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Imagem: Marcos de Paula / Rio 2016

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Onde está a tocha hoje? Acompanhe o caminho do símbolo dos Jogos

Criado em 04/05/16 18h57 e atualizado em 03/08/16 12h12
Por Portal EBC

A chama olímpica finalmente está no país-sede dos Jogos Olímpicos deste ano - e terá uma longa viagem pela frente até acender a pira do estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, no dia 5 de agosto. A tocha desembarcou na capital federal Brasília no dia 3 de maio, e seguirá um percurso de cerca de 36 mil quilômetros, passando pelas cinco regiões. A rota inclui 329 localidades, incluindo todas as capitais estaduais, totalizando 20 mil quilômetros de viagem por terra, além de 10 mil milhas aéreas (cerca de 16 mil km). Foram selecionados 12 mil condutores, entre ídolos do esporte e cidadãos com histórias de vida ligadas aos valores olímpicos.

Para não perder a tocha de vista, você pode acompanhar o caminho da chama olímpica nestes 94 dias de passagem pelo Brasil, e seguir a linha do tempo para saber onde a tocha está. O mapa interativo* abaixo traz todas as cidades por onde o símbolo dos Jogos vai passar, além dos destinos que farão celebrações à chegada da chama - foram 83 cidades escolhidas como locais onde a tocha passará a noite após os revezamentos. 

(para alterar o modo de exibição, clique no ícone à esquerda do título Mapa #TourDaTocha, e escolha entre roteiro completo, cidades com celebração e cidades do futebol):

3 de agosto - Rio de Janeiro (RJ)

2 de agosto - Saquarema (RJ), Rio Bonito (RJ), Tanguá (RJ), Itaboraí (RJ) São Gonçalo (RJ), Niterói (RJ)

1º de agosto - Rio das Ostras (RJ), Búzios (RJ), São Pedro da Aldeia (RJ), Iguaba Grande (RJ), Araruama (RJ), Arraial do Cabo (RJ) e Cabo Frio (RJ)

31 de julho - Cordeiro (RJ), Itaocara (RJ), São Fidélis (RJ), Campos dos Goytacazes (RJ), Conceição de Macabu (RJ) e Macaé (RJ)

30 de julho - Teresópolis (RJ), Guapimirim (RJ), Cachoeiras de Macacu (RJ) e Nova Friburgo (RJ)

29 de julho - Piraí (RJ), Barra do Piraí (RJ), Vassouras (RJ), Paraíba do Sul (RJ), Três Rios (RJ) e Petrópolis (RJ)

28 de julho - Rio Claro (RJ), Resende (RJ), Barra Mansa (RJ) e Volta Redonda (RJ)

A tocha olímpica deixou Angra dos Reis de barca, rumando para Ilha Grande. Seis condutores participaram do revezamento na Vila do Abraão, partindo da rua da Praia e encerrando na Igreja de São Sebastião. Depois de retornar na barca, o fogo seguiu para Rio Claro. Depois foi a vez de Resende, que preparou uma apresentação de uma orquestra de violino infanto-juvenil no Parque das Águas. O destaque em Barra Mansa foi o carnaval do Bloco da Vida, com cerca de 600 componentes. Entre os condutores do dia, o cartunista Ziraldo, o ex-árbitro Arnaldo Cézar Coelho, o ex-jogador de vôlei Badalhoca, medalha de prata nos Jogos de Los Angeles e o tenista Fabiano de Paula.

A condutora Maíra dos Santos leva a tocha olímpica em Ilha Grande
A condutora Maíra dos Santos foi escolhida para levar a tocha olímpica no trajeto de barca entre Angra dos Reis e Ilha Grande. Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

3 de agosto - Rio de Janeiro (RJ)

Depois de percorrer 20 mil quilômetros em terra, a Tocha Olímpica chegou na manhã dessa quarta-feira (3) à cidade do Rio de Janeiro. Entre os condutores da Tocha Olímpica, estarão o compositor Nelson Sargento, presidente de honra da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, o garçom da Confeitaria Colombo, Orlando Duque, que trabalha no local desde 1952, e o gari Renato Luiz Lourenço, o Renato Sorriso, figura popular do carnaval carioca.

27 de julho - Taubaté (SP), São Luiz do Paraitinga (SP), Ubatuba (SP), Paraty (RJ) e Angra dos Reis (SP)

Em seu último dia de viagem pelo estado de São Paulo, a tocha olímpica passou por Taubaté, São Luiz do Paraitinga e Ubatuba. Taubaté fez festa para a ilustre visitante no Parque Sedes, com atrações culturais e esportivas. A programação em São Luiz do Paraitinga incluiu apresentações de dança de fitas e banda musical. Em Ubatuba, o trajeto incluiu fandango caiçara, dança de rua e capoeira. A bordo de uma canoa caiçara, o condutor Nelson Batista levou a tocha pelas águas do mar na praia do Centro. A chama olímpica finalmente chegou ao estado do Rio de Janeiro depois de viajar por todo o Brasil. A primeira cidade fluminense a receber a tocha foi Paraty, no sul do estado, onde o fogo foi conduzido por 14 pessoas. Leia mais na matéria da Agência Brasil. O revezamento da tocha olímpica em Angra dos Reis, no sul fluminense, na noite de ontem (27) foi interrompido por protestos de moradores no bairro de Japuíba e no centro da cidade. Uma festa no centro da cidade também foi cancelada. Leia a matéria completa.

Tocha olímpica chega ao estado do Rio de Janeiro por Paraty
A chama olímpica chegou ao estado do Rio de Janeiro depois de viajar por todo o Brasil. A primeira cidade fluminense a receber a tocha foi Paraty, no sul do estado . Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

26 de julho - Suzano (SP), Mogi das Cruzes (SP), Jacareí (SP) e São José dos Campos

Partindo de Suzano, a tocha olímpica passou por mais quatro cidades paulistas: Mogi das Cruzes, Jacareí e São José dos Campos, onde aconteceu a celebração do dia. O trajeto da tocha começou na praça João Pessoa e terminou na Rua Baruel, em frente à prefeitura. Em Mogi das Cruzes, a festa aconteceu na Avenida Cívica. O Parque da Cidade de Jacareí recebeu show e atividades esportivas, como basquete, tênis, volêi, handebol, judô e ciclismo, entre outros. No Mercado Municipal, grupos de danças folclóricas se apresentaram. O último município do dia foi São José dos Campos. A paratleta Verônica Hipólito, classificada para os Jogos Paralímpicos, acendeu a pira da celebração no Parque da Cidade local. O nadador Felipe França e a ginasta Natália Gaudio, que também estão com vaga garantida no Rio, também participaram do revezamento do fogo olímpico. 

Matheus Daniel, atleta de rugby de 7, conduz em Jacareí (SP)
O condutor Matheus Daniel, que é atleta de rugby de 7, percorre as ruas de Jacareí (SP) com o símbolo dos Jogos Olímpicos. Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

25 de julho - Ilhabela (SP)

O revezamento da tocha olímpica começou o dia no Beco do Batman, galeria de arte a céu aberto localizada na Vila Madalena, em São Paulo. O grafiteiro Speto, um dos responsáveis pela criação e popularização do Beco, e o jornalista Gilberto Dimenstein foram os condutores do fogo olímpico neste trecho. De lá, a tocha seguiu para Ilhabela, no litoral paulista. A chama partiu do píer e embarcou em um veleiro - Ilhabela é conhecida por ser a capital nacional da vela. Em seguida, foi a vez de passar pelas principais ruas da Vila, o centro histórico da cidade, o Engenho D'Água, a ciclovia da Ponte Estaiada e o monumento Contorno da Ilha, em Piuva.

Matheus Oliveira conduz a tocha olímpica em Ilhabela (SP)
O jovem velejador Matheus Oliveira, que faz parte da Escola Municipal de Vela de Ilhabela, conduziu a tocha olímpica a bordo de um veleiro. Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

24 de julho - São Paulo (SP)

A tocha olímpica passou pela capital paulista neste domingo e levou milhares de pessoas para as ruas e avenidas da maior metrópole do país. O ponto de partida foi o Parque da Independência, onde está situado o Museu do Ipiranga. De lá, a tocha percorreu 51 quilômetros e passou pelas mãos de 260 condutores. Pontos da cidade como o Parque do Ibirapuera, o Theatro Municipal, a estação da Luz, o Mercado Municipal, o Pacaembu e o Sambódromo, onde a pira da celebração foi acesa. São Paulo foi a última capital brasileira visitada pelo símbolo olímpico antes do Rio de Janeiro. Ketleyn Quadros (judô), Éder Jofre (boxe), Juliana Cabral (futebol), Anderson Varejão (basquete), Alessandra (basquete), Gustavo Borges (natação), Walter Casagrande (futebol), Maria Esther Bueno (tênis), Marcus Vinícius D'Almeida (tiro com arco), Bob Burnquist (skate), Fernando Fernandes (paracanoagem), Tiago Camilo (judô), Fofão (vôlei), Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Ricardo Prado (natação), Roberto Lazzarini (esgrima), Rivellino (futebol), Ademir da Guia (futebol) e Zetti (futebol) fizeram parte da lista de esportistas que levaram a tocha olímpica. Entre os momentos marcantes do dia, a hora em que Laís Souza, ex-ginasta que ficou tetraplégica durante uma sessão de treinos de esqui aéreo, usou uma cadeira especial para conduzir a chama olímpica de pé e a presença de nomes como o da cartunista Laerte, do grupo Demônios da Garoa e do maestro João Carlos Martins. Leia mais na matéria da Agência Brasil.

23 de julho - Guarulhos (SP), São Caetano do Sul (SP), Santo André (SP) e São Bernardo do Campo (SP)

O revezamento da tocha olímpica chegou à região metropolitana de São Paulo, partindo de Guarulhos, e seguiu para o ABC Paulista. Atletas e ex-atletas de várias modalidades levaram o símbolo olímpico pelas quatro cidades: do tênis de mesa, Caroline Kumahara, Casuo Matsumoto e Hugo Hoyama, do basquete, Janeth Arcain e Marta Sobral, do handebol, Diogo Hubner, do boxe, Servílio de Oliveira, do vôlei, Antônio Carlos Moreno e William da Silva e da ginástica, Diego Hypólito e Arthur Zanetti. Em Guarulhos, uma pessoa tentou invadir o local delimitado pela passagem da tocha e foi detido por policiais. Leia mais na matéria da Agência Brasil.

Diego Hypólito acende a pira da celebração em São Bernardo do Campo (SP)
Diego Hypólito acendeu a pira de celebração, encerrando o 82º dia de revezamento da tocha, em São Bernardo do Campo. Foto: Fernando Soutello / Rio 2016

22 de julho - Praia Grande (SP), São Vicente (SP), Santos (SP) e Guarujá (SP)

A Baixada Santista entrou no roteiro do revezamento da tocha olímpica, passando por Praia Grande, São Vicente, Santos e Guarujá. A chama olímpica embarcou em bondinho, canoa havaiana, catraia, teleférico e paramotor ao longo de sua passagem pelas cidades. Praia Grande mobilizou estudantes e atletas para a formação de aros olímpicos humanos, ao som da orquestra e coral da cidade. Em São Vicente, além de andar no famoso teleférico da cidade, a tocha ainda saltou de paramotor do Morro da Asa Delta, pousando no jardim da orla. De São Vicente, a tocha seguiu para um primeiro trecho em Santos, com parada na Vila Belmiro e passagem pela orla da cidade. Depois foi a vez do Guarujá, em trajeto de dez quilômetros pelas principais ruas da cidade e festa na praia da Enseada. O campeão mundial de surfe, Adriano de Souza, o Mineirinho, levou a tocha de volta para Santos a bordo de uma balsa. O passeio de bonde e a parada no Museu Pelé, onde o Rei do Futebol reverenciou a chama olímpica de uma sacada, ficaram para a segunda parte do percurso em Santos. A pira da celebração foi acesa pelo ex-jogador Pepe, bicampeão mundial em 1958 e 1962. A lista de atletas e ex-atletas que levaram o fogo olímpico também incluiu Rodrigão, do vôlei, Leandro Guilheiro, Danielle Zangrando, Carlos Honorato e Rogério Sampaio, do judô, Lúcio Grottone, do boxe e Felipe Wu, do tiro esportivo.

Pelé recebe a tocha olímpica no Museu Pelé, em Santos (SP)
Pelé apareceu na sacada do museu que leva seu nome com o colar da Ordem Olímpica, honraria que recebeu do Comitê Olímpico Internacional, e exibiu a tocha olímpica. Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

21 de julho - Indaiatuba (SP), Itu (SP), Jundiaí (SP) e Osasco (SP)

No sexto dia de viagem pelo estado de São Paulo - e o 80º de revezamento pelo país -, a tocha olímpica passou por quatro cidades, mobilizando 199 condutores em um percurso de 217 quilômetros. Indaiatuba foi o ponto de partida do dia, começando com um aulão de dança na praça da Ampulheta. Em Itu, conhecida nacionalmente por seus objetos e intervenções gigantes, a tocha foi recebida por uma fanfarra da APAE. A festa aconteceu no estádio Dr. Noveli Júnior, casa do Ituano, com um mosaico do símbolo dos Jogos formado por crianças. Moradores de Jundiaí montaram um Olimpo e, vestidos a caráter, representaram os deuses gregos. Em Osasco, o revezamento começou na Avenida dos Autonomistas, e a pira de celebração foi acesa na Avenida Brasil, no bairro Rochdale. Atrações locais, encontro de motoclubes e de ciclistas e uma orquestra de violeiros fizeram parte da programação. Anselmo Gomes, atleta dos 100m com barreira, o ex-jogadores de basquete Marcel de Souza e Magic Paula, a ex-nadadora Mariana Brochado e o ex-tenista Carlos Alberto Kirmayr foram alguns dos condutores do dia. 

Tocha olímpica em Itu (SP)
Último condutor da tocha olímpica em Itu, André Furquim interage com crianças que montaram um mosaico no gramado do estádio Dr. Noveli Júnior. Foto: André Luiz Mello / Rio 2016

20 de julho - Limeira (SP), Americana (SP) e Campinas (SP)

O 79º dia de revezamento contou com a presença de atletas e ex-atletas olímpicos e paralímpicos de várias gerações. Em Rio Claro, primeira cidade do dia, o ponto alto foi a presença de um grupo de seis atletas do taekwondo - formado por Marcel e Márcio Wenceslau, Carmen Pigozzi, Carlos Negrão, Débora Nunes e Diogo Silva. Em Limeira, foi a vez da jogadora de handebol Alexandra Nascimento e do nadador Guilherme Guido. A ex-jogadora de basquete Karla Costa, o ex-atirador Athos Pisoni e o ex-jogador de futebol Flávio Conceição fizeram parte do revezamento em Americana. Depois de passar pelas principais ruas e pontos turísticos de Campinas, como os estádios Brinco de Ouro e Moisés Lucarelli e o Centro de Convivência no Cambuí, houve uma homenagem a 150 atletas da cidade na Praça Arautos da Paz. Entraram na lista de condutores da cidade nomes como o de Barbosa, técnico da seleção feminina de basquete, o tenista Ricardo Mello, os ex-jogadores de vôlei Maurício e André Heller, a jogadora de basquete Kelly - e  a ex-jogadora de futebol Michael Jackson e os nadadores paralímpicos Fabiana Sugimori e Daniel Dias. 

