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Seleção feminina se mantém invicta em estreias de Jogos Olímpicos

Criado em 03/08/16 22h10 e atualizado em 03/08/16 22h45
Por Nathália Mendes- Enviada especial do Portal EBC Edição:Líria Jade Fonte:Portal EBC

Com três pontos na conta e já na liderança do Grupo E, a seleção feminina driblou a pressão de estrear em casa, jogando para um público de 27.618 espectadores que foram ao Estádio Olímpico - mais conhecido como Engenhão - para o início dos jogos de futebol nos Jogos Olímpicos do Rio 2016. A vitória por 3 a 0 sobre a China confirmou uma escrita que se mantém desde 1996: o Brasil segue sem jamais ter sido derrotado em estreias olímpicas.

Uma das poucas seleções que esteve presente em todas as edições do torneio, junto com Estados Unidos e  Suécia, o Brasil acumula quatro vitórias e dois empates. É inédito um 3 a 0 da seleção feminina em sua primeira exibição no torneio olímpico.

No primeiro jogo do selecionado nacional na história dos Jogos, em 1996, ano em que o futebol feminino entrou para o programa olímpico, empate em 2 a 2 com a Noruega. Em Sydney 2000, veio a primeira vitória: 2 a 0 em cima da Suécia.

O time subiria ao pódio com a medalha de prata no peito nas duas edições seguintes - Atenas (2004) e Pequim (2008) -, até então os melhores resultados do país no futebol das mulheres. Nos Jogos de 2004, a estreia foi com vitória pelo placar mínimo em cima da Austrália. Quatro anos depois, as brasileiras não saíram do zero a zero com a Alemanha, então campeãs do mundo.

O placar mais elástico da série viria na primeira partida dos Jogos de Londres, em 2012, quando o Brasil atropelou a seleção de Camarões por 5 a 0. O resultado carioca passa a figurar como o segundo melhor do Brasil em estreias.

Elas também estrearam

Além de começar uma trajetória que pode culminar na tão sonhada medalha dourada, o duelo contra as chinesas foi ainda mais marcante para nove jogadoras mandadas a campo pelo técnico Vadão. Mônica, Rafaelle, Poliana, Tamires, Thaísa, Andressinha, Beatriz, Andressa Alves e Debinha disputaram a primeira partida de suas carreiras em Jogos Olímpicos. O grupo das 11 "calouras" ainda conta com Aline e Raquel, que ficaram no banco.

"Toda preparação que tivemos ao longo desses dois anos valeu muito a pena. Eu amadureci muito como atleta. Mas aquele frio na barriga, aquele nervosismo do primeiro jogo, ainda existe. É impossível não ter este sentimento, mas ele dura até dar o primeiro toque na bola. Nós estávamos todas ansiosas para esta partida e graças a Deus ocorreu tudo bem. A estreia foi excelente e o futebol, dentro de campo, fluiu. A coletividade prevaleceu", avalia a lateral-esquerda Tamires.

E coube a duas dessas estreantes, a zagueira Mônica e a atacante Andressa Alves, abrir o caminho para a vitória. "Não é muito comum que as zagueiras façam gols, mas graças a Deus eu marquei o primeiro gol e o time ficou mais tranquilo", comemora a defensora. Maior artilheira dos Jogos Olímpicos, Cristiane isolou-se ainda mais no topo da lista ao fazer o terceiro gol da partida, seu 13º em três participações nas Olimpíadas:

"Não entro em campo pensando em fazer gols para aumentar uma marca pessoal. Entro para poder ajudar a equipe a conseguir a vitória. (Os números) são consequência disso aí".

Com seis Olimpíadas no currículo e vinte anos de seleção brasileira, a volante Formiga voltou no tempo ao pisar no Engenhão: "É uma sensação boa de poder fechar minha participação em Olimpíadas pela seleção brasileira dentro de casa. É só tocar o hino nacional que eu fecho os olhos para sentir a emoção. Depois acaba que eu tenho que me controlar para que isso não me atrapalhe no jogo. É inexplicável. Quando eu entrei em campo, me lembrei muito da final do Pan (de 2007), de como foi jogar em um Maracanã lotado. É isso que a gente quer, que a torcida cresça, nos apóie e passe essa energia positiva, porque estamos em uma competição difícil".

"Foi a primeira vez que não senti tanta ansiedade para que o jogo começasse logo. A gente já está um pouco mais calejada. Mas é lógico que a gente sente um pouco. É a nossa Olímpiada, estamos em casa e muitas meninas estão jogando a primeira Olimpíada. Quem já teve essa oportunidade está sempre conversando com elas, para tranquilizá-las", conta a craque Marta, pontuando o que costuma falar para quem está começando.

"É um toque aqui, outro ali. Uma palavra sua pode fazer uma diferença enorme. Por exemplo, quando a Debinha entrou no meu lugar, falei para ela: 'vai dentro, se tiver oportunidade'. São coisas assim que a gente tenta usar, dentro do grupo, para fazer a diferença", explica Marta.

Marta e companhia voltam aos gramados no próximo sábado (6), em confronto direto contra a Suécia, que venceu a África do Sul por 1 a 0 e está empatada com as donas da casa em número de pontos (três). A partida que vale a liderança isolada está marcada para as 22h, novamente no Engenhão.  Ao todo, doze seleções disputam o torneio de futebol feminino na Olimpíada.

Creative Commons - CC BY 3.0

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