu local de trabalho somente algumas horas antes da chegada: “Não deu para ver muita coisa. Foi muito rápido”.
Depois de deixar a Avenida Comercial Sul, a chama olímpica seguiu para a Samdu Sul e a Vila Dimas, onde foi conduzida pelo nadador Thiago Pereira, o maior medalhista de todos os tempos nos Jogos Pan-Americanos e já classificado para os 200m medley nas Olimpíadas do Rio. O giro por Taguatinga terminou com uma parada na fábrica da Coca-Cola, uma das empresas que patrocina o revezamento da tocha.
A última parada do fogo olímpico no Distrito Federal será a Esplanada dos Ministérios, com um show de celebração marcado para se despedir do símbolo. Amanhã (4), é a vez das cidades goianas de Corumbá de Goiás, Pirinópolis e Anápolis receberem a tocha.
Deixe seu comentário