Daniel Dias conduz a tocha olímpica em Campinas
Maior medalhista paralímpico do país, com dez ouros, quatro pratas e um bronze, Daniel Dias conduziu a tocha olímpica em Campinas. Foto: André Mourão / Rio 2016

19 de julho - Sertãozinho (SP), Jaboticabal (SP), Bebedouro (SP), Barretos (SP) e Franca (SP)

Partindo de Sertãozinho, centro nacional da patinação artística e do hóquei sobre patins, o revezamento começou no Centro Olímpico Maria Zeferina, onde alunos das escolas da cidade fizeram coreografias vestidos com as cores dos aros Olímpicos. Antes de seguir para a próxima cidade, mais dança, desta vez na praça 21 de Abril. Jaboticabal deu as boas-vindas à tocha com marchinhas e com a música adotada como tema do revezamento da tocha olímpica: "Vida de Viajante", de Luiz Gonzaga. O Paço Municipal recebeu apresentações artísticas e musicais. A Estação Cultura de Bebedouro, a antiga estação de trem, abriga o Museu do Ferroviário e ficou lotada para o revezamento. Capoeiristas do Instituto Kazuá se apresentaram no local. Capital nacional do rodeio, Barretos valorizou sua vocação sertaneja e rural enquanto a tocha passava: no Recinto Paulo de Lima Corrêa, a cidade mostrou a queima do alho, a folia de reis e o toque do berrante. Na Estação Cultura, um grupo de dançarinos de catira, o Espora de Prata, demonstrou o típico sapateado popular do Brasil. A última parada da tocha foi no Hospital do Câncer Pio XII, referência nacional em tratamento oncológico. Franca, aclamada como "casa" do basquete no Brasil, se encontrou no ginásio Pedrocão. Ex-jogadores e treinadores do esporte da bola laranja, como Chuí, Doracélia, Guerrinha, Fernando Minucci, Hélio Rubens, Helinho e Fransergio, foram convidados para carregar a tocha.

Doracélia e Chuí no revezamento da tocha olímpica em Franca (SP)
Marco Aurélio dos Santos, o “Chuí”, e a esposa Doracélia atuaram por anos no basquete francano, e foram chamados para levar a tocha olímpica até o ginásio Pedrocão. Foto: Fernando Soutello / Rio 2016

18 de julho - Jaú (SP), Araraquara (SP), São Carlos (SP) e Ribeirão Preto (SP)

O dia começou em Jaú, que recebeu a tocha olímpica com apresentação da banda Carlos Gomes, orquestra e coral. A população também conferiu exibições de vôlei da terceira idade, judô e capoeira. Em Araraquara, o ápice do trajeto deu-se no estádio Arena da Fonte, com roda de capoeira, ginástica artística e taikô. Os tambores japoneses do nisho wadaiko ditaram o ritmo do revezamento pelas ruas da cidade. A campeã olímpica no salto em distância Maurren Maggi foi a primeira condutora em São Carlos, que mostrou rugby, ginástica rítmica e capoeira no estádio Luisão. Em frente à catedral da cidade, uma equipe de triatletas mostrou um pouco da modalidade esportiva. A população de Ribeirão Preto lotou a praça XV de Novembro para ver a chama passar. Coube ao gari Amaro Silva, que, em 1977, veio à pé de Recife para Ribeirão Preto em uma viagem de um ano e três meses, acender a pira da celebração na cidade. Ao todo, 180 condutores participaram do revezamento nas quatro cidades visitadas neste dia, como o cineasta Fernando Meirelles, diretor criativo das cerimônias de encerramento e abertura dos Jogos do Rio, os cavaleiros Serguei Forfani, o Guega, e Roberto de Macedo, e o ex-corredor Cláudio de Sousa.

Tocha olímpica em Ribeirão Preto (SP)
A população de Ribeirão Preto foi às ruas para acompanhar a passagem da tocha olímpica pela cidade. Foto: Fernando Soutello / Rio 2016

17 de julho - Sorocaba (SP), Tatuí (SP), Botucatu (SP), Lençóis Paulista (SP) e Bauru (SP)

Seguindo viagem pelo interior paulista, a chama olímpica passou por cinco cidades em seu 76º dia de revezamento pelo país, mobilizando 129 condutores em um trajeto de 390 quilômetros. Em Sorocaba, a festa aconteceu no Parque das Águas, que recebeu shows e exibições culturais. Ex-atletas que fizeram história no basquete feminino, como Vânia, Vanira e Ritinha, foram condutoras do símbolo dos Jogos. As escolas municipais de Tatuí mostraram dança e teatro durante a passagem da chama pela cidade. O coreto da Praça da Matriz foi palco de apresentações de orquestra, coral, seresteiros, banda sinfônica e práticas esportivas. Botucatu programou roda de capoeira, karatê, ginástica rítmica e aulas recreativas durante todo o trajeto da tocha pela cidade. O giro por Lençóis Paulista foi marcado por uma peça teatral com atores caracterizados de gregos na Concha Acústica, apresentações musicais, fanfarras de escolas, orquestra municipal de sopros e homenagens a esportistas da cidade. Em Bauru, última cidade do dia, uma corrida de rua pelo mesmo trajeto em que a tocha passaria mais tarde abriu o caminho do símbolo olímpico. O palco da celebração foi montado no Parque da Vitória Régia, com show da banda Falamansa. 

Em Sorocaba, o condutor Ricardo Perez conduziu a tocha olímpica de bicicleta
Em Sorocaba, o condutor Ricardo Perez conduziu a tocha olímpica montado em sua bicicleta. Foto: André Mourão / Rio 2016

16 de julho - Castro (PR), Itararé (SP), Itapeva (SP), Capão Bonito (SP) e Itapetininga (SP)

Castro foi a última cidade paranaense da viagem da tocha olímpica pelo país - de lá, a chama olímpica voltou ao estado de São Paulo, depois de ter passado por Presidente Prudente, Paraguaçu Paulista, Marília e Assis entre os dias 27 e 28 de junho. Debaixo de chuva e com temperaturas baixas, a fanfarra do Centro da Juventude de Castro fez as honras da casa para a ilustre visitante. E depois de 17 dias no sul do país, a tocha chegou ao interior de São Paulo, último estado a ser visitado antes do Rio de Janeiro. Itararé, Itapeva e Capão Bonito entraram no roteiro do símbolo olímpico. O revezamento terminou em Itapetininga, que chamou Chiaki Ishii para portar o fogo olímpico. Ele é o dono da primeira medalha olímpica do judô brasileiro - o bronze nos Jogos de Munique, em 1972 - e carregou a tocha junto com sua filha Vânia, que também é ex-judoca. 

Chiaki e Vânia Ishii conduzem a tocha olímpica em Itapetininga (SP)
Duas gerações de judocas da família Ishii conduziram a chama olímpica em Itapetininga: o pai, Chiaki, dono da primeira medalha olímpica do judô brasileiro, e sua filha Vânia. Foto: André Mourão / Rio 2016

15 de julho - Fazenda Rio Grande (PR), Araucária (PR), Campo Largo (PR) e Ponta Grossa (PR)

Já se despedindo do estado do Paraná e da região Sul do país, a tocha olímpica foi recebida pela população de Fazenda Rio Grande, primeira cidade do roteiro. Bandas locais e a Fanfarra Municipal ditaram o ritmo da passagem pelo município. Em Araucária, cerca de 30 mil pessoas foram às ruas para acompanhar o trajeto do símbolo olímpico. Depois de visitar Campo Largo, a tocha chegou ao Parque Estadual de Vila Velha, unidade de conservação ambiental famosa por seus arenitos de formas variadas, como a Taça. Na área urbana de Ponta Grossa, foram 15 quilômetros percorridos, em um revezamento entre 65 condutores encerrado na Estação Saudade. 

Tocha olímpica no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (PR)
Um dos pontos altos do dia foi a visita ao Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa (PR), onde cinco condutores se revezaram na condução da chama olímpica. Foto: Fernando Soutello / Rio 2016

14 de julho - São José dos Pinhais (PR) e Curitiba (PR)

A tocha olímpica partiu para mais um dia de revezamento a partir de São José dos Pinhais. A cidade mostrou toda a tradição trazida pelos imigrantes italianos, com muita música e dança. Na chegada à Curitiba, o símbolo percorreu 36 quilômetros e passou pelas mãos de 170 condutores, que passaram por cartões postais como o Museu Oscar Niemeyer, o Centro Histórico, o Jardim Botânico, os parque Barigui e Tingui e a Pedreira Paulo Leminski, onde a pira da celebração foi acesa. Atletas classificados para os Jogos do Rio, como a ginasta Jade Barbosa e o esgrimista Athos Schwantes, foram convidados para levar o fogo olímpico pelas ruas de Curitiba. A capital paranaense também convocou estrangeiros para o revezamento: o ex-jogador de rugby Chester Williams, único negro na seleção da África do Sul campeã da Copa do Mundo, em 1995, a nadadora norte-americana Summer Sanders, dona de quatro medalhas de Barcelona 1992, e o jogador de futebol da Guiné Abdoulaye Kaba, que está refugiado no Brasil. O ex-jogador de vôlei de praia Emanuel, que participou de cinco Olimpíadas e conquistou medalhas de ouro, prata e bronze, foi o responsável por encerrar o trajeto do dia.

Jade Barbosa conduz a tocha olímpica em Curitiba (PR)
Integrante da equipe de ginástica artística feminina, Jade Barbosa foi uma das condutoras da tocha olímpica em Curitiba. Foto: André Luiz Mello / Rio 2016

13 de julho - Massaranduba (SC), Jaguará do Sul (SC), São Francisco do Sul (SC) e Joinville (SC)

O ponto de partida do revezamento da tocha olímpica foi Massaranduba, onde alunos de escolas municipais foram às ruas para ver a passagem do símbolo olímpico. A Banda Mirim da Escola Municipal Pedro Aleixo, com crianças entre 6 e 14 anos, foi a atração no palco principal. Em Jaraguá do Sul, a Orquestra Sinfônica da Sociedade Cultura Artística tocou o Hino Nacional e o grupo de dança fez uma apresentação de balé usando como tema os Jogos do Rio. O giro por São Francisco do Sul incluiu o Museu Histórico, o Mercado Municipal, o Museu Nacional do Mar, o Santuário de Nossa Senhora da Graça e a Baía da Babitonga, por onde a chama se despediu da cidade, seguindo de veleiro e canoa rumo a Joinville. Depois de atracar no trapiche público da Porta do Mar, no bairro de Espinheiros, a chama seguiu de helicóptero para o Portal de Joinville, primeiro ponto do revezamento na cidade. Uma bicicleta dos anos 1950, que faz parte do acervo do Museu da Bicicleta, foi usada para conduzir a tocha. Um manifestante falhou ao tentar apagar a tocha com um extintor de incêndio - a condutora foi atingida, mas o fogo não se extinguiu. O homem foi detido pela Polícia Militar. A pira da celebração foi acesa pela bailarina Thais da Silva, reforçando a vocação para a dança da cidade. O nadador paralímpico André Brasil e a ex-atleta paralímpica Ádria dos Santos foram condutores em Joinville.

Tocha olímpica em Joinville (SC)
Valter Bustos conduziu a chama olímpica em cima de uma bicicleta de 1950, parte do acervo do Museu da Bicicleta, o único da América do Sul. Foto: André Luiz Mello / Rio 2016

12 de julho - Biguaçu (SC), Balneário Camboriú (SC), Itajaí (SC), Ilhota (SC), Gaspar (SC) e Blumenau (SC)

Biguaçu contou com apresentação do grupo Arcos de cultura açoriana, a execução do Hino Nacional e shows de músicos locais. Em cada ponto de troca de condutor, foi mostrado o Boi de Mamão, a dança do Pau de Fita e as tradições da festa do Divino Espírito Santo. Balneário Camboriú mostrou capoeira, coral infantil e artistas circenses durante a passagem da tocha. Em Itajaí, a Banda Filarmônica tocou o Hino Nacional e os sinos da principal igreja da cidade foram tocados na chegada da chama no palco de celebração, na Praça da Matriz. A chama Olímpica chegou a Brusque de helicóptero e pousou no Estádio Augusto Bauer, que recebeu cerca de mil pessoas, principalmente alunos da rede pública de ensino. No estádio, antes do desfile, houve um pequeno revezamento no gramado reunindo cinco condutores. Em Ilhota, a Fanfarra Municipal de Piçarras fez a recepção da tocha Olímpica. Alunos da APAE apresentaram a dança belga. Alunos das escolas municipais de Gaspar organizaram um "desfile das nações" ao longo de todo o trajeto para homenagear a passagem da chama Olímpica pela cidade. Bandeiras de diversos países participantes dos Jogos foram exibidas. A celebração de Blumenau aconteceu na Vila Germânica, que recebe anualmente a Oktoberfest, tradicional festa alemã. A cidade convocou o técnico de basquete João Neto, a jogadora de handebol Duda Amorim, o jogador de basquete Tiago Splitter, a ciclista do BMX Squel Stein e a ex-jogadora de vôlei Ana Moser para o revezamento. 

11 de julho - Florianópolis (SC)

Conduzida pelos atletas Bruno Fontes e Anderson Nocetti, a tocha olímpica conheceu o mar de Florianópolis em uma regata que integrou a vela e o remo. O encontro das chamas aconteceu entre as pontes Pedro Ivo Campos e Hercílio Luz, em Florianópolis. Esta foi a única atividade programada para o 70º dia de revezamento do símbolo olímpico: a tarde e a noite foram reservadas para o descanso dos organizadores e a manutenção dos veículos que compõem o comboio.

Encontro das chamas no mar de Florianópolis (SC)
A bordo de um barco a remo e de um veleiro, o encontro das chamas olímpicas aconteceu entre as pontes Pedro Ivo Campos e Hercílio Luz, no mar de Florianópolis. Foto: Fernando Soutello / Rio 2016

10 de julho - Tubarão (SC), Laguna (SC), Palhoça (SC), São José (SC) e Florianópolis (SC)

Depois de encarar o frio do inverno gaúcho, a tocha olímpica percorreu cinco cidades catarinenses em dia ameno, céu azul e sem nuvens. Tubarão abriu o revezamento com direito a apresentações de capoeira, orquestra e dança, feita por alunos das escolas municipais. Já Laguna preparou uma celebração em frente ao Museu Anita Garibaldi, no centro da cidade. A programação contou com uma orquestra infantil e a participação dos integrantes do Centro de Tradições Gaúchas, vestidos com roupas dos tempos da Revolução Farroupilha. Cerca de cinco mil habitantes de Palhoça acompanharam a passagem da tocha, encerrada com uma apresentação de patins artísticos. Em São José, a Banda Marcial Ipiranga ditou o ritmo da festa, marcada por exibições de ginástica rítmica. Na chegada à capital Florianópolis, uma série de manifestações culturais deram o tom da festa: rendeiras se apresentaram cantando músicas tradicionais e artistas apresentaram na praça XV a dança do boi de mamão. Dentre os 105 condutores que participaram do revezamento na cidade, que teve início na Avenida Konder, próximo ao mirante da Ponte Hercílio Luz, e terminou no Trapiche Municipal, nomes como o ex-nadador Fernando Scherer, o Xuxa, a remadora Fabiana Beltrame, o surfista Teco Padaratz, o taekwondista argentino Sebastian Crismanich e o ex-jogador de vôlei Renan Dal Zotto, que acendeu a pira da celebração. 

