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Judocas brasileiros enfrentam desafios pessoais às vésperas da luta pelo ouro
Criado em 04/08/16 18h37
e atualizado em 04/08/16 18h53
Por Edgard Matsuki
Edição:Leyberson Pedrosa
Uma das maiores esperanças do Brasil nos Jogos Olímpicos, a judoca Sarah Menezes começa uma batalha pessoal dias antes das competições. Como luta na categoria mais leve do judô, ela não pode ultrapassar 48 quilos de peso corporal.
Segundo a atual campeã olímpica, a receita é simples: não beber e não comer nada por cerca de um dia. O jejum vai durar até o momento da pesagem, que acontece nesta sexta-feira (05), véspera dos combates.
“No momento, eu estou no peso, mas tenho que manter. Depois da pesagem, muita hidratação e fazer as coisas com calma”
Se a balança é percalço para Sarah, o mesmo não se pode dizer em relação ao nervosismo por atuar em casa e por ser a última campeã.
“Tem pressão com certeza, mas procuro não ficar com isso na cabeça. Eu vou deixar a pressão de lado e vou entrar só para lutar. Agora eu sou a atleta a ser batida. Sou a campeã olímpica. Mas eu também sou tranquila neste aspecto”.
Apesar da aparente tranquilidade, a judoca reconhece que terá adversárias duras no caminho do bicampeonato. “É difícil falar sobre favoritas. Na minha categoria tem mais de dez atletas que podem surpreender. Mas não me preocupo até porque não é escolha. Se fosse, eu me preocupava”, aponta.
Felipe Kitadai vence lesão no ombro
Assim como Sarah, Felipe Kitadai (bronze em Londres) também luta no sábado. Apesar de estar na categoria mais leve do masculino (até 60 quilos) nas Olimpíadas, ele diz não ter problemas com a balança. Para o atleta, o principal inimigo já foi batido: uma lesão no ombro às vésperas dos Jogos Olímpicos.
“Eu tive um problema no ombro, mas graças a Deus e a ajuda de profissionais que trabalharam comigo dia e noite, estou recuperado. Pouca gente acreditava que eu ia voltar com uma lesão daquelas em 40 dias. Mas foi um momento de superação e estou 100%. Meu ombro está zero”, afirma.
Sobre adversários, ele lista três grandes oponentes: “O japonês [Naohisa Takato], campeão mundial de 2013, o do Cazaquistão [Yeldos Smetov], campeão mundial de 2015 e o do Azerbaijão [Orkhan Safarov], campeão mundial masters, são os mais cotados para medalhas”.
Porém, nenhum dos adversários terá tanta ajuda da torcida, o que para Felipe é importante: “A torcida só tem o que acrescentar quando lutamos em casa. Quando a gente está sem força, é empurrado e dá o máximo”, diz
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