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Meninas que praticam esportes, cuidado com a alimentação!

Criado em 07/11/16 12h37 e atualizado em 07/11/16 12h41
Por Rovena Rosa Fonte:FioJovem - Fiocruz

Fazer exercício físico oferece muitos benefícios para a saúde. Mas também pode trazer problemas na fase da adolescência, se o gasto de energia nos treinos for maior do que o que for consumido na alimentação. Para as meninas, pode acontecer o que se chama tríade da mulher atleta. São três problemas, às vezes interligados, que costumam afetar as adolescentes empenhadas em se tornar atletas de elite: transtornos alimentares, irregularidade menstrual e baixa massa óssea para a idade (que pode causar osteoporose).

Para aumentar a leveza na apresentação ou diminuir o tempo na competição, muitas vezes por pressão dos próprios treinadores, atletas e bailarinas se submetem a dietas que ajudam a reduzir a quantidade de gordura no corpo. Isto pode prejudicar o consumo de vitaminas e minerais essenciais ao pico de crescimento dos adolescentes, além do risco de causar os transtornos alimentares.

Ao fazer dieta sem orientação profissional adequada, a menina não costuma comer de forma saudável. Ela, muitas vezes, simplesmente diminui a quantidade e a frequência entre as refeições, com longos períodos de jejum. Isso não é indicado”, diz Gabriela Morgado, pesquisadora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Anorexia nervosa e bulimia são transtornos alimentares que requerem tratamento psicológico. A anorexia ocorre quando a pessoa tem um medo mórbido de engordar e cria uma ojeriza à comida. Já a bulimia é caracterizada por uma compulsão por comer uma grande quantidade de comida e depois sentir culpa, tentando compensar com jejum, vômito, laxantes, diuréticos e excesso de exercício.

Porém, o tecido adiposo (gordura) produz substâncias essenciais para o funcionamento do organismo. Uma parcela do estrogênio (hormônio feminino) é constituída de gordura. “Quando a energia que ela consome é menor do que ela gasta, seja pelo fato de ser adolescente ou atleta, o organismo começa a suprir alguns processos fisiológicos normais do corpo, na tentativa de poupar energia, entre eles a atividade reprodutiva”, explica a nutricionista Gabriela Morgado.

Amenorréia

Quando a atleta tem mais de 15 anos e ainda não teve a primeira menstruação ou está com o ciclo menstrual bastante irregular, ela pode estar sofrendo de amenorréia (primária ou secundária) ou oligomenorréia. A amenorréia primária ocorre quando a menina já tem mais de 15 anos e ainda não teve a primeira menstruação (menarca). Amenorréia secundária é caracterizada pela interrupção da menstruação por três ou mais ciclos consecutivos após apresentarem menarca normal e oligomenorréia é quando am menina tem intervalos maiores que 35 dias entre os ciclos.

A amenorréia atinge uma grande quantidade das atletas de competição, e algumas de suas possíveis causas são: perda de peso, excesso de treino, quantidade insuficiente de gordura corporal, perda de estoques específicos de gordura corporal e dieta inadequada. Como consequência da amenorréia, a esportista pode desenvolver osteoporose precoce.

Osteoporose

Como é na adolescência que se chega ao pico da formação óssea (no momento do estirão do crescimento), a menina que sofre de amenorréia (menstruação irregular) pode ter uma alteração da composição óssea e uma diminuição do crescimento que ela poderia ter tido. Isso porque o estrogênio (hormônio feminino) está muito ligado à formação óssea. “Com uma queda de estrogênio, esse fator protetor da saúde óssea está comprometido. É como se ela entrasse em menopausa precoce. Ela começa a perder cálcio e corre um risco maior de apresentar baixa massa óssea (podendo estar mais sucetível a fraturas) e se não houver uma intervenção ainda na adolescência pode ser irreversível”, completa a nutricionista.

Um plano de educação nutricional pode ajudar atletas e pessoas envolvidas a refletir sobre a importância da dieta equilibrada e adequada, para evitar o desenvolvimento da amenorréia e prevenir a osteoporose precoce. Além disso, garantir a ingestão de cálcio em quantidade indicada pelos nutricionistas (3 a 4 fatias grossas de queijo branco, potes de iogurte ou copos de leite desnatado) é uma forma de otimizar a formação óssea.

Creative Commons - CC BY 3.0

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