Fabiana Beltrame em Florianópolis (SC)
A remadora Fabiana Beltrame foi uma das condutoras da tocha olímpica em Florianópolis. Foto: André Mourão / Rio 2016

9 de julho - Bento Gonçalves (RS), Torres (RS), Sombrio (SC), Araranguá (SC) e Criciúma (SC)

Depois de uma breve passagem pela região oeste do estado, a tocha retornou a Santa Catarina e encerrou sua viagem pelo Rio Grande do Sul. Bento Gonçalves e Torres foram as últimas cidades gaúchas no percurso. Ao do som do chamamé, ritmo musical popular na região, Bento Gonçalves recepcionou o fogo olímpico com uma "ola" com garrafas de vinho e espumante abertas pelo caminho. O símbolo também embarcou na tradicional Maria Fumaça da cidade, e a celebração aconteceu na estação do trem. Torres exaltou a dança e o esporte em cada ponto de parada da tocha, com jazz, ginástica rítmica, slackline, rapel, skate, canoagem, stand up paddle, badminton, vôlei adaptado, surfe e balonismo. Já em Santa Catarina, Sombrio inaugurou um monumento para lembrar a passagem da tocha pela cidade. Depois de passar por Araranguá, o fogo seguiu para Criciúma, que também eternizou a visita da tocha olímpica em um monumento. A pira da celebração foi acesa por Marcelo Greuel, que representou o Brasil em Los Angeles 1984, competindo no ciclismo de pista.

Os jogadores de futebol Bruno Vieira e Karin Kestering participaram do revezamento da tocha em Torres (RS)
Os jogadores de futebol Bruno Vieira e Karin Kestering participaram do revezamento da tocha em Torres, última cidade gaúcha no percurso da tocha olímpica. Foto: André Luiz Mello / Rio 2016

 

8 de julho - Canoas (RS), Esteio (RS), Novo Hamburgo (RS), Gramado (RS), Canela (RS), Nova Petrópolis (RS) e Caxias do Sul (RS)

Com mais sete cidades do Rio Grande do Sul em seu roteiro, o revezamento da tocha olímpica começou o dia em Esteio e Canoas. Em seguida, foi a vez de passar pela chamada "Rota Romântica" do estado, formada por Novo Hamburgo, Gramado, Canela e Nova Petrópolis. Caxias do Sul foi a última cidade visitada. A diversidade de atrações culturais, incluindo apresentações acrobáticas, musicais e de dança, embalou a passagem do comboio em terras gaúchas, com direito a presença de vaqueiros, prendas e até robôs. Entre os destaques do dia estão as acrobacias aéreas nos aros olímpicos em Canoas, a montagem de tapetes de serragem em Canela, a descida de rapel pela Catedral símbolo de Canela e o voo de paraglider, pousando na pista da Linha Temerária, em Nova Petrópolis. Coube ao técnico da seleção brasileira de futebol, Tite, acender a pira de celebração em Caxias do Sul. Ao todo, 127 condutores levaram o símbolo olímpico pelas cidades visitadas neste dia.

7 de julho - São Lourenço do Sul (RS), Camaquã (RS), Guaíba (RS) e Porto Alegre (RS)

São Lourenço do Sul abriu o dia com apresentação da dança pau de fita na praia das Nereidas. A Banda Municipal Luiz Carlos Colvara e a banda da escola Monsenhor Gautsche tocaram o hino do município na praça Dedê Serpa. Depois de passar por Camaquã, a tocha chegou à Guaíba, onde foi conduzida a bordo de uma canoa e de um jet ski no lago que leva o nome da cidade. A passagem da tocha olímpica por Porto Alegre hoje (7) foi marcada por uma extensa programação cultural em vários pontos da cidade. No entanto, mesmo o ambiente festivo não impediu que duas pessoas tentassem interferir no revezamento para apagar a chama. O primeiro a conduzir a tocha foi o técnico do Grêmio, Roger Machado, saindo do Parque Moinhos de Vento para começar o percurso de 15 quilômetros. A chama também foi carregada pelo ex-jogador Paulo César Tinga, a velejadora Fernanda Oliveira, os campeões olímpicos de vôlei Paulão, Marcelo Negrão e Tande e os judocas Mayra Aguiar e Felipe Kitadai. A tocha chegou no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico, pouco depois das 21h. Lá, a ex-ginasta Daiane dos Santos recebeu a tocha e a utilizou para acender a pira olímpica de Porto Alegre, marcando o fim do revezamento na capital gaúcha. Leia mais na matéria da Agência Brasil.

Daiane dos Santos acende a pira olímpica em Porto Alegre (RS)
Primeira ginasta brasileira, entre homens e mulheres, a conquistar uma medalha de ouro em campeonatos mundiais, a gaúcha Daiane dos Santos encerrou o revezamento da tocha olímpica em Porto Alegre. Foto: Fernando Soutello / Rio 2016

6 de julho - São Sepé (RS), Caçapava do Sul (RS), Canguçu (RS), Rio Grande (RS) e Pelotas (RS)

O revezamento da tocha olímpica atingiu, neste dia, o ponto mais ao sul de seu percurso ao chegar na cidade de Rio Grande. Antes, o comboio passou por São Sepé, Caçapava do Sul e Canguçu. O trajeto termina em Pelotas, que antecipou em um dia a celebração de seu aniversário de 204 anos para receber a chama olímpica.  A primeira parada foi na Fazenda Boqueirão, no município de São Sepé. Foi lá que aconteceu o encontro do símbolo olímpico com o fogo de chão, aceso há cerca de 200 anos no galpão da fazenda. Para os gaúchos, o fogo remete à cultura local e é um dos símbolos da Semana Farroupilha. No ginásio Mary Bueno Lopes, em São Sepé, a população celebrou ao som da música folclórica gaúcha e assistiu lutas de taekwondo. A passagem por Caçapava do Sul terminoou no forte Dom Pedro II. Mesmo com os termômetros marcando seis graus, Canguçu acompanhou de perto o giro da tocha: alunos das escolas e grupos folclóricos usaram trajes típicos e apresentaram seus costumes. O revezamento em Rio Grande começou na praia do Cassino, a maior do mundo em extensão de areia. O ponto de partida foi nos Molhes da Barra, onde a tocha foi conduzida de vagoneta, famosa atração turística da cidade. Em Pelotas, o fogo percorreu oito quilômetros pelos principais pontos da cidade, como as praças 20 de Setembro, Cipriano Barcelos (Santa Tecla e Marechal Floriano) e Praça Coronel Pedro Osório, até chegar no Largo do Mercado Central, revisitando a história dos charqueadores e a tradição dos doces conhecidos nacionalmente.

Tocha olímpica encontra o fogo de chão em São Sapé (RS)
A chama olímpica encontrou outra chama famosa para os gaúchos – o fogo de chão, aceso há cerca de 200 anos no galpão da fazenda Boqueirão, em São Sepé (RS). Foto: André Luiz Mello / Rio 2016

5 de julho - Encantado (RS), Lajeado (RS), Santa Cruz do Sul (RS) e Santa Maria (RS)

O revezamento começou no Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, passando por Encantado e Lajeado nesta manhã. De lá, o símbolo dos Jogos seguiu para Santa Cruz do Sul e Santa Maria. Anita Garibaldi foi homenageada em frente à catedral de Encantado, que se despediu do fogo olímpico com apresentação da orquestra municipal. Lajeado preparou uma programação que contou com corais, balés, orquestras e danças gaúchas, unindo as tradições alemã, italiana, afrodescendente, gaúcha e indígena. Em seguida, foi a vez de Santa Cruz do Sul, conhecida pela presença alemã e por sua catedral em estilo neogótico, dar as boas-vindas à chama. Mesmo debaixo de chuva, Santa Maria fez festa para a tocha olímpica, com direito a escola de samba, apresentações circenses e escolta feita por bicicletas iluminadas. A chama passou por pontos importantes da cidade, como o campus da Universidade Federal de Santa Maria, o Largo Maçônico, a Basílica da Medianeira e o Monumento "O Gaúcho", antes de chegar na Gare, a antiga estação de trem. O ponto alto da celebração foi a apresentação de lira no céu, com os aros olímpicos, executada por integrantes da escola de circo da prefeitura. O canoísta Gilvan Ribeiro, classificado para os Jogos do Rio, encerrou o revezamento. No total, foram percorridos mais de 422 quilômetros, com participação de 113 condutores.

Tocha olímpica em Santa Maria (RS)
Artistas da escola de circo da prefeitura fizeram uma apresentação suspensa com aros, representando um dos símbolos dos Jogos Olímpicos. Foto: Fernando Soutello / Rio 2016

4 de julho - São Miguel das Missões (RS), Santo Ângelo (RS), Ijuí (RS) e Cruz Alta (RS)

O revezamento da tocha olímpica seguiu para a região das Missões Jesuítas, começando em São Miguel das Missões e visitando Santo Ângelo, Ijuí e Cruz Alta. Foram mais de 560 quilômetros percorridos, com a participação de 51 condutores. De passagem pelas ruínas de São Miguel das Missões, complexo arqueológico remanescente do século XVII, indígenas do povo guarani mostraram danças, cantos e artesanato típico.
Um dos momentos marcantes foi o encontro do fogo olímpico com a chama crioula, que evoca a manutenção das tradições gaúchas e que percorre regiões tradicionais do estado em cavalgadas desde 1947. Crianças formaram os aros olímpicos em frente ao sítio e bandas marciais tocaram músicas típicas do Rio Grande do Sul. No Centro Histórico de Santo Ângelo, a capital das missões, a população que foi até a praça da Catedral assistiu apresentações tradicionalistas de música gauchesca, além de atividades esportivas com vôlei, basquete, handebol e futebol. Em Ijuí, crianças vestidas como boxeadores, esgrimistas, tenistas, ciclistas e ginastas acompanharam cada "beijo" do fogo olímpico. Cruz Alta foi a última cidade a receber o comboio, que encerrou seu trajeto no Monumento de Nossa Senhora de Fátima. 

Tocha olímpica em São Miguel das Missões (RS)
Aniceto Gonçalves Ferreira é cacique da aldeia M'bya Guarani, de São Miguel das Missões (RS), e foi um dos condutores da tocha olímpica pelas ruínas históricas. Foto: Fernando Soutello / Rio 2016

3 de julho - São Lourenço do Oeste (SC), Chapecó (SC), Concórdia (SC), Erechim (RS) e Passo Fundo (RS)

Depois de 62 dias cruzando o país, o fogo olímpico alcançou todos os estados brasileiros, além do Distrito Federal. O dia começou em Santa Catarina, com São Lourenço do Oeste, Chapecó e Concórdia. De lá, o símbolo olímpico seguiu para Erechim e Passo Fundo, responsável por organizar a celebração. Abrindo a programação em São Lourenço do Oeste, cavaleiros dos grupos Cavalgando sem Fronteira e Amigos do Cavalo foram a caráter assistir ao revezamento. Além disso, a cidade preparou danças gaúchas e italianas, coral, apresentação de arco e flecha e show do grupo Ginasloucos, que une ginástica rítmica com basquete. Chapecó foi a segunda cidade a receber o revezamento neste domingo, e contou com shows da Orquestra Sinfônica de Chapecó, coral infanto-juvenil, balé da Escola de Artes do município e apresentação da equipe de ginástica rítmica de Chapecó, campeã brasileira e estadual na modalidade infantil. A tocha passou pelas ruas do centro de Concórdia, terminando o trajeto em uma rua Coberta toda enfeitada com bandeiras. As ex-atletas Mara Saatkamp, do arremesso de dardo e martelo, e Chana Masson, do handebol, conduziram a chama na cidade. Erechim recebeu a tocha seguindo as tradições gaúchas – chimarrão, lenço vermelho no pescoço e bombachas. Para receber o revezamento, a cidade promoveu uma série de atrações, como festival de bandas e fanfarras e apresentação da Orquestra Sinfônica Belas Artes. Em Passo Fundo, a cultura de rua esteve presente com apresentações de grafiteiros, hip hop e partidas de basquete para o público. Na Praça Monumento do Teixeirinha, grupos da tradição gaúcha receberam o comboio com danças e músicas da cultura regional. O campeão olímpico Gustavo Endres, do vôlei, acendeu a pira da celebração.

Gustavo Endres com a tocha olímpica em Passo Fundo (RS)
O ex-jogador de vôlei e campeão olímpico Gustavo Endres, 40 anos, foi o último condutor do dia e acendeu a pira de celebração em Passo Fundo. Foto: Fernando Soutello / Rio2016

2 de julho - Céu Azul (PR), Santa Tereza do Oeste (PR), Realeza (PR), Francisco Beltrão (PR) e Pato Branco (PR)

Céu Azul, a primeira das cinco cidades paranaenses visitadas pela tocha olímpica neste dia, está completando 50 anos em 2016. A prefeitura soltou cinco mil balões com sementes de árvores nativas e o Grupo Nós de Circo contou a história da mitologia do fogo depois da celebração na Praça Municipal Luiz Carlos Ruaro. De lá, a tocha seguiu para Santa Tereza do Oeste e Realeza, que contou com apresentação do trio Langner em sua praça matriz. Quem chamou a atenção em Realeza foi Diego Reis, que conduziu a tocha olímpica de patins. Depois de passar por Francisco Beltrão, a tocha olímpica desembarcou em Pato Branco, onde bombeiros, esportistas e industriários da cidade foram homenageados. O percurso começou no CEU das Artes e foi marcado pela inovação na forma de conduzir a tocha: um carrinho de rolimã e uma empilhadeira foram usados por alguns dos portadores da tocha olímpica. E no Dia Nacional do Bombeiro, o Subgrupamento de Bombeiros Independente de Pato Branco escoltou o revezamento, com 26 integrantes. No palco de celebração, dois patos brancos foram posicionados próximos à pira, em referência ao nome da cidade paranaense.

Tocha olímpica em Céu Azul (PR)
Em Céu Azul, cinco mil balões com sementes de árvores nativas foram soltos durante a passagem da tocha olímpica. Foto: André Mourão / Rio 2016

1º de julho - Cataratas do Iguaçu (PR)

No dia em que o início do revezamento da tocha olímpica completou dois meses, o dia foi reservado para as Cataratas do Iguaçu, considerado patrimônio natural da humanidade. O Marco das Três Fronteiras, a Usina Hidrelétrica de Itaipu e o Templo Budista de Foz do Iguaçu também entraram no roteiro. Depois de percorrer as trilhas do Parque Nacional de Iguaçu, a tocha foi levada até a usina de Itaipu, visitando a barragem e a represa pelas mãos de seis funcionários da empresa binacional. O atleta Felipe Borges, que vai competir na canoagem slalom no Rio 2016, conduziu a chama Olímpica num barco no Canal da Piracema. O fogo foi levado até o interior do Templo Chen Tien, conhecido como templo budista de Foz do Iguaçu, pelo monge budista Tong Zhong. Ele percorreu seis estátuas de Buda em diferentes posições e liderou um cortejo que contou com monges, músicos, orações e dança com dragão. No fim da tarde, o fogo olímpico voltou para as cataratas, onde fez um passeio de barco no Macuco e acompanhou o pôr do sol. Antes, passou pelo Marco das Américas, ponto da tríplice fronteira Brasil-Argentina-Paraguai - foi a primeira vez que o fogo olímpico passou para terras além das fronteiras brasileiras.

