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Cinco momentos que fizeram da Rio 2016 uma Olimpíada LGBT
Criado em 19/08/16 16h53
e atualizado em 19/08/16 18h39
Por Estagiária Renata Bustamante com a supervisão de Patrícia Serrão
Fonte:Portal EBC*
Entre os episódios que marcaram a Rio 2016 e sua proximidade com as causas "gay friendly" estão desde pedidos de casamento, até homenagens e demonstrações de afeto entre os atletas mundiais de diferentes modalidades.
Relembre cinco momentos que marcaram os jogos com exemplos de respeito à diversidade:
1- Transgêneros participam do revezamento da tocha olímpica
Laerte, cartunista e chargista, participou do revezamento da tocha olímpica e destacou a importância de fazer parte desse momento. “Eu sou muitas pessoas. Sou artista, jornalista, sou uma pessoa transgênero também. A segunda pessoa transgênero a conduzir a tocha. Isso tem um sentido, um significado de que o Comitê compreende a questão das pessoas transgêneras”.
A primeira a representar a comunidade LGBT durante o revezamento foi Bianka Lins, professora transexual mineira. Não foram apenas as duas que tiveram esse privilégio: Jordhan Lessa, guarda municipal transexual, participou do evento já no Rio de Janeiro.
2- Homens anônimos se beijam nas ruas da cidade sede
Na Cidade Maravilhosa, dois homens se beijaram nas ruas de Ipanema durante o revezamento. Eles não tiveram os nomes ou as orientações sexuais reveladas.
3- Modelo transexual participa da cerimônia de abertura do Jogos
De bicicleta, Lea T. esteve à frente da delegação brasileira durante a cerimônia de abertura dos Jogos no estádio do Maracanã. “Estou superfeliz com o convite e consciente da responsabilidade que é estar em um evento tão importante como esse, não só pela história das Olimpíadas, mas também pelas Paralimpíadas”, disse a modelo.
4 – Pedido de casamento olímpico
Marjorie Enya, voluntária na Rio 2016, pediu em casamento a namorada, Izzy Cerullo, atleta da equipe brasileira de rugby. Foi uma surpresa para a amada e para todos. Depois de ouvir o “sim”, o beijo das duas correu o mundo.
5 – Atletas não escondem orientações sexuais
A primeira medalhista de ouro do Brasil na competição, a judoca Rafaela Silva, falou abertamente sobre a importância da namorada, Thamara Cezar em sua trajetória. As duas estão juntas há três anos. Larissa França e Lili Maestrini, jogadoras brasileiras de vôlei de praia, são casadas. O paraense Ian Matos, dos saltos ornamentais, e Julia Vasconcelos, do taekwondo, também assumiram a homossexualidade.
A lista continua e conta com nomes como o britânico Tom Daley, dos saltos ornamentais; a americana Elena Delle Donne, do basquete; a britânica Nicola Adams, do boxe; as britânicas Helen Richardson e Kate Walsh, do hóquei sobre grama.
“É o reconhecimento de uma identidade que sempre ficou marginalizada. Elas estarem lá é reconhecer que essas pessoas são cidadãs, que merecem estar ali ou em qualquer lugar onde elas queiram estar. É uma questão de reconhecimento e empoderamento. Isso é muito importante neste momento de retrocesso que vivemos, com políticos ainda com pensamentos muito retrógrados”, destaca Renata Feital, socióloga, professora da Universidade Veiga de Almeida.
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