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Entenda o caso do leilão do Brinco de Ouro

Criado em 29/05/15 19h39 e atualizado em 07/07/16 14h19

O imbróglio envolvendo a equipe e o estádio começou em 2001. À época, a Justiça reuniu cerca de 300 processos trabalhistas (de jogadores e funcionários) contra o clube. A execução dos processos por falta de pagamento gerou ao Guarani uma dívida de cerca de R$ 68 milhões. Durante anos, a Justiça Trabalhista tentou mediar formas de negociação entre o time e os credores. Porém, nunca se chegou a um acordo. 

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Com a dívida praticamente impagável, a saída apontada pela Justiça foi penhorar o estádio Brinco de Ouro da Princesa. O primeiro leilão do estádio aconteceria em 2012, mas o Guarani conseguiu tirar o estádio como penhora e colocar um terreno que não utilizava como bem penhorável. Com valor avaliado em R$ 23 milhões, o terreno foi vendido por R$ 5 milhões. 

Este dinheiro foi insuficiente para quitar as dívidas. Por isso, o Brinco de Ouro voltou a se tornar um bem penhorável. E, apesar das tentativas do Guarani, o estádio foi a leilão pela primeira vez em 2013 com lance mínimo de R$ 210 milhões. Só que ninguém quis pagar esse valor. Todos esses leilões eram organizados pela Justiça Trabalhista, representada pelo MPT. 

Em 2014, a Justiça Federal organizou um leilão e quem arrematou o estádio foi a MMG. O valor pago foi de R$ 44 milhões. Como o montante não conseguiria quitar as dívidas, a Justiça do Trabalho cancelou o leilão e realizou outro em março de 2015. Novamente, não houve lances que cobrissem o valor pedido. Apenas em abril a Maxion ofereceu R$ 105 milhões para o estádio, valor aceito pela Justiça.

No momento, a situação é a seguinte: a aquisição do estádio por parte da Maxion está condicionada a dois embargos à negociação que tramitam na Justiça: uma da Magnum e outra do Guarani. Caso os embargos sejam derrubados judicialmente, a Maxion vai poder adquirir o estádio pagando um valor de entrada de R$ 31,5 milhões (que já ajudariam a pagar os débitos do clube) e o restante em até 12 vezes.

Para amenizar o impasse, a Justiça está costurando um acordo em que o Guarani mandaria todas as suas partidas no estádio até o final deste ano. A partir do ano que vem, a Maxion começaria a construir um estádio de 10 mil lugares (atualmente, o Brinco de Ouro abriga 30 mil pessoas), um novo centro de treinamentos e uma nova sede social para o time. “Esse dinheiro investido seria para além do R$105 milhões pagos pelo estádio”, aponta a juíza Ana Cláudia Torres Vianna, que acompanha o caso. 

Ana Cláudia acredita que se as partes (credores, Guarani e Maxion) chegarem a um entendimento a questão do Brinco de Ouro e das dívidas deve ser resolvida rapidamente. Caso não haja acordo, uma definição do caso poderá ficar nas mãos de outras instâncias da Justiça: “Um processo que se arrasta desde 2001 deve durar ainda mais uns dois anos”, completa.

Creative Commons - CC BY 3.0

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