Tocha olímpica passa pelas Cataratas do Iguaçu
A tocha olímpica passou, no seu 60º dia de revezamento pelo país, pelas Cataratas do Iguaçu, que são patrimônio natural da humanidade. Foto: André Mourão / Rio 2016

30 de junho - Matelândia (PR), Medianeira (PR), São Miguel do Iguaçu (PR), Santa Terezinha de Itaipu (PR) e Foz do Iguaçu (PR)

Seguindo viagem pelo estado do Paraná, o revezamento da tocha olímpica passou por cinco cidades: Matelândia, Medianeira, São Miguel do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu e Foz do Iguaçu. Na primeira parada do dia, bailarinas da Oficina de Balé da Casa da Cultura de Matelândia apresentaram-se durante a passagem do comboio na cidade. Em Medianeira, escolas decoradas, dançarinas caracterizadas em trajes gregos e apresentação do grupo de teatro local embalaram o percurso do símbol olímpico. A celebração contou com a presença dos Sentinelas dos Pampas, centro de tradições gaúchas juvenil. Depois de visitar São Miguel do Iguaçu e Santa Terezinha de Itaipu, a tocha olímpica chegou a Foz do Iguaçu, que convocou estrangeiros para participarem do revezamento: o pianista chinês Lang Lang, o atleta chileno do tiro com arco Cristobal Barra, a ex-atleta do arremesso de dardo paraguaia Leryn Franco, a atriz argentina Calu Rivero, a maratonista palestina Reem Hamed e o libanês Hassan Mostaph (os dois últimos radicados em Foz do Iguaçu, que conta com a maior comunidade muçulmana do país) foram escolhidos para levarem a chama pelas ruas da cidade. Na cidade-celebração do dia, o fogo olímpico passou por pontos como o Antigo Hotel Cassino, o Palácio das Cataratas, a Mesquita Omar Ibn Al-Khatab e a Catedral Nossa Senhora de Guadalupe. A pira foi acesa no Gramadão da Vila A.

29 de junho - Arapongas (PR), Maringá (PR), Campo Mourão (PR) e Cascavel (PR)

Mais quatro cidades do Paraná foram visitadas pela tocha olímpica em seu 58º dia de revezamento pelo país. Em Arapongas, a tocha partiu da Praça da Igreja Santo Antônio de Pádua, acompanhada por fanfarras e alunos das escolas da cidade. O trajeto terminou no palco em frente à Igreja Matriz, com apresentações do bombeiro mirim, oficina de circo e lançamento de selo. Maringá teve uma programação extensa para receber o símbolo olímpico, com shows da Orquestra Filarmônica da Unicesumar, do Circo Teatro sem Lona e do Grupo Desbravadores Fanfarra. No fim do trajeto em Maringá, foi realizado uma espécie de mini-triatlo. Primeiro, a nadadora Farida Okuhara conduziu a tocha na piscina; depois foi a vez da ciclista Gabriela Gomes conduzir a chama Olímpica de bicicleta. O trecho da corrida ficou por conta do corredor Guilherme Santana, que compete como guia de atletas cegas como Terezinha Guilhermina e Jerusa Geber. Campo Mourão acompanhou a tocha desde a Avenida Capitão Índio Bandeira até a Praça central. Na última cidade do dia, Cascavel, um espetáculo de dança sobre deuses gregos foi encenado na Praça Itália. No Teatro Municipal, houve parada para foto com apresentação de 30 integrantes do grupo Zen Shin Daiko de taikô, de percussão japonesa. A programação incluiu ainda grupos de capoeira, street dance e skate. A atleta Nicole Müller, da ginástica rítmica, foi a responsável por acender a pira de celebração no palco montado próximo ao Paço Municipal.

A nadadora Farida Okuhara no revezamento da tocha em Maringá (PR)
A nadadora Farida Okuhara conduziu a tocha olímpica a nado, como parte de um circuito de natação, ciclismo e corrida incluído no revezamento da tocha em Maringá (PR). Foto: André Luiz Mello / Rio 2016

 

28 de junho - Paraguaçu Paulista (SP), Marília (SP), Assis (SP) e Londrina (PR)

Em breve passagem pelo estado de São Paulo, para onde retornará no próximo dia 16 de julho, a tocha olímpica parou nas cidades de Paraguaçu Paulista, Marília e Assis antes de chegar à Londrina, primeira localidade na região Sul do país a receber a chama olímpica. Para começar o dia, a população de Paraguaçu Paulista foi às ruas e acompanhou o trajeto, embalado por apresentações de música, dança e teatro. Em Marília, o ponto de partida do trajeto foi a Avenida Rio Branco. Um dos destaques do dia foi a presença do jornalista esportivo Osmar Santos, que conduziu a tocha olímpica na cidade. Assis preparou apresentações de circo, ginástica rítmica, capoeira e tropeiros para receber a chama olímpica. Na chegada ao Paraná, Londrina deu início ao revezamento no Centro Cívico, com apresentações do grupo de coral Um Canto em cada Canto, formado por 60 crianças da rede pública de ensino. Integrantes da comunidade japonesa de Londrina, a segunda maior do país, mostraram elementos da cultura do país oriental, como os tambores do taikô. Nomes de peso do esporte, como o esgrimista Renzo Agresta, classificado para os Jogos do Rio, o ex-jogador de vôlei Giba, a taekwondista aposentada Natália Falavigna, o marchador Cláudio Luís Bertolino e o ex-velocista Cleverson Oliveira foram chamados para portar a tocha olímpica durante todo o dia. 

Renzo Agresta carrega a tocha olímpica em Assis (SP)
O esgrimista Renzo Agresta, classificado para as provas do sabre individual nos Jogos Olímpicos Rio 2016, conduziu a tocha olímpica em Assis (SP). Foto: Fernando Soutello / Rio 2016

27 de junho - Nova Andradina (MS), Bataguassu (MS) e Presidente Prudente (SP)

A tocha olímpica seguiu pelas cidades de Nova Andradina e Bataguassu, no Mato Grosso do Sul. As cidades foram as últimas da região Centro-Oeste, onde percorreu cerca de 1.900 quilômetros e 10 cidades. Nova Andradina convocou suas crianças para uma apresentação de dança com bambolês, além de ter preparado uma chuva de balões verdes e amarelos, cada um contendo uma semente de árvore nativa da região. Bataguassu deu as boas-vindas à tocha com chuva de papel picado e fumaça colorida. Música e dança animaram o percurso na cidade, encerrado no momento que a tocha cruzou a ponte que delimita a fronteira do Mato Grosso do Sul com o estado de São Paulo. Presidente Prudente foi a primeira cidade paulista a receber a chama olímpica, a partir do Cristo Redentor que fica na entrada da cidade, e chamou grandes nomes do atletismo nacional para carregar a tocha: Claudinei Quirino, vice-campeão olímpico, campeão Mundial e campeão pan-americano, Cleide Amaral, que participou dos Jogos de Atlanta, em 1996, Eronildes Araújo, ex-atleta dos 400 metros que foi à três edições dos Jogos e André Domingos, o segundo melhor brasileiro, atrás apenas de Robson Caetano, na história dos 100 metros rasos. Coube a André Domingos a missão de acender a pira da celebração, montada no Parque do Povo.

26 de junho - Sidrolândia (MS), Rio Brilhante (MS), Maracaju (MS), Itaporã (MS) e Dourados (MS)

Seguindo viagem de carro, a tocha olímpica passou por cinco cidades sul-matogrossenses em seu 55º dia de revezamento.  Sidrolândia foi a primeira cidade a receber o comboio, que foi recepcionado com apresentações de música, dança e teatro. A tocha foi seguida de perto por um grupo de ciclistas de mountain bike, que pedala pelas trilhas da região de Cerro Corá. Em Maracaju, o fogo foi recebido por grupos de dança do Centro de Tradições Gaúchas. Entre os condutores estava Gerson Alves Marcondes, de 81 anos, descendente dos fundadores de Maracaju e um dos criadores da tradicional linguiça da cidade. Em Rio Brilhante, o destaque foi o reconhecimento prestado à biólogos e engenheiros ambientais que lutam pela preservação de espécies da fauna local, como a arara azul e a anta. A tocha olímpica foi embalada por canções de reisado em Itaporã. Além das apresentações artísticas ao longo do trajeto, senhoras do Apoio aos Idosos da cidade prestigiaram o revezamento com longos vestidos brancos estampados com desenhos de animais da região. O revezamento em Dourados começou na reserva indígena da cidade, incluindo o atleta indígena Rocleiton Flores, vice-campeão mundial no arremesso de lança, dona Edina de Souza, defensora da introdução da língua guarani no ensino público, e Bruno Veron, que canta rap no idioma nativo

Vice-campeão mundial no arremesso de lança, o atleta indígena Rocleiton Flores conduziu a tocha em Dourados (MS)
Vice-campeão mundial no arremesso de lança, o atleta indígena Rocleiton Flores conduziu a tocha em Dourados (MS). Foto: Fernando Soutello / Rio 2016

25 de junho - Bonito (MS) e Campo Grande (MS)

Fechando a rota aérea de 10 mil milhas aéreas prevista para a viagem da tocha pelo Brasil, o comboio do revezamento pousou em Mato Grosso do Sul, com direito a música da Banda da Guarda Civil Municipal, acompanhada pelo harpista Fabio Kaida. O trajeto começou em Bonito, conhecido pólo ecoturístico da região, com rios, cachoeiras, grutas e cavernas. A tocha olímpica foi levada até a Gruta da Lagoa Azul e mergulhou nas famosas águas cristalinas do Aquário Natural de Bonito. A praça da Liberdade, no centro de Bonito, ficou lotada para acompanhar a passagem da tocha. Em Campo Grande, a tocha olímpica cruzou as principais ruas da cidade, passando pelas mãos do ex-velocista Vicente Lenilson, prata nos Jogos Olímpicos Sidney 2000, a judoca paralímpica Michele Ferreira, o ex-remador valter Luiz Soares, o goleiro da seleção paralímpica de futebol de 7 Marcos Ferreira e o líder indígena Marcos Terena, um dos idealizadores dos Jogos Nacionais e Mundiais dos Povos Indígenas. Terena foi acompanhado por um grupo de indígenas de seu povo, que apresentou uma dança tradicional com lanças de bambu. Antes de chegar ao palco montado no Parque das Nações Indígenas, a tocha ainda deslizou pelas águas do lago que banha o local, sendo levada pelo índio Vanilson Farias Francisco, da etnia terena, a bordo de um barco. O ex-velocista José Luís Barbosa, o Zequinha Barbosa, foi o responsável por acender a pira em Campo Grande.

Condutora Karina Oliani em Bonito (MS)
A condutora Karina Oliani mergulhou com a tocha olímpica no Aquário Natural de Bonito, conhecido por suas águas cristalinas. Foto: André Mourão / Rio 2016

24 de junho - Pantanal (MT)

A tocha olímpica começou o 53º dia de revezamento visitando as belezas naturais do Pantanal e da Chapada dos Guimarães. Pontos turísticos como a Gruta da Lagoa Azul, no município de Nobres, a cachoeira Véu da Noiva e a Transpantaneira entraram no roteiro. Em uma das maiores extensões alagadas do mundo, a tocha olímpica foi conduzida a bordo de uma canoa, em interação com a rica fauna local. A figura do pantaneiro foi representada pela condutora Patrícia da Silva, que faz parte de uma família tradicional pantaneira e conduziu o fogo olímpico montada em um cavalo, um dos principais meios de transporte da região. Aline Ribeiro, representando a Rainha dos Mouros na cavalhada realizada na festa de São Benedito, foi acompanhada por cavaleiros e pajens trajados com as roupas típicas da festa. Em Nobres, o símbolo dos Jogos parou no rio Salobra e no Aquário Encantado. Os nadadores Felipe Lima e Luiz Pedro Pereira, o Pepeu, a cantora Tetê Espíndola e a índia Juliane Soares, da etnia Bakairi, foram alguns dos 12 condutores escolhidos para levar a tocha neste dia. 

Condutor Francisco Campos posa com a tocha olímpica na Chapada dos Guimarães
Condutor Francisco Campos posa com a tocha olímpica na Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso. Foto: André Luiz Mello / Rio 2016

 

23 de junho - Várzea Grande (MT) e Cuiabá (MT)

22 de junho - Porto Velho (RO)

A décima e última cidade da região Norte contemplada pelo revezamento da tocha olímpica foi Porto Velho, capital de Rondônia. Quando o avião que trazia o símbolo olímpico pousou na cidade, a quadrilha junina Três Marias já estava a postos para começar a festa. A tocha foi conduzida de barco, casa do condutor Eider Pereira há 25 anos, até a comunidade ribeirinha de São Sebastião, cravada na margem esquerda do rio Madeira. Entre as paradas do dia estavam a estrada de ferro Madeira Mamoré e as três caixas d'água que saíram dos Estados Unidos em 1910 para abastecer a cidade, foram desativadas em 1960 e hoje são consideradas símbolo de Porto Velho. A ex-lateral-direita Nenê, que foi aos Jogos Olímpicos Atlanta 1996 e Sydney 2000 e a cacique Valda, do povo Wajuru, foram convidadas para conduzir a tocha na cidade. No Parque da Cidade, a população acompanhou uma partida exibição do time de basquete em cadeiras de rodas Sociedade Vida Ativa e o show da banda Minhas Raízes. 

O condutor Eider Pereira a caminho da comunidade São Sebastião, próxima a Porto Velho (RO)

O condutor Eider Pereira vive do turismo e indica o passeio de barco no por do sol como o melhor programa no rio Madeira. Eider mora no barco com sua esposa há 25 anos. Foto: André Luiz Mello / Rio 2016

21 de junho - Rio Branco (AC)

Penúltima cidade da região Norte visitada pela tocha olímpica, Rio Branco deu início ao revezamento no Mercado Municipal Rui Lino, no parque Tucumã, passando por locais como o campus da Universidade Federal do Acre, a praça do Relógio, a catedral Nossa Senhora de Nazaré, as praças dos Povos da Floresta e da Bandeira, o Palácio Rio Branco e o parque Capitão Ciríaco. Em cada ponto da cidade, uma atração musical e cultural diferente embalava as passadas dos condutores: teve fanfarra, samba, sertanejo, roda de capoeira, quadrilha, dança, esportes radicais, ciclismo, DJs, rock, teatro, forró, maculelê e samba de roda. Um dos momentos mais simbólicos do dia aconteceu quando Raimundo Mendes, primo do seringueiro e ambientalista Chico Mendes e um dos homenageados em Rio Branco, recebeu a chama olímpica do líder indígena Carlos Robenir Kaxinawá. Em um dos trechos do percurso, o grupo Cia Garatuja de Artes Cênica apresentou o mariri, dança típica da etnia Yawanawa. Os paratletas acrianos Jerusa Santos e Edson Cavalcante, ambos do do atletismo, foram alguns dos condutores do dia. Com direito a apresentações de balé, samba e quadrilhas, a pira foi acesa no calçadão da Gameleira.

Tocha olímpica em Rio Branco (AC)
Apresentações indígenas fizeram parte do revezamento em Rio Branco, capital do Acre. Foto: Fernando Soutello / Rio 2016

20 de junho - Iranduba (AM) e Presidente Figueiredo (AM)

Comunidades tradicionais do Amazonas puderam ver a passagem da tocha olímpica em seu último dia no Amazonas. Por volta das 13h, com três horas de atraso, a chama olímpica chegou à Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Tupé, onde vivem cerca de seis comunidades indígenas e ribeirinhas. Um ritual indígena com o sagrado fogo olímpico foi feito em uma oca no meio da floresta. O símbolo também foi recebido com muita emoção, cartazes e fogos de artifício na comunidade flutuante do Catalão, no município de Iranduba. A atleta de canoagem Raimunda de Freitas levou a tocha para o Encontro das águas dos rios Negro e Solimões. A tocha também passou pela comunidade São Tomé, no município de Iranduba. Um dos condutores interagiu com botos cor-de-rosa. À tarde, o revezamento da tocha no Amazonas foi encerrado no município de Presidente Figueiredo, passando pela Cachoeira de Iracema e depois descendo de rafting pela corredeira do Urubuí. Leia mais na matéria da Agência Brasil.

Condutor interage com boto cor de rosa em Iranduba (AM)
O ex-pescador Davi Souza, que montou o primeiro flutuante de ecoturismo da região de Iranduba (AM) e que hoje abriga um projeto de bototerapia, conduziu a tocha na água com a companhia dos botos. Foto: Fernando Soutello / Rio 2016

A passagem pelo Centro de Instrução da Guerra na Selva (Cigs), em Manaus, foi manchada pela morte da onça Juma, mascote do zoológico que funciona no local e que foi exposta durante o revezamento. Em nota, o Ministério da Defesa informou que o animal foi abatido após conseguir escapar. No momento da captura, o animal recebeu tranquilizantes, mas, mesmo assim, atacou um militar. Como procedimento de segurança, foi disparado um tiro de pistola na onça, que morreu. O Comitê Rio 2016 assumiu o erro de exibir a tocha olímpica "ao lado de um animal selvagem acorrentado" e garantiu que este tipo de situação não se repetirá mais:

19 de junho - Manaus (AM)

O principal símbolo dos Jogos chegou a Manaus por volta de 8h45, depois de passar pelo estado de Roraima. Crianças carregando balões brancos fizeram um corredor em frente ao Aeroporto Internacional Eduardo Gomes para receber a tocha. Em uma rota de aproximadamente 39 quilômetros, com cerca de 170 condutores, a tocha passou pelas principais zonas da cidade, para que a população pudesse conhecê-la, e por pontos turísticos e históricos, entre eles o Teatro Amazonas e a Arena da Amazônia, que será palco de seis partidas do torneio olímpico em agosto. No estádio, ela foi recebida por paraquedistas, uma orquestra e um grupo de escoteiros. O anfiteatro da praia da Ponta Negra foi o último destino do fogo olímpico, com apresentações dos bois Garantido e Caprichoso. Nomes como o dos atletas indígenas Gustavo dos Santos e Dream Silva, o velocista Robson Caetano e o piloto Antônio Pizzonia e o lutador de MMA Ronaldo de Souza dos Santos, o Jacaré, conduziram a tocha olímpica em Manaus. Leia mais na matéria da Agência Brasil. 

Uma das paradas da tocha olímpica durante seu revezamento em Manaus foi a Arena da Amazônia
Uma das paradas da tocha olímpica durante seu revezamento em Manaus foi a Arena da Amazônia, que receberá seis jogos do torneio de futebol. Foto: André Mourão / Rio 2016

18 de junho - Boa Vista (RR)

O estado de Roraima tornou-se o 18º estado do país a receber a tocha olímpica, além do Distrito Federal. Boa Vista foi o local de desembarque do símbolo olímpico, que aconteceu em meio à festa do grupo Quadrilheiros Boa Vista. A tocha só foi acesa na comunidade indígena de Campo Alegre, a 60 quilômetros da capital, depois que o paraquedista Luigi Cani aterrisou na aldeia com a tocha apagada. Ele passou o fogo para Lourdes Sampaio, da etnia Macuxi, uma das líderes da comunidade. Os guerreiros da aldeia fizeram uma demonstração de arco e flecha. A bateria do bloco de rua Guerreiros de Jorge animou a parte urbana do revezamento, que contou com uma travessia das águas do Rio Branco, a bordo de um barco. Um dos nomes mais celebrados foi o de dona Neuza, de 69 anos, considerada a jogadora de vôlei de quadra mais antiga ainda em atividade. O revezamento terminou na praça Fábio Marques Paracat, decorada como se fosse uma grande festa junina para o acendimento da pira de celebração.  

Lourdes Sampaio e Luigi Cani na comunidade indígena Campo Alegre, em Roraima
O paraquedista Luigi Cani aterrisou na comunidade de Campo Alegre, que fica a 60 quilômetros de Boa Vista, para passar o fogo olímpico para a liderança indígena Lourdes Sampaio. Foto: André Luiz Mello / Rio 2016

17 de junho - Santarém (PA)

Ao chegar em Santarém, a tocha foi recebida por grupos de carimbó, dança de roda do litoral do Pará. A vila de Alter do Chão, que fica às margens do rio Tapajós e é conhecida como "o Caribe amazônico", foi o primeiro local visitado. Crianças da escola indígena e atletas da aldeia Borari, além dos grupos que se apresentam na Festa do Sairé - tradição religiosa local que existe há mais de 300 anos - vieram para ver o fogo olímpico passar. O canoísta Hiel Gesã Peres de Queiroz conduziu a tocha de catraia no Rio Tapajós, cercado por uma passarela de barcos usados na região. Depois de passar no encontro das águas do rios Tapajós e Amazonas a bordo de uma embarcação da Marinha, a tocha seguiu seu deslocamento por terra pela cidade de Santarém. Ricardo de Araújo, o Ricardinho, virou uma das atrações do revezamento em Santarém: terceiro lugar no Mundial de freestyle do ano passado, ele portou a símbolo dos Jogos mostrando toda sua habilidade com a bola nos pés. O dia terminou com a celebração na praça São Sebastião, quando o maratonista Donilson Gama da Silva, que já venceu três vezes a Corrida do Círio de Santarém correndo descalço, acendeu a pira.

Catraias no Rio Tapajós acompanham o revezamento em Alter do Chão (PA)
Catraias decoradas fizeram uma passarela ao longo do Rio Tapajós, partindo de Alter do Chão (PA), para a passagem da tocha. Foto: André Luiz Mello / Rio 2016

16 de junho - Macapá (AP)

Foi ao som do marabaixo, dança típica do Amapá, que a chama olímpica desembarcou em Macapá. O símbolo foi recepcionado na pista do aeroporto da capital pelo grupo Devotos de São José e atletas locais, como Venilton Teixeira, do taekwondo, classificado para disputar os Jogos Olímpicos Rio 2016. O ponto de partida do revezamento foi a comunidade quilombola Curiaú, que conta com cerca de cinco mil moradores. Lá a cantora Patrícia Bastos conduziu a tocha em uma canoa. Outro destaque foi a presença de Suzana Apalaí, representante indígena que veio do Oiapoque e percorreu um trecho do rio Amazonas de lancha. Em Macapá, a tocha passou pelas mãos de 99 pessoas, em 65 quilômetros de rota. Pelo caminho, o fogo olímpico foi embalado pelos diversos ritmos musicais, desde o Banzeiro Brilho de Fogo até a escola de samba Acadêmicos do Laguinho. A pira foi acesa por Aida Mendes, a vovó Iaiá, que, com 106 anos, se tornou a condutora mais velha do revezamento, batendo recorde estabelecido em Londres 2012. O detalhe é que ela foi acesa exatamente no "meio do mundo": o palco da cerimônia de celebração foi montado no estádio Zerão, conhecido pelo fato de sua linha de meio de campo ficar exatamente na Linha do Equador.

Vovó Iaiá acende a pira olímpica em Macapá (AP)
Vovó Iaiá, que está no Livro dos Recordes por ter saltado de paraquedas aos 100 anos, tornou-se a mais velha condutora da chama olímpica: ela participou do revezamento em Macapá (AP) com 106 anos. Foto: André Luiz Mello / Rio 2016

15 de junho - Belém (PA)

Belém foi a segunda cidade da região Norte no roteiro do revezamento. O giro começou no Mangueirão, com danças folclóricas e o som da banda Os Baioaras e do cantor e compositor Pinduca - o rei do carimbó -, que fez uma participação especial e também conduziu a tocha. Um dos ícones da cultura local foi representado por Márcio Gomes, que há 30 anos é tripa, ou seja, personifica o boi Pavulagem. Ele dá vida à alegoria que é um dos símbolos dos cortejos de rua do Arraial do Pavulagem, grupo musical de Bragança do Pará. A lista de condutores trouxe nomes como o lutador de UFC Lyoto Machida, o ex-jogador de futebol Denilson, as cantoras Gaby Amarantos e Fafá de Belém e a ex-jogadora de vôlei Cilene Drewnick. A diversidade musical do Pará ficou provada ao escalar para o time de condutores nomes como o da soprano Dhuly Contente, promessa do canto lírico do estado, e a banda Gang do Eletro, uma sucesso do ritmo tecnobrega. A celebração em Belém ocorreu no Portal da Amazônia com apresentação do Grupo Folclórico Trilhas da Amazônia, Jorginho Gomes e Banda AR-15. A modelo Carol Ribeiro foi a última condutora da tocha olímpica e acendeu a pira.

 O chef Thiago Castanho, um dos maiores nomes da gastronomia nacional, passou com a tocha em frente à Basílica de Nazaré
O chef paraense Thiago Castanho, um dos maiores nomes da gastronomia nacional, passou com a tocha em frente à Basílica de Nazaré. Foto: André Mourão / Rio 2016

14 de junho - Imperatriz (MA)

Imperatriz fechou o giro do símbolo olímpico pelo Nordeste. A cidade, que está localizada na margem direita do rio Tocantins, deu o pontapé inicial para o revezamento após uma descida de rapel pela ponte até o espelho d'água. Depois de uma troca de condutores em barcos, a tocha seguiu seu percurso terrestre, que incluiu bicicleta e manobras de skates da pequena Rhayssa Leal, de oito anos, que é conhecida como Fadinha do Skate. A líder indígena Sonia Guajajara, de 42 anos, reconhecida internacionalmente por sua luta pela preservação do meio ambiente e pela causa indígena, e o atleta da luta olímpica Davi Albino foram alguns dos condutores do dia. O Bumba Meu Boi do Bom Jesus também marcou presença e animou a passagem da tocha. A despedida da região aconteceu na avenida Beira-Rio, com o acendimento da pira pelo piloto maranhense de Stock Car Rafael Suzuki.

Tocha olímpica em Imperatriz (MA)
Conduzida pelo carateca Francisco Amorim, a tocha desceu a ponte sobre o rio Tocantins de rapel até o espelho d’água. Foto: André Luiz Mello / Rio 2016

13 de junho - Barreirinhas (MA)

O 42º dia de revezamento foi reservado para visitar o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no município de Barreirinhas, no litoral do Maranhão e a leste da capital São Luís. As paisagens são formadas por dunas e lagoas criadas pelas chuvas. De Barreirinhas, a chama rumou para o rio Preguiças, Farol do Mandacaru, Lagoa Azul e Vila de Atins. O artesanato da fibra de buriti, palmeira típica da região, foi representado na figura de José Domingos, artesão local e um dos condutores da tocha. Moradores do povoado de Mandacaru tocaram "Vida de Viajante" e outros clássicos brasileiros para recepcionar a chama. A passagem pelos Lençóis Maranhenses contou com a participação de 15 condutores, com mais de 340 quilômetros percorridos pelo comboio.

José Mota nas dunas de Vassouras, no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses
A tocha olímpica desbravou as dunas de Vassouras, no Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, a bordo de um buggy. Foto: André Luiz Mello / Rio 2016

12 de junho - São Luís (MA)

São Luís recebeu a tocha olímpica com grupos de bumba meu boi em frente à prefeitura de São Luís. Na Praça D. Pedro II, atores representaram personagens históricos da cidade, como o general francês Daniel de La Touche, a rainha Maria de Medici, a proprietária de terras Ana Jansen, o governador Benedito Leite, o poeta Gonçalves Dias, a romancista Maria Firmina e a escrava Catarina Mina. Dois momentos do trajeto chamaram a atenção: o pedido de casamento do condutor Romeu Matos à sua companheira, a também condutora Samya Taliani Silva, e os óculos de realidade virtual usados pela desenvolvedora de games Ana Ribeiro, que também foi escolhida para participar do revezamento. A ala Ilziane, da seleção de basquete, a armadora Ana Paula, da seleção de handebol e a ex-jogadora de handebol Silvia Pitombeira, que defendeu a seleção em Londres 2012, estiveram entre as condutoras. O palco da celebração foi montado na praça Gonçalves Dias, também conhecida como Praça dos Amores, em direção ao palco da celebração. Antes do acendimento da pira, a Praça Maria Aragão já abrigava as apresentações de Mano Bordes, do bloco tradicional Os Feras e dos grupos de bumba meu boi Nina Rodrigues, Brilho da Ilha, Boi Pirilampo e Maracanã. Uma festa junina encerrou o evento. Saiba mais na matéria da TV Brasil:

11 de junho - Palmas (TO)

Primeira cidade da região Norte a ser visitada, a viagem para Palmas iniciou o deslocamento aéreo da tocha olímpica. De acordo com o Comitê Rio 2016, "com as grandes distâncias entre as cidades desta região, os próximos dias serão iniciados com o deslocamento por avião, até o desembarque no município onde será realizado o revezamento". Depois do desembarque, a tocha seguiu para o bairro de Taquaralto, ponto de partida para o percurso. Depois de passar pelas mãos de 129 condutores, entre eles a ciclista Janildes Silva, que está indo para sua quarta participação em Jogos Olímpicos no ciclismo, e o atleta indígena Ismael Suzawre Xerente, artilheiro do time de futebol de sua etnia, campeã da modalidade nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. A celebração aconteceu na praia da Graciosa, no rio Tocantins, que corta a cidade.

Palmas (TO) recebeu a tocha olímpica, em seu 40º dia de revezamento pelo país
Palmas (TO) recebeu a tocha olímpica, em seu 40º dia de revezamento pelo país. Foto: Ivo Lima / ME

10 de junho - Piracuruca (PI), Piripiri (PI), Campo Maior (PI), Altos (PI) e Teresina (PI)

Com direito a inauguração de um novo pórtico em homenagem à passagem da chama, Piracuruca foi a primeira cidade do dia de revezamento da tocha. A quadrilha Remelexo do Sertão apresentou a dança da Deusa das Sete Cidades, criada exclusivamente para o evento. O grupo Escravos Brancos também mostrou sua capoeira, e uma exposição dos produtos derivados da carnaúba, planta tradicional da região, foi montada pelas ruas da cidade. Um dos pontos visitados foi o Parque das Sete Cidades, criado em 1961 para proteger as formações rochosas de uma área que tem cerca de 200 milhões de anos. Em Piripi, a população compareceu em peso na praça de celebração. Capoeira e grupos de dança de rua fizeram parte do percurso do fogo olímpico por Campo Maior. O palco da celebração de encerramento em Altos contou com shows de artistas locais, forró, dança e capoeira, com apresentação da drag queen Maria dos Prazeres. O comboio chegou à capital Teresina no começo da noite, embalada por quadrilhas e pelo bumba meu boi. Na festa de encerramento, a chama foi recebida pelo grupo folclórico Congo de Oeiras. Após o acendimento da pira, apresentações de reisado e bumba meu boi, além dos shows do Coral de Vaqueiros e da Orquestra Filarmônica de Teresina. A Ponte Estaiada foi iluminada com as cores dos anéis olímpicos.

A tocha passou pelo Parque Nacional das Sete Cidades, que fica em Piracuruca (PI
A tocha passou pelo Parque Nacional das Sete Cidades, que fica em Piracuruca (PI) e foi criado em 1961 para proteger as formações rochosas de uma área que tem cerca de 200 milhões de anos. Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

9 de junho - Massapê (CE), Granja (CE), Camocim (CE), Barroquinha (CE) e Parnaíba (PI)

Massapê preparou um pódio com medalhas Olímpicas para a passagem do revezamento. Em Granja, a quadrilha Flor de Macaboqueira deu as boas vindas à tocha na entrada da cidade. Márcio Araújo, que participou de duas edições dos Jogos e ganhou medalha de prata em Pequim 2008, no vôlei de praia, participou do revezamento na cidade. Na praça da celebração, moças vestidas como deusas gregas fizeram uma performance com tochas produzidas com materiais reciclados. Os mascotes Vinicius e Tom foram representados por duas crianças fantasiadas. A última cidade do Ceará foi Camocim, que fez uma decoração inspirada nos Jogos, com aros olímpicos e faixas. Palcos com shows de artistas locais, banda marcial e grupo de dança animaram o percurso. Em frente à Ilha do Amor, encontro do mar com o Rio Coreaú, jangadas navegavam com velas pintadas nas cores dos aros Olímpicos. No Delta do Parnaíba, que delimita os estados do Piauí e Maranhão, a tocha passou por cenários de dunas, mangues e ilhas pluviais, pelas mãos de dois condutores. Antes, o comboio passou por Barroquinha, que teve apresentação de capoeira, dança coreografada e banda marcial. Em Parnaíba, destino final do dia, a passagem foi embalada por quadrilhas juninas, o grupo Rei da Boiada e bumba-meu-boi. O destaque do dia foi a presença da judoca piauiense Sarah Menezes, medalha de ouro nos Jogos de Londres, em 2012.

Os condutores Pedro Silva e Rivelino Silva no Delta do Parnaíba (PI)
Os condutores Pedro Silva e Rivelino Silva no Delta do Parnaíba (PI). Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

8 de junho - Caucaia (CE), Itapajé (CE), Irauçuba (CE), Forquilha (CE) e Sobral (CE)

O revezamento da tocha olímpica começou o dia em Caucaia, passando pela praia do Cumcubo, principal praia do kitesurf do mundo. Ricardo Nascimento, do povo Weibe Tapeba conduziu a chama olímpica, mostrando elementos da cultura indígena, como a pintura, o cocar e os ornamentos tradicionais. De lá, seguiu para Itapajé. Conhecida por seu artesanato de redes, a tocha fez uma parada na cidade de Irauçuba. Em Forquilha, os esportes olímpicos foram homenageados em cada troca de condutor. Além disso, um monumento à tocha olímpica foi inaugurado na cidade. Sobral decorou sua Vila Olímpica, inaugurada há três meses, especialmente para a passagem da tocha. A celebração, que aconteceu na margem esquerda do Rio Acaraú, contou com apresentação de teatro de rua, de grupo de música infantil, show de artistas locais e quadrilhas juninas. O dia terminou depois de um percurso de 276 quilômetros entre as cinco cidades cearenses, com a participação de 112 condutores.

Forquilha, no Ceará, inaugurou um monumento para lembrar a passagem da tocha olímpica pela cidade
Forquilha, no Ceará, inaugurou um monumento para lembrar a passagem da tocha olímpica pela cidade. Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

7 de junho - Aracati (CE), Aquiraz (CE) e Fortaleza (CE)

Depois de passar pelo Rio Grande do Norte, a tocha olímpica chegou ao Ceará e passou pelas cidades de Aracati e Aquiraz antes de percorrer as ruas da capital Fortaleza. No gramado da Arena Castelão, a chama iniciou o trajeto pela cidade nas mãos do paratleta cearense Carlos Alberto Maciel, o Betão, nadador recordista dos 100 metros peito. Ao todo, a tocha olímpica percorreu três rotas em Fortaleza, num total de 35 quilômetros pelas mãos de 173 condutores - entre eles, a dupla do vôlei de praia Adriana Behar e Shelda, o cantor Toni Garrido, o técnico de basquete Alberto Bial e a ativista dos direitos das mulheres Maria da Penha Maia Fernandes. Leia mais na matéria da Agência Brasil.

Maria da Penha conduz a chama olímpica em Fortaleza (CE)
A biofarmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, líder de movimentos de defesa dos direitos das mulheres e cujo caso inspirou a criação da lei que leva seu nome, acendeu a pira na celebração de Fortaleza (CE). Foto: Fernando Soutello / Rio 2016

6 de junho - Lajes (RN), Angicos (RN), Assu (RN) e Mossoró (RN)

Este foi o último dia de viagem da tocha olímpica pelo Rio Grande do Norte, visitando quatro cidades: Lajes, Angicos, Assu e Mossoró. As casas de Lajes se enfeitaram para receber a tocha, que passou pela cidade ao som da banda marcial Juracy Soares. Angicos mostrou capoeira, forró, danças e dupla sertaneja durante todo o trajeto, que terminou na praça José da Penha. Conhecida pelo São João mais antigo do mundo, completando 290 anos em 2016, Assú deu as boas vindas ao fogo olímpico com quadrilhas e bandeirinhas nas cores dos aros olímpicos. Em Mossoró, cidade que fechou o giro potiguar, o espetáculo "Os 4 Atos da Liberdade" contou os feitos históricos da cidade, como o primeiro voto feminino, a libertação dos escravos cinco anos antes da Lei Áurea, a resistência ao bando de Lampião e o motim das mulheres.

Monsenhor Francisco Pinto, de 90 anos, dedicou 57 deles ao sacerdócio na cidade de Angicos (RN)
Monsenhor Francisco Pinto, de 90 anos, dedicou 57 deles ao sacerdócio na cidade de Angicos (RN): "Nunca pensei que a tocha passaria por aqui. Nem mesmo que eu iria conduzi-la", admitiu. Foto: André Luiz Mello / Rio 2016

5 de junho - Fernando de Noronha (PE)

A chama olímpica passou o domingo em um dos cenários mais paradisíacos do país: o arquipélago de Fernando de Noronha. Treze condutores participaram do revezamento, passando pela Praia do Sudeste, Ilhas Secundárias, praia da Cacimba, praia da Conceição e a praia do Sancho, conhecida como a mais bonita do mundo. Os animais foram os protagonistas do dia: na Praia do Sudeste, duas tartarugas assistidas pelo projeto Tamar acompanharam de perto o condutor Gilvanio da Silva, que é fiscal ambiental e nasceu na ilha. De lá, a tocha embarcou em uma saveiro para encontrar cerca de 50 golfinhos que nadavam na divisa entre os mares de dentro e de fora. O símbolo olímpico ainda cortou a orla da ilha de canoa havaiana e passou pelo forte e pela Vila dos Remédios.

Crédito do vídeo: Rio 2016

4 de junho - Mamanguape (PB), São José de Mipibu (RN), Parnamirim (RN) e Natal (RN)

Mamanguape foi a última cidade paraibana no caminho da tocha pelo país. Grupos de quadrilha empolgaram a população, que lotaram as ruas da cidade para ver o fogo olímpico passar. A celebração da cidade aconteceu em frente à Igreja Matriz de São Pedro e São Paulo. São José de Mipibu recebeu a tocha com uma orquestra sanfônica, formada por 19 crianças que tocam sanfonas, triângulos, zabumbas, agogôs e pandeiros. A cidade festejou a passagem do símbolo na praça em frente à igreja de Santana e São Joaquim. Parada obrigatória de Parnamirim, a tocha desbravou o maior cajueiro do mundo. A cidade potiguar também mostrou apresentações de coco, carimbó e xote das meninas. Em Natal, capital do 11º estado contemplado pelo revezamento até agora, a programação cultural começou na Ribeira e contou com a apresentação de artistas locais, forró pé de serra e grupos parafolclóricos do Bom Pastor e da UFRN. A medalhista olímpica no vôlei Virna, o ex-jogador de basquete Oscar Schmidt, considerado um dos maiores atletas no esporte de todos os tempos e o nadador paralímpico Clodoaldo Silva, com participação em quatro edições dos Jogos e  13 medalhas no currículo, participaram do revezamento em Natal. A cidade também homenageneou o pugilista norte-americano Muhammad Ali, falecido na noite anterior, com um minuto de silêncio. 

Tocha olímpica passa pelo maior cajueiro do mundo, em Parnamirim (RN)
Reinaldo Francisco, campeão mundial pelo Flamengo em 1981, foi o responsável por conduzir a tocha olímpica pelo maior cajueiro do mundo, que está localizado em Parnamirim, no Rio Grande do Norte. Foto: André Mourão / Rio 2016

3 de junho - Guarabira (PB), Sapé (PB) e João Pessoa (PB)

Antes de desembarcar em João Pessoa, a tocha olímpica parou nas cidades de Guarabira e Sapé. Na primeira, o destaque foi a passagem pelo Santuário de Frei Damião, que conta com um museu e uma estátua do frei capuchinho com 34 metros de altura. Em Sapé, atletas e uma banda receberam o fogo olímpico na entrada da cidade. Versos do poeta Augusto dos Anjos, nascido na cidade, foram declamados em uma das praças do local, com cidadãos vestidos com roupas da época. No fim da visita, adolescentes prepararam uma apresentação de boi folia. O revezamento pela capital pernambucana aconteceu debaixo de muita chuva: o caminho por João Pessoa começou na Casa da Pólvora e terminou na entrada da Ponta do Seixas, seguindo até o Busto de Tamandaré, local da celebração de encerramento. Zé Marco, medalha de prata no vôlei de praia em Sydney 2000, Aline Rosas, jogadora de handebol que esteve em duas Olimpíadas, e o ex-jogador de futebol Júnior, foram alguns dos atletas que participaram do revezamento. O percurso do 32º dia contou com 228 quilômetros, além de 174 condutores.

Tocha olímpica em Guarabira (PB)
Em Guarabira, destaque para a parada no Santuário de Frei Damião, projeto arquitetônico composto por um museu e uma estátua, de cerca de 34 metros de altura, em homenagem ao frade capuchinho. Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

2 de junho - Igarassu (PE), Pedras de Fogo (PB), Itabaiana (PB) e Campina Grande (PB)

A tocha olímpica deixou Pernambuco, fazendo sua última parada em Igarassu, e já está na Paraíba. O roteiro começaria em Olinda, mas a passagem da tocha foi cancelada em decorrência de fortes chuvas que castigaram a cidade. O frevo e a ciranda marcaram a despedida do fogo sagrado das terras pernambucanas. Também em Igarassu, a tribo indígena Ubirajara fez uma cerimônia de boas-vindas à tocha. Na chegada à Pedras de Fogo, primeira cidade da Paraíba, apresentações de maracatu rural e ginástica rítmica. Depois da visita a Itabaiana, a tocha chegou à Campina Grande, a terra do Maior São João do Mundo. Quadrilheiros e pessoas vestidas de cangaceiros e sanfoneiros que tocaram muito forró fizeram parte do trajeto. A tocha também passeou de lancha pelas águas do Açude Velho, nas mãos do portador Patrick Dornelles, que tem mucopolissacaridose.

Tocha olímpica em Campina Grande (PB)
Campina Grande, na Paraíba, recebeu a tocha um dia antes de começar a festejar o Maior São João do Mundo. Foto: Andre Mourão / Rio 2016

1º de junho - Porto de Galinhas (PE), Ipojuca (PE), Maracaípe (PE) e Nossa Senhora do Ó (PE)

Este foi o trigésimo dia de revezamento da chama olímpica pelo país. Até agora, já foram 110 cidades visitadas, mais de 9.600 quilômetros percorridos e 3.454 condutores (as informações são do Comitê Rio 2016). No primeiro dia de junho, a tocha passou pelo município de Ipojuca e as praias de Porto de Galinhas e Maracaípe. O fogo cruzou os cenários paradisíacos do dia em prancha de surfe, bugre, jangada e cadeira anfíbia. Piscinas naturais e áreas de mangue, no pontal do Maracaípe, estiveram no roteiro do dia. Um dos destaques ficou por conta do surfista de ondas gigantes Carlos Burle, que deslizou pelas ondas de Porto de Galinhas empunhando a tocha. A Orquestra Criança Cidadã Meninos de Ipojuca recebeu a tocha na cidade com música clássica.

Carlos Burle conduziu a tocha em Porto de Galinhas surfando
Conhecido por encarar ondas gigantes - entrou no Guinness Book por ter surfado uma onda de mais de 22 metros na Califórnia -, Carlos Burle levou a tocha olímpica no mar. Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

Marcos de Paula / Rio 2016

31 de maio - Gravatá (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE) e Recife (PE)

Gravatá também recebeu a tocha olímpica já em clima de festa junina: bandeirinhas e balões enfeitaram as ruas por onde o fogo olímpico passou. Jaboatão dos Guararapes foi a segunda cidade do dia. Depois de uma viagem de 35 quilômetros por todas as regiões da cidade, a tocha olímpica foi acesa no Marco Zero do Recife, dando fim ao revezamento na capital pernambucana, nesta terça-feira (31). O trajeto foi da zona norte à zona sul, atravessando a zona oeste e passando por bairros populares, até a orla marítima de Boa Viagem, quando retornou para o centro da cidade e teve como destino final o Recife Antigo, bairro que preserva as características históricas da capital pernambucana. Entre os 176 condutores, estavam anônimos e famosos, como a atriz Fabiana Karla e o artista plástico Romero Britto, ambos pernambucanos, até atletas inspiradores como Breno Viola, que tem síndrome de Down e é campeão mundial de judô, Yane Marques, medalhista de bronze no pentatlo moderno em Londres, e Roseane Ferreira dos Santos, a Rosinha, medalha de ouro nas Olimpíadas de Sidney (2000) em arremesso de peso e lançamento de disco. Olinda também deveria receber a Tocha Olímpica, mas o município cancelou a participação em decorrência dos temporais que causaram mortes e estragos na cidade nesta segunda-feira (30). Leia mais na matéria da Agência Brasil.

A pentatleta Yane Marques passa o fogo olímpico para a atleta paralímpica Rosinha, durante a passagem por Recife (PE)
A pentatleta Yane Marques passa o fogo olímpico para a atleta paralímpica Rosinha, durante a passagem por Recife (PE). Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

 

30 de maio - Murici (AL), União dos Palmares (AL), Garanhuns (PE), Lajedo (PE) e Caruaru (PE)

Em Murici, o reisado e o pastoril, fortes manifestações culturais locais, estiveram nas ruas, assim como a capoeira. Um dos pontos altos do dia foi a passagem pela Serra da Barriga, onde ficava o Quilombo dos Palmares, hoje patrimônio histórico do país. Religiosos de matriz africana fizeram uma saudação à chama, em evento que contou com apresentações de capoeira e afoxé. Reisados e a centenária orquestra Manoel Rabelo deram as boas-vindas à tocha em Garanhuns. De lá, a tocha seguiu para Lajedo. Terra das festas juninas, Caruaru antecipou os festejos por conta da visitante ilustre: com quadrilhas, bandeiras e forró, a cidade também homenageou seus artesãos - entre eles, Mestre Vitalino - e as esculturas de bonecos de barro. A canção "Vida do Viajante", de Luiz Gonzaga, chegou a ser entoada pela pessoas que acompanharam a passagem da tocha na cidade. A celebração de Caruaru reuniu 60 mil pessoas no Pátio de Eventos Luiz Gonzaga.

O condutor Francisco Neto na Serra da Barriga, em União dos Palmares (AL)
A tocha olímpica passou pela Serra da Barriga, em Alagoas, local que abrigou o Quilombo dos Palmares. Foto: Fernando Soutello / Rio 2016

 

29 de maio - Propriá (SE), São Sebastião (AL), Arapiraca (AL), São Miguel dos Campos (AL) e Maceió (AL)

Propriá foi a última cidade do estado de Sergipe na rota da tocha. Cruzando a fronteira com Alagoas, São Sebastião e Arapiraca deram início à viagem pelo oitavo estado (fora o Distrito Federal) visitado pelo símbolo olímpico. Na cidade sergipana, a tocha passeou de barco pelo rio São Francisco pela última vez. A população de São Sebastião apresentou rodas de capoeira, danças do carimbó e da farinhada. No Largo Muniz Falcão, rendeiras exibiam a arte de tecer com o bilro, junto com a celebração da tribo Karapotó. Depois pela passagem por Arapiraca, foi a vez de São Miguel dos Campos, que recebeu a tocha com fogos e música. Apresentações de hip hop, capoeira, coco de roda, quadrilha e balé fizeram parte do percurso. A passagem por Maceió começou na Pajuçara e terminou na Praça Multieventos, com direito a festival gastronômico e show da banda de música Mestre Bráulio Pimenta. A forte chuva que caiu sob a capital alagoana não impediu o revezamento entre os 110 condutores. 

28 de maio - Canindé de São Francisco (SE), Poço Redondo (SE), Nossa Senhora da Glória (SE), Nossa Senhora das Dores (SE) e Aracaju (SE)

A chama olímpica passou o dia no menor estado do Brasil, atingindo a marca de sete estados (além do Distrito Federal) visitados. A passagem por Sergipe começou cedo, no Canyon do Xingó, e terminou no platô da colina de Santo Antônio, em Aracaju. Na cidade de Canindé de São Francisco, atrações culturais e musicais embalaram a festa. Em Poço Redondo, alunos das escolas municipais e estaduais apresentaram xaxado, axé, dança de coco e teatro de mamulengos. Depois de passar por Nossa Senhora da Glória, a tocha chegou a Nossa Senhora das Dores, conhecida como capital do catolicismo no Nordeste, que mostrou samba de coco, reisado e suas procissões penitenciais. O trajeto na capital sergipana, debaixo de chuva, contemplou a igreja de Santo Antônio, o Mercado Municipal, a Câmara dos Vereadores e a Passarela do Caranguejo.

Tocha olímpica no Canyon do Xingó, em Sergipe
A tocha olímpica percorreu o Canyon do Xingó, em Sergipe, neste sábado (28). Foto: Fernando Soutello / Rio2016

27 de maio - Lagoa Grande (PE), Santa Maria da Boa Vista (PE), Orocó (PE), Cabrobó (PE) e Paulo Afonso (BA)

Conhecida como a capital da uva e do vinho do Nordeste, Lagoa Grande foi a primeira cidade do 25º dia de revezamento. Santa Maria da Boa Vista preparou um pórtico com duas tochas gigantes para recepcionar o fogo olímpico. O símbolo foi festejado pela cidade às margens do Rio São Francisco. Orocó preparou foguetório para a passagem do comboio, além de apresentações de ginástica rítmica, dança quilombola e dança indígena da Aldeia Trucá Tapera. O cordel, o frevo, a quadrilha e as bandas fizeram parte da programação da cidade de Cabroró. Para se despedir de vez da Bahia, a tocha foi acesa em Paulo Afonso depois de um salto de base jump de seu primeiro condutor. Depois, deslizou pelas águas do rio São Francisco no "carranca boat", versão adaptada do milenar dragon boat asiático. Encenações sobre o cangaço e a caatinga, além de crianças caracterizadas como São Francisco de Assis (o padroeiro da cidade) animaram o giro do símbolo pela última cidade baiana do roteiro. 

Tocha olímpica anda de "carranca boat"
Em Paulo Afonso (BA), a tocha olímpica foi conduzida a bordo do "carranca boat". Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

26 de maio - Jaguarari (BA), Juazeiro (BA), Sobradinho (BA) e Petrolina (PE)

A tocha começou o feriado de Corpus Christi enfrentando chuva e tempo frio em Jaguari. Pelo caminho da tocha,  vaqueiros da Caatinga, dançarinos de reisado e apresentações de xaxado. A trilha sonora da passagem por Juazeiro foi eclética: teve fanfarra, balé, percussão, quadrilha e bossa nova, em uma homenagem ao filho da terra João Gilberto. Um cortejo de vaqueiros esperou o comboio na entrada de Sobradinho. Na Praça dos Trabalhadores, várias barraquinhas ilustravam a cultura do cangaço, os vaqueiros, os frutos, a fauna, a flora e a arqueologia. Mudas de árvores nativas foram doadas aos moradores. A rota até a primeira cidade de Pernambuco - Petrolina - passou pelo Rio São Francisco. A chama foi conduzida de barco até a barragem da represa, onde passou pela eclusa para fazer a passagem de nível. A chegada do fogo olímpico foi saudada pelo berrante dos vaqueiros. Na cerimônia de celebração, música para todos os gostos: forró, axé, xote, maracatu, frevo e xaxado.

Luiz Silva na eclusa da barragem do Rio São Francisco, em Sobradinho (BA)
O condutor Luiz Silva levou a tocha olímpica até a eclusa da barragem do Rio São Francisco, em Sobradinho (BA). Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

25 de maio - Feira de Santana (BA), Riachão do Jacuípe (BA), Capim Grosso (BA) e Senhor do Bonfim (BA)

O 23º dia de revezamento da tocha começou com chuva, em Feira de Santana. Mas o tempo nublado não ameaçou a passagem da tocha e cerca de 2,5 mil pessoas se animaram a sair de casa para ver o símbolo olímpico de perto. Riachão do Jacuípe mostrou sua cultura, com sanfoneiros, baianas e enfeites temáticos nas praças da cidade. Em Capim Grosso, os grupos Espora de Prata e Laço de Couro acompanharam o trajeto montados em bois e cavalos. Um morador da cidade fez questão de se fantasiar de Vinicius, o mascote dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Na última parada do dia, a cidade de Senhor de Bonfim, o forró e os festejos juninos ditaram o ritmo. Muitos moradores da cidade vestiram os trajes tradicionais das festas de junho para recepcionar a tocha. O dia terminou com a celebração no Parque da Cidade. 

Único ciclista profissional da cidade, Ederlando da Silva, conhecido como Tio Patinhas, conduziu a tocha em Capim Grosso
Único ciclista profissional da cidade, Ederlando da Silva, conhecido como Tio Patinhas, conduziu a tocha pelas ruas de Capim Grosso em sua bicicleta. Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

24 de maio - Salvador (BA)

Ao som do tradicional batuque de tambores do Olodum, sob céu nublado e chuva fina, moradores e turistas receberam hoje (24) a Tocha Olímpica em Salvador. O trajeto do símbolo olímpico começou no Pelourinho, em frente à Fundação Casa de Jorge Amado. A tocha percorreu as ruas do centro histórico, passou pelo Largo do Terreiro de Jesus e chegou à Praça Municipal, em frente à sede da prefeitura de Salvador. Ao chegar ao Elevador Lacerda, a Tocha olímpica desceu os 72 metros em rapel e em seguida foi levada ao Mercado Modelo, na Cidade Baixa. Dali, percorreu ruas do comércio até a chegada a um dos principais pontos do primeiro trecho do percurso, a Colina da Montanha, que leva à Igreja do Bonfim, símbolo da fé e do sincretismo religioso do povo baiano. À tarde, a Tocha Olímpica seguiu da Avenida Paralela até a orla da cidade, no Jardim Armação e depois em direção ao bairro da Pituba. O roteiro da chama olímpica em Salvador incluiu o Dique do Tororó, onde foi levada em um barco a remo; a passagem por Salvador terminou na Avenida Centenário e no Farol da Barra. Leia mais na matéria da Agência Brasil

 

Allan do Carmo e Filhos de Gandhy em frente à Igreja do Senhor do Bonfim, em Salvador (BA)
Com vaga garantida nos Jogos do Rio, o maratonista aquático Allan do Carmo celebrou a tocha olímpica junto com os Filhos de Gandhy em frente à Igreja do Senhor do Bonfim. Foto: Andre Luiz Mello / Rio 2016

23 de maio - Lençóis (BA)

Em seu vigésimo dia, o revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016 contemplou os principais atrativos da Chapada Diamantina, parque composto por 24 municípios da Bahia: piscinas naturais, cavernas, cachoeiras, escaladas, trilhas e rapel. Na Gruta da Pratinha, a tocha desceu de tirolesa até o rio de águas cristalinas. Depois, foi a vez de visitar pela caverna Lapa Doce. Na passagem pelo Poço do Diabo, mais um voo em uma tirolesa. Fechando o roteiro de aventuras, o escalador Luis Silva desbravou as formações rochosas do parque empunhando a tocha. A cidade de Lençóis recebeu a chama olímpica com bandas, fanfarras, baianas caracterizadas e manifestações populares. Confira as imagens do dia no vídeo divulgado pelo Rio 2016:

22 de maio - Itacaré (BA), Camamu (BA), Ituberá (BA), Cairu / Morro de São Paulo (BA) e Valença (BA)

Em Itacaré, a tocha passou pela Avenida Boa Vista, pela Rua Castro Alves e terminou na Praça Nove de Julho, às margens do encontro do Rio de Contas com o mar. Os sinos da Igreja Matriz de São Miguel tocaram durante todo o percurso na cidade. Depois de passar por Camamu, o fogo chegou a Ituberá, onde um cordão humano formado por alunos das escolas municipais liberou o caminho dos condutores. O destaque do dia foi a descida na tirolesa do Mirante, em Morro de São Paulo (que pertence ao município de Cairu), que só termina no mar. O boxeador profissional Roger da Silva foi o responsável por levar a tocha na descida radical. Valença preparou foguetório para a chegada da tocha, no cais da cidade, com a presença do nadador Leonardo de Deus, classificado para os Jogos do Rio. A celebração aconteceu na praça da Bandeira. Na viagem pelas cinco cidades, a tocha percorreu mais de 250 quilômetros, sendo carregada por 64 pessoas.

Condutor Roger da Silva na Tirolesa do Mirante em Morro de São Paulo (BA)
Condutor Roger da Silva na Tirolesa do Mirante em Morro de São Paulo (BA). Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

21 de maio - Itambé (BA), Floresta Azul (BA), Ibicaraí (BA), Itabuna (BA) e Ilhéus (BA)

Com direito a alunos fantasiados de gregos para homenagear a tocha, a tocha começou o dia em Itambé, no sul da Bahia. De lá, seguiu para a pequena Floresta Azul, menor cidade nordestina na rota do revezamento, com 14 mil habitantes. Uma réplica da tocha foi instalada no chafariz da cidade. Ibicaraí montou estações com modalidades esportivas, como judô, levantamento de peso e ciclismo, com crianças vestidas com uniformes e trazendo os equipamentos esportivos. Mães e filhas de santo jogaram água de cheiro e pipoca na recepção do comboio. Em Itabuna, a concentração foi na Praça Olinto Leone, em festa embalada pelo afoxé. Ilhéus foi a última cidade do dia, e uma orquestra de berimbaus ditou o ritmo da visita ao Cristo da cidade. A pira foi acesa na Praça da Catedral São Sebastião, pelo ex-surfista Jojó de Olivença.

Mães e filhas de santo jogaram água de cheiro e pipoca na recepção do comboio em Ibicaraí (BA)
Mães e filhas de santo jogaram água de cheiro e pipoca na recepção do comboio em Ibicaraí (BA). Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

20 de maio - Eunápolis (BA), Itapetinga (BA) e Vitória da Conquista (BA)

O dia começou em Eunápolis, com direito a apresentações de bandas marciais, fanfarras e grupos de capoeira. O ponto de partida de Itapetinga foi a praça dos Pioneiros, mais conhecida como praça do Jegue. O condutor Deivid Ribeiro, nascido no campo e descendente de ciganos, conduziu o símbolo olímpico montado em uma jumenta. Antes de seguir para Vitória da Conquista, a tocha parou no Parque Poliesportivo da Lagoa, onde aconteceram apresentações musicais, uma pequena peça teatral, uma orquestra de berimbaus e a execução do hino da cidade. Acompanhada de perto por motociclistas e bicicletas, a tocha encerrou o trajeto em Vitória da Conquista, que homenageou o cineasta Glauber Rocha, nascido na cidade. Após o acendimento da pira de celebração, foram projetadas imagens com referências a filmes e a vida do cineasta. A programação incluiu também um festival de artes marciais.

Deivid Ribeiro, montado na jumenta Mariazinha, desfilaram pelas ruas de Itapetinga (BA)
Deivid Ribeiro, montado na jumenta Mariazinha, desfilaram pelas ruas de Itapetinga (BA). Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

19 de maio - Teixeira de Freitas (BA), Itamaraju (BA), Santa Cruz Cabrália (BA) e Porto Seguro (BA)

A tocha chegou à Bahia na quinta-feira (19), começando sua viagem pelo sul do estado. A primeira cidade nordestina a recebê-la foi Teixeira de Freitas, que contou com uma sinfonia de violinos, queima de fogos e muita gente nas ruas. Em Itamaraju, crianças cantaram quando o fogo olímpico passou em em frente à igreja de São Cosme e São Damião. Índios da etnia pataxó fizeram uma oração de proteção à chama. O destaque da passagem por Arraial D’Ajuda foi a presença do índio Itaguari Brás Ferreira, campeão do arremesso de lança nos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. Depois de chegar em Santa Cruz de Cabrália de balsa, a tocha foi recebida em um túnel com tocadores de berimbau, que escoltou o primeiro condutor. O destino final do 17º dia de revezamento foi Porto Seguro, começando pelo marco do Descobrimento, no centro histórico, e terminando na Passarela do Descobrimento. 

Itaguari Braz, índio pataxó, conduziu a tocha em Arraial D'Ajuda
Itaguari Braz, índio pataxó, conduziu a tocha em Arraial D'Ajuda, distrito de Porto Seguro (BA). Foto: Marcos de Paula / Rio 2016

18 de maio - Serra (ES), Aracruz (ES), Colatina (ES), Linhares (ES) e São Mateus (ES)

O 16º dia de revezamento marcou a despedida do fogo olímpico do Espírito Santo - até agora, 59 municípios já foram visitados pelo símbolo dos Jogos Olímpicos, totalizando cinco mil quilômetros pelo Brasil e 1.958 condutores. Em seu giro final pelo estado, a tocha passou por Serra, Aracruz, Colatina, Linhares e São Mateus. Em Serra, o destaque foi a parada na estátua de Chico Prego, monumento que homenageia o líder da Insurreição de Queimados e que foi erguido no mesmo local onde o escravo foi enforcado. Em Aracruz, a chegada da tocha marcou o início dos Jogos Escolares do Espírito Santo. A tocha passou por pontos da cidade como a praça São Jão Batista e a praça da Paz. Três escolas de samba receberam o fogo em Colatina, ditando o ritmo da festa que tomou a cidade. A catedral Sagrado Coração de Jesus fez parte do roteiro. O revezamento em Linhares começou na Praça do Skate e escoteiros fizeram escolta para a tocha na cidade. Em São Mateus, última cidade capixaba do roteiro, a praia de Guriri foi o ponto de partida. O último destino foram as ruínas da Igreja Velha, templo projetado pelos jesuítas, mas jamais concluído.

Passagem da tocha olímpica por Serra (ES)
Maria Felipe do Carmo em frente à estátua de Chico Prego, marco da Insurreição dos Queimados e que fica em Serra (ES). Foto: Rio 2016 / Marcos de Paula

17 de maio - Guarapari (ES), Vila Velha (ES) e Vitória (ES)

O destaque do dia foi a chegada da chama olímpica à costa brasileira. A tocha foi conduzida de stand up paddle, canoa havaiana e cadeira anfíbia, adaptada para que cadeirantes possam entrar no mar. Por terra, o trajeto incluiu condutores de bicicleta e skate. Guarapari, uma das cidades mais antigas do país, abriu o revezamento, com direito à passagem pela orla da Praia do Morro. O percurso entre Vila Velha e Vitória foi feito de barco. Recebida pela população da capital capixaba no píer da Rua Marilia de Rezende Scarton Coutinho, a tocha passou pelas mãos do tenista Bruno Soares, dos jogadores de vôlei de praia Alison, Bruno Schmidt e Ricardo e da bodyboarder Neymara Carvalho. 

Passagem da tocha olímpica por Vitória (ES)
A tocha Olímpica conduzida por Ludmilla Gomes no stand up paddle, em Vitória. Foto: Divulgação / Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016

16 de maio - Bicas (MG), Leopoldina (MG), Muriaé (MG), Itaperuna (RJ), Bom Jesus de Itabapoana (RJ) e Cachoeiro de Itapemirim (ES)

Foram seis cidades de três estados em um único dia. Na despedida de Minas Gerais, a tocha passou por Bicas, Leopoldina e Muriaé. Em dez dias de viagem pelo estado, a tocha cruzou 32 cidades e passou pelo Instituto Inhotim. Ao pisar pela primeira vez em solo fluminense, nas cidades de Itaperuna e Bom Jesus de Itabapoana, a chama olímpica foi recebida por fanfarras e até quadrilha de festas juninas. No fim do dia, o comboio desembarcou no Espírito Santo, chegando em Cachoeiro do Itapemirim. Conhecida por ser a cidade natal do cantor Roberto Carlos, que foi homenageado. Crianças se vestiram como o cantor e um casal dançava em frente aos músicos, que tocavam as famosas canções do artista.

Passagem da tocha olímpica por Cachoeiro do Itapemirim (ES)
A obra do cantor Roberto Carlos foi reverenciada durante a passagem da tocha olímpica pela Casa de Cultura Roberto Carlos, em Cachoeiro do Itapemirim. Foto: Divulgação / Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016

15 de maio - São João del Rei (MG), Tiradentes (MG), Barbacena (MG) e Juiz de Fora (MG)

O 13º dia de revezamento começou com a visita à Igreja Matriz de São Francisco de Assis, em São João del-Rei; a travessia entre as cidades feita pela Maria Fumaça, percorrendo a estrada de ferro Oeste de Minas Gerais, inaugurada em 1881; e a chegada na Igreja Matriz de Santo Antônio, em Tiradentes. A virada dos sinos recebeu o símbolo no centro histórico de São João del-Rei, além de tapetes de rua temáticos. Em Tiradentes, o destaque foram as congadas. Em Barbacena, a jogadora de vôlei Sassá foi uma das primeiras condutoras. Encerrando o dia, o fogo olímpico chegou em Juiz de Fora, seguindo do Parque da Lajinha até o Terreirão do Samba. Nomes como Andrade, ex-jogador de futebol, Márcia Fu, jogadora de vôlei aposentada, Carlos Oscar Niemeyer, neto do arquiteto e organizador de Cavalgadas Culturais na região, e André Nascimento, do vôlei, foram alguns dos 109 condutores do dia.

14 de maio - Contagem (MG) e Belo Horizonte (MG)

A terceira capital estadual do caminho da tocha foi Belo Horizonte. O trajeto teve início pela orla da Lagoa da Pampulha. O ponto de partida foi o Museu de Arte da Pampulha. Pontos turísticos como a Casa do Baile, o Mineirão e a Igrejinha da Pampulha fizeram parte do trajeto, que contemplou as praças do Papa, da Bandeira e da Liberdade. Entre os integrantes do revezamento da tocha olímpica, em Belo Horizonte, também estavam famosos como a cantora Paula Fernandes, o ex-jogador de vôlei Nalbert, a jogadora de vôlei Sheila Castro e a paratleta Terezinha Guilhermina. Um show da banda Jota Quest na praça da Estação encerrou o giro. A passagem da tocha pela capital mineira também despertou manifestações sobre a situação política do país. Leia mais na matéria da Agência Brasil.

Passagem da tocha olímpica por Belo Horizonte (MG)
Nascida em Sete Lagoas (MG) e moradora da capital mineira, a cantora Paula Fernandes recebeu o fogo olímpico em frente à Igrejinha da Pampulha. Foto: Divulgação / Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016

13 de maio - Ouro Preto (MG), Itabirito (MG) e Instituto Inhotim/Brumadinho (MG)

Na cidade histórica de Ouro Preto, a tocha passou por igrejas e prédios barrocos, como a Igreja de São Francisco de Assis, obra de Aleijadinho e Mestre Ataíde, a praça Tiradentes e o Museu da Inconfidência. Fanfarras de estudantes e o bloco do Zé Pereira dos Lacaios, o bloco carnavalesco mais antigo em atividade no país, embalaram a visita da chama. Depois de cruzar as ruas de Itabirito, o símbolo chegou a Brumadinho, parando no Instituto Inhotim, passando pelas instalações e obras do museu a céu aberto. Classificado para nadar os 50m livre, o nadador Ítalo Manzine foi um dos condutores desta parte do percurso. 

12 de maio - Naque (MG), Coronel Fabriciano (MG) e Itabira (MG)

Metade dos oito mil habitantes da pequena cidade de Naque receberam a tocha olímpica. A cidade se enfeitou para o momento histórico, com aros olímpicos feitos de balões, tochas de papel e pintura dos mascotes e símbolos olímpicos pelas ruas. Congadeiros, pétalas de rosas jogadas por um helicóptero, duas estátuas humanas e a marcha atlética, nas mãos do marchador Rudney Nogueira, marcaram o evento em Coronel Fabriciano. A cidade natal de Carlos Drummond de Andrade celebrou seu filho mais conhecido na passagem da tocha: os "Drummonzinhos" de Itabira escoltaram a tocha do memorial que leva o nome do poeta até o Pico do Amor. O símbolo ainda passou pela antiga Maria Fumaça do local, fabricada na década de 1940. O décimo dia contou com a participação de 85 condutores. 

Passagem da tocha olímpica por Itabira (MG)
A corredora de rua Larissa Quintão entre os "Drummonzinhos", crianças vestidas com roupas da época da infância do poeta durante o percurso de Itabira. Foto: Divulgação / Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016

11 de maio - Datas (MG), Serro (MG), Guanhães (MG) e Governador Valadares (MG)

As bandas Lira de São Gonçalo e Santa Cecília fizeram as honras da casa em Datas, cidade que abriu o nono dia de revezamento da tocha olímpica. De lá, o símbolo seguiu para Serro, primeira cidade do país inscrita na lista do patrimônio histórico brasileiro. Os catopês, marujos e caboclos do congado ditaram o ritmo da festa em Serra. Em Guanhães, o ponto de celebração foi a Praça JK, que recebeu a Fanfarra de Guanhães e a Escola de Samba Vai Quem Quer. Indígenas da aldeia Miruera Pataxó também acompanharam o trajeto. Na cidade-celebração do dia, Governador Valadares, a tocha foi conduzida de parapente, partindo do Pico da Ibituruna, e andou de bicicleta. A responsável por acender a pira foi a campeã olímpica do vôlei Adenízia Ferreira.

Em Governador Valadares, tocha olímpica voou de parapente
O instrutor de parapente Moisés Sodré conduziu a tocha pelos ares, em Governador Valadares (MG), acompanhado por 29 pilotos durante o voo. Foto: Divulgação / Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016

10 de maio - Bocaiúva (MG), Couto de Magalhães de Minas (MG), Diamantina (MG), Curvelo (MG)

A população de Bocaiuva engajou-se para receber a tocha, em seu oitavo dia de revezamento: mais de 200 pessoas formaram um cordão humano para liberar o caminho dos condutores da cidade. Na cidade seguinte, Couto de Magalhães, manifestações folclóricas como a Marujada, as pastorinhas e a cavalgada mineira acompanharam a chama em seu trajeto. Em Diamantina, uma viagem no tempo: as ruas históricas foram tomadas por pessoas usando roupas de época, ao som da Vesperata - na tradição da cidade, músicos tocam das sacadas das casas antigas. Curvelo preparou uma lira musical em frente à Basílica de São Geraldo. O destaque do dia foi a presença de Bianca Lins, professora de português e a primeira transexual a conduzir a tocha.

Passagem da tocha olímpica por Diamantina (MG)
Em Diamantina, a tocha olímpica foi embalada pelo som da Vesperata: um dos momentos marcantes foi a passagem pela rua da Quitanda, embalada pela música “Carruagens de Fogo”, hino de corridas e maratonas

Divulgação / Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016

9 de maio - Varjão de Minas (MG), Pirapora (MG) e Montes Claros (MG)

O dia começou com a passagem da tocha por Varjão de Minas, oitava cidade mineira a receber a chama olímpica. O ápice do sétimo dia de revezamento foi o embarque no Benjamim Guimarães, único barco a vapor que continua na ativa em todo o mundo, sempre deslizando pelas águas do Rio São Francisco. O ex-jogador do Flamengo Luiz Henrique, o halterofilista paralímpico Thiago Bonfim e a ex-jogadora de handebol Cristina Landgraf engrossaram o time de condutores do dia. Recebida por grupos de fitas em Montes Claros, a tocha percorreu cerca de 17 quilômetros da cidade do norte de Minas. 

Tocha olímpica às margens do Rio de São Francisco, em Pirapora (MG)
O ex-jogador de futebol, Luiz Henrique, posa com a tocha na beira do Rio São Francisco, em Pirapora (MG). Foto: Divulgação / Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016

8 de maio - Uberaba (MG), Araxá (MG), Serra do Salitre (MG), Patrocínio (MG) e Patos de Minas (MG)

A tocha olímpica seguiu a rota por Minas Gerais neste domingo. Em Uberaba, foi criado um monumento em homenagem à tocha. Após sair da cidade, a chama seguiu pela região do Triângulo Mineiro. Diversos moradores tiveram a oportunidade de carregar o artefato pelas ruas. Entre os atletas, José Rodrigues (que vai disputar as Paralimpíadas pelo Arremesso de Dardo) participou da festa. Nesta segunda-feira, a tocha segue por Minas Gerais.

7 de maio - Pires do Rio (GO), Ipameri (GO), Goiandira (GO), Araguari (MG) e Uberlândia (MG)

No quinto dia de revezamento, a tocha olímpica cruzou a fronteira entre Goiás e Minas Gerais. Pires do Rio, Ipameri e Goiandira foram as últimas cidades goianas a receber o símbolo dos Jogos. A passagem da tocha por Araguari, primeira cidade da região Sudeste do roteiro, foi marcada pela chegada a cavalo na prefeitura da cidade, ao som das fanfarras da cidade. A população de Uberlândia se reuniu no ginásio Sabiazinho para festejar a chegada do fogo olímpico, e saiu para o percurso pelas ruas da cidade escoltada por um grupo de cem ciclistas. O último condutor do dia foi o halterofilista paralímpico Montanha, bronze no Parapan de Toronto.

A população de Ipameri (GO) lotou as ruas da cidade para ver a tocha olímpica
A população de Ipameri (GO) lotou as ruas da cidade para ver a tocha olímpica. Foto: Divulgação / Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016

6 de maio - Trindade (GO), Aparecida de Goiânia (GO), Piracanjuba (GO), Morrinhos (GO) e Caldas Novas (GO)

Em seu terceiro dia de viagem pelo estado de Goiás, a tocha olímpica chegou a cinco cidades: Trindade, Aparecida de Goiânia, Piracanjuba, Morrinhos e Caldas Novas, onde irá pernoitar. Em Trindade, a chama foi recebida por moradores da cidade vestidos de romanos, como também fazem para receber peregrinos do Santuário do Divino Pai Eterno. Um carro de boi também foi usado para levar a tocha pelas ruas da cidade. Um grupo de catira, dança típica em que homens marcam os passos com os pés tocando viola e violão, fez as honras da casa em Aparecida de Goiânia. O som que embalou a passagem por Piracanjuba foi o do maculelê, ritmo de origem afro-indígena. As mulheres do tear, tradição de Piracanjuba, também marcaram presença. Cerca de 20 mil pessoas deram as boas-vindas à tocha em Caldas Novas, cidade das águas termais, onde estava previsto a descida a tocha olímpica em um toboágua. Os condutores mais conhecidos desta sexta foram o ex-jogador de futebol Wilson Goiano e o artista plástico Siron Franco.

População de Morrinhos espera a chegada da tocha olímpica
A população de Morrinhos (GO) concentrou-se em frente à sua réplica do Cristo Redentor para receber a tocha olímpica. Foto: Divulgação / Revezamento da Tocha Olímpica Rio 2016

5 de maio - Itaberaí (GO), Goiás Velho (GO), Inhumas (GO) e Goiânia (GO)

No dia 5 de maio, a tocha olímpica continua a tour no estado de Goiás. Entre as cidades que a chama vai passar estão a histórica Goiás Velho e a capital Goiânia. 

4 de maio - Corumbá, Pirenópolis e Anápolis (GO)

Nas primeiras cidades do estado de Goiás, a tocha olímpica visitou a cachoeira Salto do Corumbá, desceu a cachoeira do Abade de rapel, subiu de balão pelo céu de Pirenopólis e passou pelo topo das árvores, em uma trilha de arvorismo. A tradição também se fez presente: houve apresentações das Cavalhadas de Corumbá e Pirenópolis, que são representações das batalhas entre mouros e cristãos do século 13, e das pastorinhas típicas da Festa do Divino, uma manifestação religiosa da região. Keila Silva, da luta olímpica, a ciclista Raiza Gulão, o ex-jogador de futebol Sandro Goiano e os cantores Zezé DiCamargo e Luciano participaram do revezamento do dia, com cerca de 280 quilômetros de extensão. Anápolis, "cidade-dormitório" do dia, recebeu a tocha com fogos de artifício. Leia mais.

Cidade histórica de Goiás, Pirenópolis recebe a tocha olímpica
Cidade histórica de Goiás, Pirenópolis recebeu a tocha olímpica no segundo dia de revezamento. Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

 

3 de maio - Brasília (DF)

O ponto de partida do caminho da tocha pelo Brasil foi a capital. O avião, vindo da Suíça, pousou em solo brasileiro às 7h25. Depois de uma cerimônia no Palácio do Planalto, teve início o revezamento, cortando 105 quilômetros do Distrito Federal. A tocha passou por 24 pontos e cinco regiões administrativas. Entre os condutores, nomes de peso do esporte, como Fabiana, Gabriel Medina, Vanderlei Cordeiro de Lima, Paula Pequeno, Adriana Araújo, Thiago Pereira, Alan Fonteles e Joaquim Cruz. O percurso terminou com quase três horas de atraso, com a celebração na Esplanada dos Ministérios. Leia mais.

A jogadora de vôlei Fabiana, central da seleção brasileira, abriu o revezamento da tocha olímpica pelo país
A jogadora de vôlei Fabiana, central da seleção brasileira, abriu o revezamento da tocha olímpica pelo país. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

*mapa desenvolvido pelo Ministério do Turismo

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